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Moro deve agradecer ao governo Lula por fazer o contrário do que ele próprio queria

Senador ligado à política bolsonarista defendeu em discurso que o estado deve usar a força bruta no combate ao crime – exatamente como pregava Bolsonaro – esquecendo que a Polícia Federal salvou sua vida – desbaratando um plano para executá-lo – por usar a inteligência e a parceria no lugar do confronto aberto

 

Sérgio Moro em discurso no Senado: Truculência como conceito de estado

Editorial

Se a Polícia Federal usasse a estratégia pregada pelo senador Sérgio Moro (Podemos-PR) para confrontar os criminosos que tramavam contra usa vida, talvez ele já estivesse morto nesta data, e o Brasil transformado num caos.

Para o senador, que foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro – para quem a truculência, a virulência e o armamentismo são conceitos de vida – o estado deve usar a força bruta contra o crime organizado no Brasil.

– Se eles vêm para cima com uma faca, a gente tem que usar um revólver. Se eles usam um revólver, nós temos que ter uma metralhadora. Se eles têm metralhadora, nós temos que ter um tanque – disse Moro, ao agradecer pela destruição do plano para executá-lo.

Em seu primeiro discurso como parlamentar, Moro mostrou-se absolutamente o que é: despreparado, truculento e reacionário, tudo o que o governo Lula, o Ministério da Justiça e, principalmente, a Polícia Federal não foram para destruir o plano de matá-lo.

Se Flávio Dino usasse o discurso de Moro como método de ataque aos criminosos, o caos estaria feito; e Moro poderia já estar debaixo da terra.

No desbaratamento da trama do PCC, a Polícia Federal usou exatamente o que Moro não tem e não busca: inteligência e parceria. Inteligência para montar a ação contra a trama e parceria que envolveu outros órgãos de segurança, federais e estaduais.

Moro serviu a um governo que tem ligações nítidas e públicas com milicianos; chegou ao Senado com a bandeira de anti-Lula, exatamente aquele que, agora no governo, salvou a sua vida.

Como parlamentar, em seu primeiro discurso de repercussão, o agora senador parece ter as mesmas ações e pregações que teve como juiz federal.

Ações e pregações que se mostram absolutamente inúteis…

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Descontrole de Bolsonaro revela mais do que ele queria…

Ao atacar a Rede Globo, acusar o governador do Rio de Janeiro e chegar a afirmar que um delegado manipulou o depoimento do porteiro de seu condomínio, presidente acaba reforçando a ligação entre ele e os assassinato de Marielle Franco

 

BOLSONARO PERDEU O CONTROLE NOVAMENTE AO TENTAR ATACAR A REDE GLOBO por revelar aspectos do dia do assassinato de Marielle Franco

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) está descontrolado.

Naturalmente irascível, ele chegou às raias do absurdo ao tentar se explicar do fato de o porteiro do seu condomínio ter afirmado a polícia que um dos assassinos da vereadora Marielle Franco foi à sua casa no dia do crime.

Aos gritos, Bolsonaro xingou a Rede Globo, fez ameaças quanto à concessão da emissora, acusou o governador Wilson Witzel de vazar o depoimento e chegou ao cúmulo de dizer que a afirmação sobre à visita do criminoso à sua casa tenha sido incluída pelo delegado no depoimento do porteiro.,

Tudo isso revela muito mais sobre o próprio Bolsonaro do que ele quer esconder.

Já é fato conhecido que ele e seus filhos se relacionam com os milicianos e eram vizinhos de condomínio dos assassinos de Marielle.

A citação do seu nome pelo criminoso apenas põe mais lenha na fogueira da suspeição do presidente.

E ele pode gritar, ameaçar, xingar e reclamar, mas não vai mudar este fato…

 

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A sensatez de Bolsonaro e a estupidez de seus seguidores…

Nenhum dos eleitores, simpatizantes, colaboradores ou apaixonados pelo novo governo foi tão lúcido quanto o próprio presidente ao analisar a situação do senador eleito Flávio Bolsonaro e seu precoce rosário de malfeitos

 

Flávio Bolsonaro enrola o governo do pai Jair com apenas 20 dias de mandato; e antes mesmo de assumir o Senado Federal

Veja o que disse o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o extenso rosário de picaretagens protagonizadas pelo seu filho, Flávio, antes mesmo de assumir o mandato no Senado:

– Se ele errou e isso ficar provado, vai ter que pagar.

Em nenhum momento da campanha, do pós-eleitoral e até agora, nestes 24 dias de mandato, Bolsonaro foi tão lúcido e sensato quanto nesta sentença.

E ainda fez calar a estupidez dos milhões de apaixonados, colaboradores e membros do governo que ainda insistem em buscar justificativas para cada deslize da “família real” descoberto pela mídia.

Jair Bolsonaro foi sensato porque sabe o que seu filho fez.

E sabe porquê também fez, como deputado.

E sabe porque sabe que isso é praxe em Brasília, no Rio de Janeiro, no Maranhão e no Brasil inteiro.

Seus aliados mais apaixonados se mostraram estúpidos ao tentar justificar as revelação sobre o Bolsonaro-filho 01 como fruto de uma tentativa de golpe da mídia.

E revelam ainda mais estupidez ao blindar o Bolsozinho com a calhorda justificativa de que “todo mundo faz”.

Ora, não foi por que “todo mundo faz” que botaram lá Bolsonaro? para que não se fizesse mais?

Toda cretinice da turba bolsonariana no episódio, encerra uma lição: Bolsonaro é só mais um no mar de políticos de Brasília e do Brasil, com os mesmos vícios e defeitos.

E ninguém tinha conhecimento disto porque eles habitavam um ambiente escuro da capital: o baixíssimo clero do Congresso Nacional.

Jogou-se luz sobre eles e deu no que deu.

É simples assim…