Famílias de vítimas temem esquecimento após reabertura do Rio Anil Shopping…

Centro de compras foi reaberto nesta quinta-feira, 23, após intensa pressão de agentes políticos em favor da empresa, que pertence à família do ex-senador  Clovis Fecury, mas investigações dos Bombeiros, da Polícia Civil e da Promotoria de Defesa do Consumidor ainda devem apontar responsáveis pelo incêndio que matou duas e feriu outras 21 pessoas

 

Rotina no Rio Anil Shopping já foi retomada, mesmo antes da conclusão das investigações do incêndio, como mostra imagem de O Imparcial

O blog Marco Aurélio d’Eça vinha apontando este desfecho há pelo menos uma semana, como alertou nos posts “Estranhas ações sugerem rede de proteção ao Rio Anil Shopping no incêndio que matou duas…” e “Classe política pressiona pela abertura do Rio Anil Shopping…”

E não deu outra: o Rio Anil Shopping reabriu as portas nesta quinta-feira, 23, após 15 dias interditado por causa de um incêndio nas salas do Cinesystem que resultou na morte de duas pessoas e ferimentos em outras 21.

E abriu sem a conclusão das investigações que devem definir culpados pela tragédia.

Familiares das jovens que morreram e das demais vítimas manifestaram-se nas redes sociais preocupadas com o esquecimento da situação de cada um, diante a retomada da rotina normal no Rio Anil Shopping.

Mas as autoridades envolvidas nas investigações garantem que não haverá desmobilização, mesmo diante da pressão dos pares e colegas ligados à política.

A promotora Lítia Cavalcanti – para que há responsabilidade direta do shopping no incêndio – já decidiu decretar sigilo nas investigações, para evitar tentativas de acesso aos autos com interesses outros.

Mesmo com a reabertura das lojas, o Cinesystem segue interditado, sem previsão nem mesmo para início das obras de reforma, uma vez que as salas ainda são palco de perícias e investigações.

A classe política e a elite financeira de São Luís venceu a batalha e garantiu aos colegas do Rio Anil Shopping a retomada dos negócios e consequente lucro.

Espera-se, agora, que a mesma dedicação seja demonstrada, sobretudo, às famílias enlutadas…

Delegado que prendeu prefeito de Mirinzal já foi denunciado por improbidade…

Jorge Antonio Santos Silva foi acusado pelo Ministério Público de negligenciar abertura de inquéritos policiais no município; autoridade policial foi ouvida hoje pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa

 

Jorge Sanos, Amaury Almeida, avogados de defesa e testemunhas foram ouvidas na comissão da Assembleia

Acusado em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) , por abuso de poder político, que influenciou diretamente o resultado das eleições de Mirinzal, o delegado Jorge Antonio santos Silva já foi acusado pelo Ministério Público por Improbidade Administrativa.

De acordo com a denúncia do MP, de dezembro de 2014, Jorge Santos negligenciava os inquéritos policiais, alegava não ter responsabilidade por investigações e também abusar da autoridade para agressões verbais e físicas. (Relembre aqui)

Jorge Antonio Santos Silva é o mesmo delegado que prendeu, no dia da eleição, o prefeito de Mirinzal, Amaury Almeida (PDT) – sem apresentar qualquer Mandado Judicial – sob falsa acusação de homicídio e tentativa de homicídio.

No entendimento dos advogados do prefeito, a ação do delegado – que teve o apoio do pro0motor Leonardo Santana Modesto – influenciou diretamente o resultado da eleição, desfavorecendo Amaury Almeida.

Sobre este caso, o delegado foi ouvido hoje na  Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.

Apesar de ele negar abuso de autoridade e reafirmar a normalidade das suas ações, os deputados disse haver “coisas estranhas na atitude do policial”, sobretudo após revelação do próprio Amaury Almeida, de que já existia uma premeditação para prendê-lo no dia da eleição.

– Não tenho nenhuma dúvida de que foi uma prisão arbitrária. Inclusive, não foi realizado exame balístico, que é essencial para comprovar se o prefeito Amaury Almeida realmente atirou. Foram utilizadas quatro testemunhas. Uma delas é o delegado, interrogado na audiência. Outra testemunha responde na Justiça por outros crimes. E outras duas testemunhas afirmaram que o carro do prefeito Amaury já tinha passado do local onde supostamente ocorreu o crime. Portanto, eu acredito que o prefeito Amaury foi injustiçado. Acredito que a Justiça e o Governo do Estado têm de reparar o dano ocorrido, tanto o prejuízo pessoal quanto político – declarou o deputado Adriano Sarney (PV), que convocou a reunião da comissão.

Amaury, autor da AIJE contra Jorge santos, anunciou na Assembleia que vai pedir a anulação da eleição em Mirinzal.

Mas esta é uma outra história…

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Governo Flávio Dino segurou denúncia da Sefaz para não prejudicar reeleição de Holandinha…

Relatório que vem sendo montado desde 2015 estava pronto para ser divulgado antes do segundo turno das eleições em São Luís, mas na lista de denunciados estava um auxiliar do prefeito, o que poderia prejudicar o pedetista na reta final

 

Flávio Dino agiu para proteger Edivaldo...

Flávio Dino agiu para proteger Edivaldo…

No dia 20 de setembro, documento da Secretaria de Transparência do governo Flávio Dino (PCdoB) alcançou o promotor da ordem Tributária de São Luís, Paulo Barbosa Ramos.

Tratava-se da peça de denúncia contra suposta fraude fiscal na Secretaria de Fazenda, que foi assinada por Ramos no dia 23, três dias depois de recebida e sete dias antes do primeiro turno das eleições na capital maranhense.

...E protegeu também o denunciado Rdº Rodrigues

…E protegeu também o denunciado Rdº Rodrigues

A espetacularização da denúncia estava pronta para ir à mídia, portanto.

Mas agentes do governo Flávio Dino decidiram adiar a divulgação para proteger seu afilhado, o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), que concorria à reeleição.

Entre os denunciados está o secretário municipal de fazenda, Raimundo Rodrigues, o que poderia gerar um escândalo às vésperas da eleição do prefeito. (Releia aqui)

A decisão de segurar a denúncia também aponta para o direcionamento do caso, que atingiu apenas adversários do governador comunista.

E protegeu a reeleição de seu pupilo Holandinha…

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Desmentido pelos fatos…

Governador Flávio Dino (PCdoB) publicou nota em seu perfil no Twitter tentando dizer que a decisão da licitação no serviço de Ferry Boat foi espontânea em seu governo. Não foi. É tudo fruto de uma exigência do Ministério Público, como revelou, inclusive, o site do Jornal Pequeno. 

dinomente

 

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Ações do MP contra barracas da “classe média” aguardam, há anos, decisão judicial

Guincho arranca barraca no Anjo da Guarda (Foto: Flora Dolores- O Estado do MA)

O promotor do Meio Ambiente, Fernando Barreto, elogiou ontem a análise crítica do blog, sobre o rigor nas ações de retirada de barracas iregulares na periferia, em contraponto à complacência demonstrada com barracas, também iregulares, em áreas de classe média.

Ele garantiu que, na sua promotoria, não há qualquer ação contra trabalhadores da periferia que exploram este tipo de atividade, mas revelou que luta, há anos, contra os bares localizados em áreas públicas do Calhau e da Cohama.

– No caso das barracas da Cohama [na avenida Daniel de La Touche], a Ação está em grau de recurso no Tribunal de Justiça, aguardando decisão do relator – revelou Fernando Barreto.

Outra ação contra este tipo de barraca, no Parque Shalon, adormece na 1ª Vara da Fazenda Pública desde 1998 – há treze anos, portanto.

Bares no Barramar funcionam sem incômodo do poder público

O texto do blog, criticou a força usada pela Secretaria de Urbanismo, com apoio do MP e da Polícia, apenas nas áreas da periferia, como Anjo da Guarda. (Releia aqui)

Barreto concorda:

– É muito fácil ir lá e destruir o ganha-pão da população mais carente. Enquanto isso, verdadeiros empresários exploram a mesma atividade em avenidas como Holandeses e Daniel de La Touche.

Alguns destes trailers, alerta o promotor, têm lojas próprias em shoppings ou pontos próprios em bairros nobres, mas mantêm pontos em áreas públicas.

– Se têm lojas próprias é porque têm condições. Quando se instalam, em área pública, é o povo quem está financiando o seu enriquecimento – criticou o promotor Fernando Barreto.

Uma voz de consciência no Ministério Público…