Embolados na disputa da liderança na casa dos 25% das intenções de votos – o que garantiria a vitória simples ao que tiver maior número de votos – os deputados Josivaldo JP e Rildo Amaral, além do ex-deputado Marco Aurélio, demonstram pouco interesse em uma eleição com dois turnos o que tornaria imprevisível o resultado no município
Os pré-candidatos a prefeito de Imperatriz têm passado longe da campanha da Justiça Eleitoral pela conquista da prerrogativa de ter, pela primeira vez, a realização de um segundo turno nas eleições de outubro; enquanto juízes eleitorais e imprensa tentam estimular o eleitor a tirar o título, o deputado federal Josivaldo JP (PSD), o estadual Rildo Amaral (PP) e o ex-deputado Marco Aurélio (PSB) parecem fazer de conta que a questão não é com eles.
Imperatriz está a pouco mais de 10 mil eleitores para se tornar a segunda cidade no Maranhão a ter a possibilidade de segundo turno nas eleições municipais; para alcançar a meta até o dia 8 de maio, o TRE-MA lançou o projeto “Voto Jovem”, que não tem apoio de nenhum dos principais pré-candidatos, pelo menos em suas páginas nas redes sociais.
Este blog Marco Aurélio d’Eça acionou os três principais candidatos por intermédio de suas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, com o seguinte questionamento:
– O senhor tem interesse em um segundo turno em Imperatriz? Isso é relevante para o senhor ou acha que pode atrapalhar seu projeto eleitoral? Apenas Rildo Amaral respondeu ao questionamento do blog.
– O interesse é de todos os imperatrizenses. Tenho motivado e incentivado nossos jovens; mais importante que a disputa é a cidade – afirmou Amaral; mas em suas redes sociais não há qualquer menção ao projeto do TRE e muito menos alusão á possibilidade de segundo turno em Imperatriz.
Nem Josivaldo JP, nem Marco Aurélio responderam ao questionamento deste blog.
A disputa em Imperatriz está acirrada entre Amaral e Josivaldo JP, ambos girando na casa dos 25%, com diferença mínima entre eles, segundo a pesquisa DataM divulgada no final de dezembro, quando ainda não havia exigência de registro; isso significa que, se não houver segundo turno, quem conseguir mais votos será automaticamente eleito.
Obviamente que esta possibilidade de matar a eleição em primeiro turno mesmo com um mínimo de votos leva os pré-candidatos a nem cogitar a realização de dois turnos.
Por isso ignoram a luta das autoridades eleitorais para convencer o eleitor de que os dois turnos é vantajoso para a democracia da cidade…