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Bolsonaristas reagem às forças armadas; Mercados reagem a Lula…

Militantes que esperavam o relatório do Exército sobre fraudes nas urnas eletrônicas decepcionaram-se com o documento e começam a se desmobilizar, sem influência na sociedade; por outro lado, os mais influentes empresários e banqueiros – que lucram com juros altos, arrocho fiscal e teto de gastos, mostram-se preocupados com as propostas de Lula, que visam garantir dinheiro para ajudar aos mais pobres

 

Militantes que estão em contrito nos muros dos quarteis frustraram-se com o relatório das Forças Armadas sobre as urnas e agora começam a se desmobilizar

A transição na República do Brasil tem construído um desenho que explica claramente o modelo de país defendido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Neste momento do país, Bolsonaro enfrenta a raiva de militantes da extrema direita, que queriam usar o relatório do Exército para estimular um golpe de estado e impedir Lula de assumir o governo.

As Forças Armadas não encontraram nada que pudesse provar fraude, ou mesmo falha, nas urnas eletrônicas, o que frustrou os militantes dos muros dos quarteis.

Por outro lado, Lula também já enfrenta resistências críticas, mas de uma turma acostumada a ficar cada vez mais rica com movimentações de governo: o chamado mercado.

Lula trabalha o Brasil do futuro, com mais acessos dos mais pobres ás riquezas do país; mas o mercado se assusta com esta possibilidade de perdas de ganhos

Para empresários e banqueiros, que lucram com o controle de gastos, com o ajuste fiscal e com o controle de investimentos sociais, Lula ameaça este status quo ao defender publicamente a quebra do teto para garantir recursos que vão beneficiar os mais pobres em 2023.

Tanto que a bolsa e o dólar se movimentaram negativamente esta semana.

É exatamente estes dois modelos de Brasil – um representado por Bolsonaro e outro por Lula – que vêm polarizando o debate desde 2013, quando se iniciou o golpe que apeou Dilma Rousseff (PT) do poder.

E explica também por que a maioria escolheu Lula novamente em 2022…

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Carlos Brandão deve mesmo apoiar Eduardo Leite no PSDB

Tucano, vice-governador do Maranhão tende a seguir a orientação do mercado, que quer o governador do Rio grande do Sul como candidato a presidente, representando a terceira via contra Jair Bolsonaro e Lula

 

Eduardo Leite cumprimenta Carlos Brandão, em recente encontro dos dois tucanos no Rio Grande do Sul

Apesar dos acenos de setores do PT maranhense alinhados ao governo Flávio Dino (PSB), o vice-governador  do Maranhão, Carlos Brandão,  já assumiu compromisso com o seu partido, o PSDB, e com o mercado, na disputa presidencial de 2022.

Brandão deve apoiar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite,  na tentativa de construir uma terceira via na disputa presidencial contra Lula (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido).

Em setembro, o vice-governador maranhense esteve com Leite, e acenou com a possibilidade de apoiá-lo nas prévias do PSDB contra o governador de São Paulo, João Dória Júnior.

Eduardo Leite é a opção do mercado para as eleições presidenciais.

A elite econômica brasileira busca uma alternativa ao ex-presidente Lula e ao atual presidente Jair Bolsonaro, que polarizam a disputa presidencial.

O nome de Eduardo Leite é considerado leve por que, além de ter uma gestão aprovada, do ponto de vista do desenvolvimento, acena também para movimentos sociais, com o LGBTQIA+, assim como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post “Sistema encontra em Eduardo Leite a terceira via de 2022…”.

Caso o governador gaúcho vingue como opção do PSDB, o vice-governador do Maranhão assegura um palanque competitivo, fugindo da polarização Lula X Bolsonaro.

Gostem ou não os petistas maranhenses…

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Perdido e incapaz de mudar, Bolsonaro vai ficando só…

Eleito basicamente por um tripé que cresceu na esteira do golpe de 2016 – formado por banqueiros, por militares e por evangélicos – presidente tem agora ao lado apenas a ineficiência já comprovada dos quartéis e o radicalismo tosco dos líderes religiosos, o que demonstra o início do fim de sua era governamental

 

Sem o apoio do chamado mercado, Bolsonaro se cerca agora apenas de evangélicos alienados e de milicos inaptos para o exercício do poder

Editorial

A carta dos “banqueiros e economistas” divulgada neste fim de semana – com ampla repercussão na mídia – é uma espécie de libelo pelo fim do governo Jair Bolsonaro.

Os homens do chamado mercado entendem que Bolsonaro é incorrigível; e representa um risco para a saúde e para a economia brasileiras em plena pandemia de coronavírus.

Sem o apoio deste segmento, a tendência é que ele definhe ao longo de 2021.

Bolsonaro se elegeu fortalecido por um tripé que ganhou corpo a partir do golpe de 2016, que tirou a presidente Dilma Rousseff (PT) do poder.

Formado por esse chamado mercado, por militares e por evangélicos, este tripé deu a ele o caldo necessário para agir, tresloucadamente, no comando do país.

Mas veio a pandemia, que expôs a incapacidade do “mito”.

Sem o “mercado”, Bolsonaro tende a se apoiar apenas nos colegas de quartel – que já demonstraram incompetência total para o exercício do poder, basta ver o que fazem no Ministério da Saúde – e na sandice alienada de líderes religiosos, muito mais preocupados com a reservas de mercado que o governo garante às suas igrejas do que propriamente com o futuro do país.

Mas nem os evangélicos, muito menos os militares – por absoluta incapacidade de raciocínio político – são capazes de garantir a base necessária para Bolsonaro seguir em frente.

E como o próprio Bolsonaro se monstra incapaz de mudar, sua gestão tresloucada – calçada no negacionismo, na falta de cultura e na incapacidade de raciocínio lógico –  tende a diminuí-lo cada vez mais.

Assim, o presidente chegará menor às eleições de 2022.

E o termo menor, para alguém tão diminuto, representa exatamente a insignificância.

De onde ele jamais deveria ter saído…

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O contraponto a Flávio Dino…

salvar

A poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo está promovendo campanhas para divulgar parlamentares que votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). E destacou também os dez maranhenses pelo afastamento. A Fiesp, que não quer pagar o pato, paga qualquer contra que seja contra a presidente e o PT