Paulo Victor e Neto: a base de Brandão em São Luís…

Presidente da Câmara Municipal vai se filiar ao PSDB para assumir o projeto eleitoral do partido na capital maranhense, dividindo com o deputado estadual do União Brasil a preferência do governador na sucessão municipal

 

Paulo Victor alcançaram a condição de favoritos de Brandão dentro da base do governo

Faltando pouco mais de um ano para as eleições de 2024, o governador Carlos Brandão (PSB) figura em São Luís com dois nomes claramente de sua preferência para  sucessão municipal em São Luís.

A movimentação dos últimos meses consolidou o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor,  e o deputado estadual Neto Evangelista como os únicos a ter a interlocução direta com o governador dentro da base do governo.

Não por acaso, tanto Victor quanto Neto são os únicos nomes da base com partidos assegurados para a disputa com o prefeito Eduardo Braide (PSD).

O vereador vai se filiar ao PSDB para conduzir a legenda na capital maranhense; o deputado, por sua vez, já tem garantida a condição de candidato pelo União Brasil.

Eles levam vantagens, por exemplo, em relação ao deputado federal Duarte Júnior (PSB) publicamente antipatizado por Brandão e agora também preterido pelo ministro Flávio Dino (PSB) que já trabalha abertamente pelo ex-prefeito Edivaldo Júnior.

Outros nomes da base, como os deputados Carlos Lula e Dr. Yglesio Moyses ainda precisam resolver questões partidárias, já que estão no PSB, mesmo partido de Duarte 

Com a garantia de Paulo Victor no PSDB, Neto Evangelista no União Brasil e o irmão Marcus Brandão no MDB, Brandão garante suporte partidário de peso para enfrentar as eleições de 2024 e se preparar para 2026.

Pode até se dar ao luxo de ter os três partidos separados.

Mas se tornará amplamente favorito se juntar todos no mesmo palanque…

MDB em São Luís dividido entre Braide e Neto…

Presidente do diretório municipal, deputado federal Cleber Verde demonstra simpatia pela reeleição do atual prefeito, mas enfrenta resistências da ala sarneysista, que pretende se alinhar a um projeto do governador Carlos Brandão na capital maranhense, com o deputado estadual Roberto Costa muito mais próximo do colega Neto Evangelista

 

Roberto Costa e Cléber Verde vão medir forças no MDB – sob observação dos Sarney e dos Brandão – pelo alinhamento do partido com Braide ou com Neto, já descartadas outras opções

Análise de conjuntura

Faltando pouco menos de um ano para as convenções partidárias que definirão as alianças das eleições de 2024, o MDB tem dois rumos mais prováveis na sucessão municipal em São Luís.

Dividido entre o presidente municipal Cleber Verde e o diretório estadual, que é amplamente sarneysista e mais alinhado ao governador Carlos Brandão, o partido deve seguir com o prefeito Eduardo Braide (PSD) ou com o deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil).

Com participação direta na gestão de Braide, Verde defende abertamente a aliança do MDB em torno do prefeito; mas o diretório estadual passará a ser comandado em agosto por Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão (PSB).

Além de ter o apoio incondicional da ala sarneysista do MDB, os Brandão tem como principal articulador no partido o deputado estadual Roberto Costa, que é amigo pessoal do também deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil).

Evangelista teve a pré-candidatura confirmada há duas semanas pelo presidente regional do União Brasil, deputado federal Pedro Lucas Fernandes, que o apresentou ao governador Carlos Brandão como opção da base governista.

Pelo histórico das relações que se desenharam a partir de 2018 entre Roberto Costa e o agora deputado federal Duarte Júnior (PSB) – e sobretudo com a presença da família Brandão no comando – é pouco provável que o MDB se alinhe ao candidato pessoal do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB).

Caso vença a disputa interna, Cleber Verde dará um reforço de peso à candidatura de Eduardo Braide, que ainda tem dificuldades para alinhar partidos em sua coligação.

O apoio emedebista a Neto Evangelista, por outro lado, consolidará o deputado estadual como o principal nome da base de apoio do governador  Carlos Brandão.

De uma forma ou de outra, o MDB tornará a disputa mais acirrada na capital maranhense…

Grupo Sarney derrota Flávio Dino e fica com o DNIT no Maranhão…

Ministro da Justiça tentava emplacar no cargo o aliado e ex-secretário de infraestrutura Clayton Noleto, mas o MDB reivindicou ao presidente Lula  a nomeação do ex-deputado federal João Marcelo Souza, filho do ex-senador João Alberto de Souza

 

Unido no MDB, grupo Sarney – com apoio dos Brandão – teve mais força que Dino para ficar com o controle do DNIT no Maranhão

O blog Marco Aurélio d’Eça vem mostrando desde o início do governo Lula (PT) aspectos de uma guerra surda entre o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) e o grupo do ex-presidente José Sarney pelo controle do DNIT no Maranhão.

Ainda me março, o Ensaio “Weverton ocupa espaços no governo Lula enquanto Dino disputa com Brandão e os Sarney…” mostrava que o ministro enfrentava resistência para nomear o ex-secretário de Infraestrutura Clayton Noleto para a superintendência do DNIT.

Em 18 de maio, matéria exclusiva do blog Marco Aurélio d’Eça deixava bem mais clara a “batalha de Dino com os Sarney pelo comando do DNIT no Maranhão”.

– O órgão sempre foi espaço do MDB maranhense, ligado historicamente ao grupo Sarney. Membros do grupo já até indicaram o ex-deputado João Marcelo, filho do ex-senador João Alberto, fiel aliado do ex-presidente José Sarney – dizia o post.

Na semana que passou, o MDB sarneysista ouviu do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do próprio presidente Lula (PT) que o DNIT ficará mesmo sob o controle do grupo Sarney.

A Dino coube algumas compensações, como o Ibama, que ele decidiu distribuir entre aliados mais próximos a exemplo do ex-presidente da Assembleia Legislativa Othelino Neto (PCdoB).

E  MDB se mantém poderoso no setor de Transportes…

Exclusivo!!! Flávio Dino confirma a interlocutores seu afastamento de Brandão…

Ministro da Justiça mostra-se descontente com a entrega do MDB do grupo Sarney para o controle do governador e declara-se “desagradavelmente desconfortável” com a ascensão política do diretor da Assembleia Legislativa Marcus Brandão; a antecipação da reeleição de Iracema Vale na Assembleia também desagradou o ex-comunista, que tentou, sem sucesso, uma “revolta da base” encabeçada pelo agora secretário em Brasília, Othelino Neto

 

Flávio Dino ainda não rompeu com Carlos Brandão, mas demonstra cada vez mais abertamente sua chateação com os rumos políticos do aliado

O ministro da Justiça Flávio Dino tem manifestado cada vez mais abertamente o seu descontentamento com os rumos tomados pelo governo Carlos Brandão (PSB) desde a sua posse, em janeiro.

O ex-comunista não fala diretamente com os membros da bancada maranhense ou com lideranças do estado, mas trata do assunto abertamente com líderes políticos nacionais, que acabam repassando a informação às lideranças locais em Brasília.

– Não rompi, mas me afastei!!! – é a frase mais usada pelo ex-governador nas conversas com ministros, presidentes de partido e lideranças do Congresso Nacional. O problema é que estas lideranças acabam repassando a informação aos políticos maranhenses, que a espalham como rastilho de pólvora.

A mesma frase foi ouvida pelo blog Marco Aurélio d’Eça de pelo menos quatro membros da bancada maranhense ao longo da semana que passou; todos afirmam “um forte descontentamento de Flávio com Brandão”.

O motivo inicial do afastamento do ministro da Justiça foi a ascensão meteórica do irmão do governador, Marcus Brandão, futuro presidente do MDB no Maranhão.

Dino atribui a Marcus a demissão do ex-presidente da Emap, Ted Lago, seu homem de confiança e operador no Porto do Itaqui; esta decepção do ministro foi contada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Demissão de Ted Lago foi a principal perda de Flávio Dino no governo Brandão”.

A chegada do irmão do governador ao MDB e a tomada de controle do partido ligado ao Grupo Sarney é outro motivo de irritação para o ministro da Justiça, que vê no movimento um “claro recado” de Carlos Brandão sobre o futuro político do seu grupo.

Além das queixas ao alto clero da política nacional em Brasília, Flávio Dino conta com dois disseminadores de suas chateações: o secretário-executivo do seu ministério, Ricardo Capelli, e o coordenador da bancada federal, deputado Márcio Jerry (PCdoB).

Cappeli e Jerry usam com deputados, senadores, secretários e prefeitos maranhenses a mesma frase usada por Dino sobre a relação com Brandão: “rompido não, mas afastado…”.

A reeleição antecipada da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), foi outro motivo de irritação para o ministro da Justiça, que tentou, inclusive, um fracassado movimento de contraponto, usando o aliado Othelino Neto (PCdoB), hoje secretário de Representação do governo maranhense em Brasília.

O blog Marco Aurélio d’Eça acompanhou esses movimentos ao longo dos últimos 10 dias: com apoio de Dino, Othelino tentou emplacar o próprio nome como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Iracema para o biênio 2025/2027.

O ex-presidente chegou a vir ao Maranhão, mas não encontrou ambiente para o levante, embarcando de volta a Brasília antes mesmo da votação da última sexta-feira, 16, gerando um fato inédito na história da Assembleia: pela primeira vez um suplente – no caso o petista Zé Inácio – votou na eleição da Mesa Diretora.

Todos esses movimentos são acompanhados à distancia por Flávio Dino, que esforça-se para manter a imagem de lideranças nacional.

Mas não deixa de se incomodar com as questões paroquiais…

Roberto Costa diz que prioridade do MDB é candidato próprio ou apoio na base de Brandão

Deputado estadual diz que embora o presidente do diretório municipal, Cleber Verde, manifeste preferência pelo apoio à reeleição do prefeito Eduardo Braide, o partido ganhou novos rumos com a entrada de Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão, em seu comando estadual

 

Roberto Costa com Marcus Brandão, Roseana e José Sarney em São Luís: novos rumos para o MDB no Maranhão

O deputado estadual Roberto Costa desmentiu nesta terça-feira, 13, em conversa com o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça, a informação segundo a qual o MDB já teria fechado apoio ao prefeito Eduardo Braide (PSD) em 2024.

– Não foi dada nenhuma definição de apoio. O partido ainda vai reunir suas lideranças para discutir não apenas as eleições em São Luís, mas em todos os municípios; uma coisa é prioridade no MDB: candidatura própria e, nos casos onde não houver, apoio a um candidato da base do governo Brandão – disse o parlamentar.

Costa disse respeitar a posição do deputado federal Cleber Verde – que chegou ao partido para assumir o diretório municipal de São Luís e tem preferência pela aliança com Braide – mas deixou claro que o partido ganhou novo rumo com a entrada de Marcus Brandão, irmão do governador  Carlos Brandão, que vai comandar o diretório estadual.

– É preciso entender que há diversas forças políticas no MDB e que precisam ser ouvidas – afirmou Roberto Costa.

Com Paula Azevedo e Cleber Verde, Jorge Marú anuncia R$ 10 milhões para Paço no Ministério das Cidades…

Presidente da Câmara Municipal esteve coma prefeita na recepção ao ministro Jader Filho, recebido pelo deputado federal emedebista, que viabilizou as emendas para obras na região do cajueiro e diversas outras comunidades locais

 

Cleber Verde articulou recursos a pedido de Jorge Marú para obras a serem executadas pela prefeita Paula Azevedo em Paço do Lumiar

A prefeita Paula Azevedo (PCdoB) e o presidente da Câmara Municipal de Paço do Lumiar, vereador Jorge Marú (Republicanos), estiveram ao lado do deputado federal Cleber Verde (MDB) na recepção ao ministro das Cidades Jader Filho.

Marú comemorou a viabilização de recursos da ordem de R$ 10 milhões, que serão usados em obras em Paço do Lumiar.

Os recursos foram viabilizados por Verde no Ministério das Cidades.

– São recursos para drenagem profunda e superficial, além de obras de pavimentação asfáltica – explicou Jorge Marú.

Na região do Cajueiro serão realizadas obras e acessibilidade e sinalização.

A prefeita Paula Azevedo apresentou ao ministro e ao deputado federal a proposta e o plano de trabalho das obras…

Hegemonia de Brandão pode ser péssima para o estado, analisa Joaquim Haickel…

Em artigo divulgado neste fim de semana, ex-deputado analisa que a força política do atual governador – construída “em cima de escombros de grupos políticos outrora poderosos” – traz sérios e graves problemas de manutenção, inclusive a curto e médio prazos; no texto, o escritor reserva farpas também para o grupo Sarney, Flávio Dino e até para o prefeito Eduardo Braide

 

Joaquim Haickel analisou a política atual de cima abaixo, apontando situações e construindo cenários

O ex-deputado federal, estadual e ex-secretário de Cultura, Esporte e Comunicação Joaquim Haickel analisou neste sábado, 3, o poderio político adquirido pelo governador Carlos Brandão (PSB) em apenas cinco meses de mandato.

E acha que esta hegemonia pode ser péssimo para a política maranhense.

Para Haickel, a construção da hegemonia de Brandão – em cima de escombros do que outrora foram grupos poderosos – terá problemas de manutenção, normalmente ligados ao aspecto financeiro de um grupo gigantesco, onde cada uma de suas partes reivindica um cadinho.

– No caso desse tipo de hegemonia, o que ocorre é que quem perdeu o protagonismo só aguarda a dissolução dela, só espera que o tempo passe para voltar ao centro das atenções como salvador da pátria – diz ele, numa clara referência ao ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), embora não cite o seu nome em nenhum trecho do artigo.

Em seu artigo, que analisa também a política nacional, vê o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um arremedo senil do que fora em seus dois primeiros mandatos, e ministros desequilibrados  e destemperados, mesmo querendo vender-se como líderes, “faróis na noite escura da política brasileira”.

Haickel reserva um capítulo dos eu artigo para o prefeito Eduardo Braide (PSD), a quem vê como político relevante, mas sem grupo.

– Ele [Braide] sozinho configura-se como uma equação politicamente inexequível, mesmo que tenha boa perspectiva eleitoral a curto prazo – analisa Joaquim Haickel.

O ex-parlamentar louva a articulação do deputado federal Cleber Verde, que deseja candidatar Braide pelo MDB, mas ressalta que, hoje pertencente à base do governo Brandão, o partido ainda tem na deputada federal Roseana Sarney a sua principal força.

– Apesar de ter perdido o poder, por vários e vários motivos, juntamente com seu agora reduzido grupo, [Roseana] ainda é uma força que não pode ser descartada – frisou.

Consciente da força de suas palavras, Haickel faz, ele próprio, uma ressalva às suas reminiscências, mostrando-se atento ao que pode ser interpretado a partir delas.

– Como disse antes, pessoas como eu normalmente desagradam a todos, não por simplesmente estarem erradas, pois quem está errado nem é levado em consideração, mas por dizerem verdades, coisas que normalmente incomodam – concluiu o membro da Academia Maranhense de Letras.

Abaixo, a íntegra do artigo:

Sobre verdade e política, a pedidos

Alguns amigos meus, frequentemente, têm me pedido que volte a escrever sobre política, assunto que tenho evitado pelo imenso grau de radicalização que esse setor sofreu nos últimos tempos e pelo fato de eu dizer coisas que acabam desagradando a todos, característica peculiar das pessoas que falam verdades, e verdades geralmente não são coisas agradáveis de serem ouvidas, e que transformam quem as dizem em personas non gratas, coisa que eu não desejo ser.

Nos últimos tempos tenho me dedicado exclusivamente aos meus projetos cinematográficos que estão em andamento, uma vez que os negócios de minha família estão sendo tocados, e muito bem, diga-se de passagem, por meu irmão e minha esposa. Mas como meus filmes me deram uma folguinha nos últimos dias, até porque essa atividade, de tempos em tempos, exige certo distanciamento, para que se possa ver as coisas em perspectiva, resolvi parar para analisar alguns poucos aspectos da política, assunto que como todos sabem, muito me agrada, principalmente em seu aspecto estratégico e filosófico, uma vez que, já faz algum tempo, sou completamente refratário à prática diária da política, o tal corpo a corpo.

A política nacional está uma verdadeira loucura. Lula que era um craque da política, no bom e no mau sentido, dá claros sinais de senilidade, falando e fazendo coisas que nem ele mesmo aceitaria, mesmo em seu piores momentos.

Alguns de seus ministros, ouviram o sino tocar, mas não conseguem encontrar a igreja, enquanto outros, estes competentes e bem-preparados, tropeçam em suas idiossincrasias mais atávicas e acabam por demonstrar desequilíbrio e destempero, características que não podem estar presentes no perfil daqueles que desejam ser verdadeiros líderes, faróis na noite escura da política brasileira.

O poder legislativo no âmbito federal, mais do que nunca é um balcão de negócios. Seus comandantes ou são covardes oportunistas ou são ávidos negocistas. É triste esse panorama.

No âmbito estadual, nunca se viu uma situação de tamanha hegemonia. Não que eu me lembre. Mas isso que pode ser muito bom por um lado, pode ser péssimo por outro. Eu explico, ou pelo menos vou tentar.

Quando se atinge a hegemonia através de uma luta renhida, uma disputa “sangrenta”, quando ela é resultado de uma conquista monumental, ela normalmente é boa e as partes, as facções, as pessoas que compõem esse grupo, sabem o que as levaram até ali e têm um compromisso maior.

Quando a hegemonia é decorrente da dissolução dos grupos políticos anteriormente constituídos, quando ela é construída nos escombros do que havia antes, mesmo que ela tenha a frente um líder experiente, cauteloso e bem-intencionado, como é o caso de Carlos Brandão, ela é na verdade uma hegemonia frágil, que até aparenta ser forte, mas que traz sérios e graves problemas de manutenção, normalmente ligados ao aspecto financeiro de um grupo gigantesco, onde cada uma de suas partes reivindica um cadinho, deixando por conta do seu comandante a solução de problemas gigantescos e quase insolúveis a curto e médio prazo.

No caso desse tipo de hegemonia, o que ocorre é que quem perdeu o protagonismo só aguarda a dissolução dela, só espera que o tempo passe para voltar ao centro das atenções como salvador da pátria.

Comentei esse fato com um amigo e ele me perguntou qual seria a solução para esse problema e eu disse que a solução, em primeiro lugar é reconhecer que há um problema, pois muitos não conseguem perceber e outros, os que percebem, tiram proveito disso e, portanto, não se importam.
A segunda coisa que deve ser feita nesses casos é a escolha de seu efetivo, não falo de amigos ou parentes, falo de um exército capaz de enfrentar o por vir, pois numa hegemonia pouca gente se preocupa com isso.

A eleição de prefeitos do ano que vem é a primeira trincheira e será mais do que nunca decisiva para o futuro da política local, e veja que isso não é uma questão de semântica! É uma questão de prática, tanto que acredito que quem melhor esteja pensando nisso seja o deputado Kleber Verde, que deseja candidatar o prefeito Eduardo Braide, pelo MDB.

Braide é um político relevante, mas não tem um grupo em torno de si, não tem uma base sólida, que o apoie. Ele sozinho configura-se como uma equação politicamente inexequível, mesmo que tenha boa perspectiva eleitoral a curto prazo.

Nesse cenário, lembro que o MDB hoje pertence a base mais bem alicerçada do governo. Partido que já foi comandado pela então governadora Roseana Sarney, que apesar de ter perdido o poder, por vários e vários motivos, juntamente com seu agora reduzido grupo, ainda é uma força que não pode ser descartada.

Como disse antes, pessoas como eu normalmente desagradam a todos, não por simplesmente estarem erradas, pois quem está errado nem é levado em consideração, mas por dizerem verdades, coisas que normalmente incomodam.

Mas vá lá! Seja o que Deus quiser, se é que ele se mete nessas coisas.

Joaquim Haickel

Cineasta e membro da Academia Maranhense de Letras

Movimentação política de Carlos Brandão descarta apoio a Duarte Jr…

Governador tem estimulado a atuação do presidente da Câmara Municipal Paulo Victor no cenário de 2024, ao mesmo tempo em que flerta com o prefeito de São Luís Eduardo Braide, deixando claro o desinteresse pela candidatura do deputado federal ligado ao ministro da Justiça  Flávio Dino

 

Flávio Dino sentou praça com Duarte Júnior desde 2020, mas o deputado não consegue avançar em alianças na capital maranhense

As últimas movimentações dos aliados do governador Carlos Brandão (PSB) sobre a sucessão municipal em São Luís deixam claro que ele não pretende mesmo apoiar a candidatura do seu correligionário, deputado federal Duarte Júnior. 

Principal adversário do prefeito Eduardo Braide (PSD), ocupando a segunda posição em todas as pesquisas de intenção de votos, Duarte é o candidato do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) em São Luís, mas não consegue avançar na base aliada do governo Brandão.

O próprio Brandão, inclusive, já declarou a diversos interlocutores que o candidato de Dino “não se ajuda”.

Atualmente, o governador  atua em duas frentes na sucessão municipal:

1 – mantém o estímulo ao presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PCdoB), como opção de oposição ao prefeito Eduardo Braide (PSD); 

2 – deu aval á entrada do irmão, Marcus Brandão, no MDB, que deve formar coligação com Braide e, inclusive, indicar o companheiro de chapa do prefeito.

Carlos Brandão trabalha também com outras possibilidades dentro da própria base, como as candidaturas dos deputados Pedro Lucas Fernandes e Neto evangelista (ambos do União Brasil) e até mesmo em ter o vice-governador Felipe Camarão (PT) na disputa em São Luís.

Ele só não cogita, em nenhuma hipótese, estar com Duarte Jr.

Pelo menos é o que parece nas movimentações…

Reformada e modernizada, casa de Sarney volta a ser palco de movimentações políticas

Abandonada pela família do ex-presidente há alguns anos, propriedade na praia do Calhau, em São Luís – que já foi palco de inúmeros episódios da República e guarda importante cervo artístico e cultural maranhense – ganhou novos móveis, decoração atualizada e voltou a ser habitada pelo ilustre proprietário

 

Na imagem publicada por Gilberto Léda, Sarney em frente à sua modernizada casa, como símbolo de sua reentrance na vida política maranhense

Ensaio

Uma imagem publicada no blog do jornalista Gilberto Léda, nesta terça-feira, 30, foi uma espécie de “reinauguração informal” da famosa mansão da família Sarney, na praia do Calhau, como palco dos mais importantes debates políticos do Maranhão.

Nesta imagem aparecem o próprio ex-presidente José Sarney, na sacada em estilo colonial da mansão, com lideranças políticas embaixo, no modernizado pátio de acesso à praia, no que seriam os fundos da residência, guardada por um portão que foi doado à família – e, contam, fechava o cemitério da cidade de Alcântara. 

Sarney voltou a morar na mansão do Calhau, que passou quase 10 anos ocupada apenas por funcionários da família.

Para voltar a abrigar Sarney, sua mulher, dona Marly, filhos, netos, bisnetos e tetranetos, a casa passou por uma ampla e minuciosa reforma, que deu ares modernos à decoração, embora tenha mantido a arquitetura original, no estilo colonial, com seus salões amplos, pátios internos – muitos deles agora gramados – e suas passagens em arco. 

A família Sarney está de volta ao debate político como espécies de consultores e aliados do governador  Carlos Brandão (PSB); e a imagem na frente da casa é o símbolo desta reentrance.

O governador tem frequentado rotineiramente a casa do Calhau; a matéria em que Léda usou a imagem de Sarney na sacada, por exemplo, trata de articulações para reforçar o controle de Brandão no MDB, que agora será comandado por seu irmão, Marcus Brandão.

A casa de Sarney ocupa um quarteirão em uma das áreas do Calhau mais próximas à praia; imóvel agora valorizado pela reforma

Assim como ele próprio, a casa de Sarney é um símbolo da política maranhense.

Movimentada por lideranças políticas nacionais e internacionais na década de 80, passou a ser chamada pejorativamente de “casa mal assombrada” pela oposição dos anos 90; e experimentou a decadência política do grupo a partir dos anos 2000.

Agora volta repaginada, modernizada e desagravada pela história e por aqueles próprios que a taxaram negativamente no passado.

Voltam a casa, volta Sarney, seu histórico partido e seu grupo político… 

MDB com Braide é “prego batido” pela nacional do partido…

Decisão de apoio ao prefeito de São Luís foi tomada antes mesmo da chegada de Marcus Brandão à legenda, como garantia para a entrada do deputado federal Cleber Verde, que já tem participação na atual gestão da prefeitura

 

Eduardo Braide em sugestiva foto publicada em suas redes sociais, entre Cleber Vede e Baleia Rossi

A decisão de apoio ao prefeito Eduardo Braide (PSD) nas eleições de 2024 foi tomada pela cúpula nacional do partido antes mesmo do anúncio da filiação de Cleber Verde à legenda, ainda em abril.

À época, nem se cogitava a entrada do diretor institucional da Assembleia Legislativa, Marcus Brandão, irmão do governador  Carlos Brandão (PSB).

A garantia de que o partido irá com Braide foi dada a Verde pelo presidente nacional, Baleia Rossi, que esteve em São Luís na última segunda-feira, 29, justamente para filiação do colega de Câmara Federal.

A entrada de Marcus Brandão e o consequente controle da legenda por Carlos Brandão se deu após fechamento de questão com Verde, mas agradou ao grupo do governador, que não descarta indicar o companheiro de chapa de Braide.

De uma forma ou de outra, garantido por Cleber Verde durante o ato de filiação, o MDB de São Luís estará com Braide e deverá ocupar novos postos na gestão; atualmente tem o secretario de Esportes, Romário Barros, e o de Desenvolvimento Metropolitano, André Campos.

E o tempo só estreitará esses laços…