PSDB repudia insulto de FC Oliveira à primeira-dama de Codó…

Na tentativa de conquistar eleitores do prefeito José Francisco, candidato do PT debochou da mulher do adversário e ainda incentivou eleitores a continuar a “esculhambar”, num gesto classificado pelos tucanos como agressivamente misógino

 

O PSDB-Mulher nacional classificou de misógino e violento o discurso do folclórico empresário de Codó

O folclórico candidato do PT a prefeito de Codó, Francisco Carlos Oliveira, o FC Oliveira, perdeu o prumo da própria campanha ao sair com insulto gratuito à primeira-dama do município Irene Neres, durante uma reunião na cidade.

No início do vídeo Chiquinho aplaude comentários ofensivos sobre Irene Neres

Desrespeitoso, insuflou eleitores a debochar da aparência da mulher do atual prefeito José Francisco (PSDB) e ainda estimulou os presentes a “continuar a esculhambar” Irene Neres.

Tudo começou com o diálogo inicial entre Chiquinho Oliveira e uma eleitora:

  • Vocês sabem qual foi a maior obra dele?” – perguntou o petista, sobre a gestão de Zé Francisco.
  • Foi o reboco da cara da Irene!!!” – respondeu a eleitora, seguido da pergunta de FC Oliveira:
  • É verdade minha gente? É verdade?”.
  • “Eita!!! Arrocha!!! Quem é que quer mais esculhambar?!?: Quem quer mais esculhambar, minha gente, aproveita a hora…” concluiu o candidato do PT. (Veja os vídeos)
Na sequência do vídeo o petista pergunta quem quer “continuar a esculhambar” a primeira-dama

O ato repercutiu negativamente na cidade de Codó, ganhou o Maranhão e chegou ao diretório nacional do PSDB, que emitiu nota de repúdio, assim como o diretório estadual.

Em nota, o PSDB maranhense disse que FC Oliveira estimula e aplaude comentários misóginos, machistas de extremo mau gosto; e declarou:

A cidade de Codó, com mais de 100 mil habitantes, em sua maioria composta por mulheres, não merece ser administrada por alguém com atitudes aquém dos padrões civilizatórios”.

Já o diretório nacional do PSDB disse que a atitude do candidato petista “é inaceitável em qualquer contexto”.

Comentário como este não apenas desrespeitam a pessoa atacada, mas também contribuem para perpetuar a violência e o preconceito de gênero”, disse o partido.

O folclórico empresário FC Oliveira enriqueceu, mas o dinheiro não lhe tirou a grosseria

FC Oliveira é um self-made man codoense que enriqueceu sem maiores formações culturais e virou uma espécie de milionário excêntrico em Codó, conhecido mais pelos seus exemplos de grosseria que pela própria história empresarial.

Pela primeira numa disputa eleitoral no município em que controla praticamente tudo, mostra agora que a grosseria vem de berço.

Mas nem mesmo seus milhões são capazes de parar a repercussão dessas grosserias…

O erro que deve custar a eleição de Léo Costa em Barreirinhas…

Liderança política histórica do Maranhão, respeitado por seus posicionamentos ideológicos, ex-prefeito ultrapassou a fronteira da civilidade,  pesou a mão contra a presidente da Assembleia Legislativa Iracema Vale e acabou por perder apoios até mesmo de membros da esquerda maranhense

 

Ex-prefeito Léo Costa: a hora é de salvar a história e a reputação muito mais do que tentar salvar a eleição

Editorial

O ex-prefeito de Barreirinhas Léo Costa é uma figura das mais respeitadas no Maranhão, pelo seu histórico administrativo e sua luta pelas causas sociais e posicionamento ideológico ao longo de usa vida política; por todo este histórico, havia quem torcesse por ele na guerra política que ora trava em seu município.

Mas ele pesou a mão em discurso eleitoral, num ato que pode custar-lhe as chances que tinha de vencer a eleição em Barreirinhas. 

O discurso misógino de Costa contra a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB) – coisa que nem do seu feitio é – ganhou o mundo com repercussão extremamente negativa e levou o ex-prefeito a perder apoio de movimentos sociais e de segmentos que lhe são caros.

Até membros da esquerda democrática como os deputado estaduais Rodrigo Lago (PCdoB), Carlos Lula (PSB) e Jùlio Mendonça (PCdoB) – respeitosos à história do ex-prefeito – tiveram posicionamentos críticos em relação à sua atitude.

E nem adianta dizer que a fala foi tirada do seu contexto.

Léo Costa ainda tem tempo de se retratar, reconhecer o erro, a grosseria e se desculpar pessoalmente com Iracema; talvez a atitude não lhe salve mais o mandato em Barreirinhas, é verdade.

Mas salvará sua honra e sua história, que são bem mais importantes para o Maranhão.

É simples assim…

OAB de Barreirinhas repudia fala misógina de Léo Costa contra Iracema Vale

A fala misógina do candidato a prefeito de Barreirinhas, Léo Costa (Podemos), contra a deputada Iracema Vale (PSB), presidente da Assembleia Legislativa, continua sendo repudiada por lideranças e entidades. Dessa vez, foi a Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Barreirinhas, por meio da Comissão da Mulher Advogada, que emitiu Nota de Repúdio condenando a agressão.

“Tais palavras não apenas ferem a dignidade da mulher, mas também atentam contra os princípios democráticos que sustentam o Estado democrático de direito, sobretudo quando vêm de um postulante ao cargo máximo de chefe do município”, afirma trecho da nota.

A OAB Subseção Barreirinhas também ressalta que “o artigo 326-B da Lei n. 14.192/2021 tipifica o crime de violência política de gênero, incluindo atos de assédio e constrangimento contra candidatas ou detentoras de mandato eletivo, com penas de reclusão de 1 a 4 anos e multa”.

O discurso preconceituoso do candidato Léo Costa, na qual chama a presidente da Alema de “galinha” e depois imita os trejeitos da ave, foi feita durante um evento de campanha em Barreirinhas. O ataque foi registrado em vídeo e repercutiu negativamente, gerando manifestações de lideranças mulheres em defesa da honra e da trajetória de Iracema Vale e de todas as mulheres.

Confira a seguir a íntegra da nota da OAB Subseção Barreirinhas:

NOTA DE REPÚDIO

A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Barreirinhas, por meio de sua Comissão da Mulher Advogada (CMA), repudia a fala preconceituosa e misógina do candidato a prefeito do município de Barreirinhas, Léo Costa (Podemos), que durante discurso para vários apoiadores atacou com palavras desrespeitosas a deputada Iracema Vale (PSB), presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão. Tais palavras não apenas ferem a dignidade da mulher, mas também atentam contra os princípios democráticos que sustentam o Estado democrático de direito, sobretudo quando vêm de um postulante ao cargo máximo de chefe do município.

A OAB Subseção Barreirinhas destaca que o artigo 326-B da Lei n. 14.192/2021 tipifica o crime de violência política de gênero, incluindo atos de assédio e constrangimento contra candidatas ou detentoras de mandato eletivo, com penas de reclusão de 1 a 4 anos e multa.

Assim, a OAB Barreirinhas reitera aqui seu veementemente repúdio a qualquer tentativa de ataques desrespeitosos e crimes eleitorais que busquem diminuir a participação política das mulheres. Da mesma forma que se solidariza com a Deputada Iracema Vale e todas as mulheres que enfrentam o uso indevido de suas imagens, reafirmando o compromisso com a promoção da igualdade e a defesa dos direitos das mulheres. Por fim, reiteramos que as eleições devem ser realizadas em um ambiente de respeito, paz e civilidade, onde o debate democrático prevaleça sobre a agressão, momento que conclamamos a sociedade e as autoridades competentes a se unirem na defesa da democracia e do respeito mútuo, garantindo que todos possam exercer seus direitos sem temor. A OAB permanece firme na defesa dos direitos das mulheres e na luta por um ambiente eleitoral justo e seguro.

Barreirinhas, 23 de setembro de 2024.

OAB Subseção Barreirinhas
Comissão da Mulher Advogada – CMA

Ouvidoria do Ministério Público arquiva denúncia sobre sorteio de motel no Dia da Mulher

Procurador-Geral de Justiça Eduardo Nicolau e a própria Promotora Selma Regina Souza Martins haviam sido denunciados por suposta misoginia, mas o órgão nacional de investigação do Ministério Público decidiu encerrar a investigação após se informado de que o sorteio havia sido cancelado antes mesmo da data comemorativa

 

Nicolau e Selma Martins eximiram-se de responsabilidade no caso dos motéis sorteados no MP; mas cancelaram o sorteio, o que os livrou de investigação

A Ouvidoria Nacional do Ministério Público determinou nesta sexta-feira, 15, o arquivamento de denúncia contra o procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau, e contra a coordenadora de Defesa da Mulher, promotora Selma Regina Souza Martins; os dois foram denunciados pelo sorteio de entradas de motel como prêmio no Dia Internacional da Mulher.

Este debate foi abordado neste blog Marco Aurélio d’Eça em 7 de março, no post, “Ministério Público queria dar entrada de motel como brinde no mês da mulher…”.

A Ouvidoria decidiu arquivar o processo após alegação dos acusados de que sorteio nem chegou a ser realizado, após determinação de cancelamento pelo próprio Nicolau, antes mesmo de o assunto chegar à mídia.

Mas no bojo da investigação da Ouvidoria, fica clara a tentativa de eximir-se do caso, tanto por parte do procurador Eduardo Nicolau, quanto por parte da promotora da Mulher.

De acordo com a ouvidora Ivana Lúcia Franco Cei, Eduardo Nicolau informou que determinou à sua chefe de Gabinete, Thereza Maria Muniz Ribeiro de La Iglesia, e à coordenadora do Centro Operacional de Defesa da Mulher (CAO-Mulher), promotora de Justiça Selma Regina Souza Martins, que montassem a programação alusiva ao mês da mulher.

O procurador chegou a dizer ter sido pego de surpresa com a informação do sorteio do motel.

– Desta sorte, argumenta o PGJ-MA que, com a delegação efetuada para as membras (sic) citadas, não acompanhou pari passu o planejamento de todas as ações realizadas no mês de homenagem ao Dia da Mulher, sendo tomado de surpresa com a oferta do sorteio do prêmio e o debate instalado a respeito – eximiu-se Nicolau, segundo texto da ouvidora. (Leia a íntegra aqui)

A promotora da Mulher também eximiu-se de responsabilidade, alegando entre outras coisas, que os prêmios foram doados pelo presidente do Sindicato de Motéis, sem nenhuma idealização do MP.

Após cancelamento do sorteio das entradas do Motel Le Baron, a denúncia foi arquivada.

E ficou tudo como dantes no quartel de Abrantes…

Eduardo Nicolau investigado pelo próprio Ministério Público…

Membros do Conselho Nacional da instituição aprovaram, por unanimidade, correição extraordinária ou inspeção na procuradoria maranhense, por “condutas graves e impróprias”; já a Ouvidoria da Mulher do CNMP analisa denúncias de assédio moral e violência institucional, com xingamentos e agressões verbais, o que pode levar, inclusive, ao afastamento do procurador-geral de Justiça do Maranhão

 

O acórdão do CNMP determina unanimemente correição ou inspeção na gestão de Eduardo Nicolau

O Conselho Nacional do Ministério Público aprovou por unanimidade na última terça-feira, 22, abertura de Correição Extraordinária ou Inspeção na gestão do procurador-geral de Justiça do Maranhão Eduardo Nicolau, “por condutas impróprias e graves, supostamente praticadas” por ele.

Também foi incluída na correição as duas denúncias de assédio moral e violência institucional que teriam sido praticadas por Nicolau contra promotores e, sobretudo, promotoras de Justiça; as denúncias que constam nos autos são tão graves contra o procurador – com palavrões do tipo “cachorra”, “vaca”, “puta”, “cabeção”, “rata” – que o relator do processo, conselheiro Rogério Magnus Varela, preferiu nem lê-las na sessão pública.

Trecho da sessão em que o relator defende a corrreição na gestão de Nicolau, aprovada por unanimidade no CNMP 

A conduta do procurador-geral Eduardo Nicolau vem sendo denunciada sistematicamente ao Conselho Nacional do Ministério Público desde o final de 2021, sobretudo por sua postura política à frente do Parquêt e absoluta submissão ao Governo do Estado.

Em 2022, por exemplo, a bancada federal maranhense divulgou Nota de Repúdio contra o procurador – assinada por senadores, deputados federais e estaduais e encaminhada ao CNMP –  por sua conduta como uma espécie de advogado de defesa do recém-empossado Carlos Brandão, atuando, inclusive, contra adversários deste.

Este fato foi relatado em Marco Aurélio d’Eça no post de agosto de 2022, intitulado “Cerco começa a se fechar em torno de Eduardo Nicolau…”

Nas denúncias, dois casos são mais graves na postura de Nicolau: a investigação do ferry boat José Humberto e o caso envolvendo o incêndio do Rio Anil Shopping. Em ambos, as denuncias deste blog Marco Aurélio d’Eça também serviram de base para encurralá-lo no CNMP.

A submissa relação com Brandão acabou sendo denunciada ao Conselho do Ministério Público, o que resultou na investigação contra o procurador

A decisão unânime do conselho para abrir correição contra o procurador-geral se baseou no processo envolvendo o caso do ferry velho José Humberto, cuja postura de Nicolau – de advogado de defesa do governo – foi criticada neste blog Marco Aurélio d’Eça.

De postura pública submissa à classe política – tanto que nem retrucou a nota dos parlamentares – as denúncias mostram que Eduardo Nicolau usa de expedientes diferentes no trato com os colegas de Parquêt, sobretudo as mulheres. 

De acordo com a primeira denúncia à Ouvidoria da Mulher do Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador-geral de Justiça usa termos como “cachorra”, “rata”, “vaca”, “ordinária”, “cabeção” e “puta”; foram estes os termos que o conselheiro Magnus Varela recusou-se a ler publicamente na sessão.

Eduardo Nicolau chegou a ir à sessão do CNMP na última terça-feira, 22, mas saiu à francesa quando soube que o clima não lhe era favorável. Na saída, ainda em Brasília, soube de nova denúncia à Ouvidoria; ao encontrar-se com a denunciante usou – na frente de testemunhas – os mesmos termos já registrados nos documentos em poder dos conselheiros.

A correição extraordinária vai analisar andamentos de processos nas promotorias, compará-los com as denúncias no CNMP e fazer questionamentos sobre a relação de Nicolau com determinados casos.

As duas investigações podem levar a um inédito afastamento de um procurador por má-conduta à frente do Ministério Público.

Além de resultar em processos judiciais por assédio moral, racismo, misoginia e até homofobia…