Planejada e efetivada para ser o que de mais novo estaria sendo implantado no Maranhão em 2015, a gestão do governador Flávio Dino (PCdoB) entra em seu oitavo mês com a confirmação do que se pode chamar de o quarto racha entre os aliados que o ajudaram a se eleger.
Desde o início, são claros os sinais de insatisfação de gente como o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), o senador Roberto Rocha (PSB), o ex-deputado Domingos Dutra (SDD) e, agora, a deputada federal Eliziane Gama (PPS), algumas das figuras de proa de sua campanha.
Dutra foi o primeiro a se indispor, ao nem assumir a pasta que lhe foi destinada, o escritório de representação em Brasília. E saiu atirando, alegando que não iria “fazer disputa política com ninguém”. Roberto Rocha tem relação de tensão com Dino desde a posse. Os dois têm praticamente a mesma idade e o mesmo projeto de poder. E Rocha sabe que vai precisar se impor em relação a Dino se quiser surgir como opção no cenário dos próximos anos.
O caso de José Reinaldo foi o mais curioso: responsável pela criação do nome político de Flávio Dino, parec e decepcionado com sua gestão sete meses depois, chegando a defender um pacto com o senador José Sarney, como única saída para o desenvolvimento do Maranhão. Para muitos, a posição de Tavares tem a ver com decepção em relação ao governador.
Agora foi a vez de Eliziane Gama. Ela foi obrigada por Dino a aceitar como sua a indicação de Ester Marques para a Secretaria de Cultura. Brigou com a “Indicada”, tentou tirá-la, mas não conseguiu. E quando Ester caiu, Dino fechou as portas para a aliada, ventando seus indicados e apontando ele próprio o novo secretário de Cultura.
O caso de José Reinaldo foi o mais curioso: responsável pela criação do nome político de Flávio Dino, parec e decepcionado com sua gestão sete meses depois, chegando a defender um pacto com o senador José Sarney, como única saída para o desenvolvimento do Maranhão. Para muitos, a posição de Tavares tem a ver com decepção em relação ao governador.
Hoje, Flávio Dino reina praticamente sozinho em seu governo, ao lado do chefe de Articulação Política, Márcio Jerry, com os aliados de outrora apenas observando, muitos ressentidos.
E muitos outros mostram-se insatisfeitos nos bastidores.
E o governo está apenas em seu oitavo mês.
Publicado na coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, em 06/08/2015
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