Governador comunista tem ressaltado que a vitória nas eleições deve ser creditada a um movimento de não-políticos, exatamente como este blog tem dito desde o final do primeiro turno
Leia a declaração do governador Flávio Dino (PCdoB) ao jornal O Estado de S. Paulo, no fim de semana que passou, ao tratar do resultado das eleições municipais:
– O grande beneficiário dessa perda de substância eleitoral da esquerda não foi propriamente outro partido e sim a chamada antipolítica. Porque, se você olhar São Paulo, Rio e Belo Horizonte, ganharam três outsiders.
Agora leia o que este blog falou no post Eduardo Braide e a nova ordem política…, publicado em 7 de outubro, cinco dias depois do resultado do primeiro turno em São Luís:
– A postura de Alexandre Kalil [prefeito eleito de Belo Horizonte] e de Braide pode chocar a classe política tradicional, mas encanta o povo, que espera do gestor – mais do que conchavos ou loteamentos de cargos na prefeitura – ações de resultados efetivos.
Ou seja, Flávio Dino repete agora entendimento que este blog teve logo no início do segundo turno, quando ficou claro que a população cansou e busca como líderes não mais os políticos tradicionais, mas gestores competentes e com imagem proba, independentemente de partidos ou grupos.
Tanto é que na Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, na Curitiba e na São Paulo citadas por Flávio Dino, venceram exatamente o que o próprio comunista considera outsiders.
E Eduardo Braide, embora não vencendo o pleito, deixou as marcas fincadas para as eleições de 2018, que podem consagrar o conceito de não-políticos em vários estados do Brasil.
Flávio Dino sabe disso, e tenta encontrar vacinas.
Mas talvez esteja já sem tempo de aplicar a dose…