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Mídia quatrocentona também começa a reconhecer Sarney…

boechatA mídia quatrocentona-paulista-e-antinordestisna, que passou o últimos 10 anos a achincalhar o ex-presidente José Sarney (PMDB) – tudo por causa do seu apoio ao ex-presidente Lula e ao PT – agora, com ele fora do poder, começa a reconhecer seus atos.

Curiosamente, “o prestígio”, “a serenidade” e “o equilíbrio” de Sarney, para citar apenas alguns predicados usados nos últimos tempos por jornais como Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo; por revista como Veja e Isto É; e por blogs em todo o país, são os mesmos usados, também, pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), ele próprio o responsável pelo desgaste na imagem do ex-presidente.

– O ex-presidente tem lá os seus defeitos, mas também experiência de gestão, conhece as entranhas do poder Judiciário e pensa o Brasil como República – afirmou o colunista Ricardo Boechat, ao comentar que foi Sarney o responsável por convencer o presidente do Senado, Renan Calheiros, a não romper com Dilma Rouseff. (Leia print ao lado)

Na semana passada, foi a colunista Tereza Cruvinel quem destacou a importância de Sarney – mesmo sem mandato – para a solução da crise política enfrentada pela ex-presidente Dilma Rousseff. (Releia aqui)

Talvez seja por isso – e pela falta de capacidade própria do seu pupilo – que José Reinaldo tem insistido na formação de um “Pacto pelo Maranhão”.

E olha que a “mudança” no Maranhão tem apenas seis meses…

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Dois pesos e duas medidas…

 A PF e o “simbolismo penal” – Editorial O Estado de S. Paulo – 11 de julho de 2008:

 “…, há muito tempo a PF vem utilizando métodos que têm um sentido pretensamente simbólico ou “educativo”, tentando passar para uma opinião pública que afeita às técnicas do direito a idéia de estar provada a culpa dos suspeitos antes mesmo da conclusão dos inquéritos. Com isso, sem terem sido ouvidos, processados e julgados, os suspeitos são apresentados como culpados em caráter definitivo.”

Contra o abuso e o descontrole – Editorial O Estado de S. Paulo – 16 de julho de 2008:

 “… Não se concebe que no Estado democrático um juiz autorize a prisão de um acusado sem que seus advogados tenham acesso ao inquérito policial em que se fundamentou a detenção.”

Filosofia do abuso de autoridade – Editorial O Estado de S. Paulo- 20 de julho de 2008:

“… o arrastão não poupa ninguém: o dono da empresa, o sócio, a esposa, o filho, a secretária, o funcionário, o contador. Todos serão alvo de diversas imputações, dentre as quais uma é invariável: quadrilha”.

As instituições reagem – Editorial O Estado de S. Paulo – 05 de setembro de 2008:

“… A constatação uníssona e concomitante que se passou da conta em matéria de violação da privacidade dos brasileiros parece infundir nos três poderes um senso compartilhado de urgência da adoção de medidas de controle e repressão à bisbilhotagem.”

Controle do grampo – Editorial O Estado de S. Paulo – 11 de setembro de 2008:

“… a serviço dos mais variados interesses, no aparelho do Estado ou no âmbito particular, devassam a intimidade alheia no conforto da impunidade. …O descalabro se deve também à trivialização das interceptações judiciais – mais de 400 mil só ano passado.”

 STJ acode o clã Sarney – Editorial O Estado de S. Paulo – 20 de setembro de 2011:

“… Não é a primeira vez o STJ julga invalida ações da Polícia Federal. Os precedentes mais notórios foram a Operação Satiagraha, que focalizou o banqueiro Daniel Dantas, e a Castelo de Areia, envolvendo diretores da empreiteira Camargo Corrêa. Num caso, o motivo foi a participação, julgada ilegal, de membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na investigações. No outro, o tribunal entendeu que denúncias anônimas não justificam autorizações para escutas telefônicas. São objeções respeitáveis. Agora, está-se diante de uma interpretação equivocada – ou pior.”

O recorte de trechos de alguns editoriais de O Estado de S. Paulo é suficiente para ilustrar como o jornal paulista-quatrocentão trata as decisões judiciais de acordo com seus interesses.

Se não for com a família Sarney, grampos telefônicos não provam nada, são abusivos e a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de invalidá-los nas operações Satiagraha e Castelo de Areia são corretíssimas.

Mas se o grampo for na família Sarney tudo está correto.

Não importa se foram quebrados o sigilo de e-mails de mais quatrocentos funcionários do sistema Mirante – muito provavelmente, inclusive, o titular deste blog. Não importa se antes mesmo do conhecimento dos acusados e seus advogados, estes grampos telefônicos já estavam na imprensa.  

O Estado de S. Paulo tem dois pesos e duas medidas: grampos telefônicos “devassam a intimidade alheia”, e estão “a serviço dos mais variados interesses”, quando tratam de muitas outras operações realizadas pela Polícia Federal no país; mas, no caso de Fernando Sarney e centenas de funcionários, a intimidade pessoal não tem valor algum, e os grampos “registraram, além de fortes indícios de transações escusas, a desenvoltura com que os Sarneys exerciam a política de patronagem no governo Lula…”

O jornal paulista, não só confirma que seu editorial é volúvel. Ele usa a família Sarney para vender jornais, não importa a que preço.

Compromisso com a verdade nenhum. Pelo contrário quanto mais distorção na informação melhor. Não importa se o próprio Fernando Sarney abriu mão daquilo que o jornal passou a chamar “censura” quando o Tribunal de Justiça do Distrito Federal resolveu coibir os abusos contra a família.

 A perseguição contra família Sarney de O Estado de S. Paulo pode ser comprovada  diariamente nas páginas do próprio jornal:

”Estado” está sob censura há 416 dias…

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Eliane Cantanhede e as marcas do preconceito…

A jornalista Eliane Cantanhede deu hoje, em sua coluna na Folha de S. Paulo, mais um exemplo do preconceito e do ódio da mídia-paulista-quatrocentona-serrista-falida-e-antinordestina contra os líderes políticos do Maranhão.

Ao tentar atingir o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-SP) –  destilando ódio por causa do poder do peemedebista – Cantanhede acaba também atingindo o Maranhão e os maranhenses.

Mais grave: a jornalista seria descendente de maranhenses, o que torna mais odiento o seu preconceito – proque revela uma espécie de apostasia contra a própria origem.

– O governador Sérgio Cabral, que é do Rio, Estado chave inclusive eleitoralmente, peleja para fazer Sérgio Côrtes ministro da Saúde, sem sucesso. Sarney, do Maranhão, não precisou muito para reconduzir o afilhado Edison Lobão para o rico Ministério de Minas e Energia – revolta-se a jornalista.

Em seu discurso preconceituoso, Eliane Cantanhede cria um tal PJS (Partido do José Sarney). Tudo por que saíram do Maranhão os ministros de Minas e Eneriga ( senador Eidson Lobã0) e do Turismo (deputado federal Pedro Novais).

Desesperada, humilhada, irritada e revoltada por ver o Nordeste mais uma vez como protagonista da cena política brasileira – não só com Sarney, mas com outras lideranças da região – Eliane Cantanhede chega a questionar o que tem Sarney para Lula dar tanto poder a ele.

A resposta é simples, cara jornalista:

Sarney é simplesmente o maior político vivo do Brasl…