Márcio Jerry vence Duarte Jr. e consegue aval para filiação de Edivaldo no PV…

Presidente do PCdoB no Maranhão, deputado federal defende a tese de que a base ligada ao ministro Flávio Dino e ao governador Carlos Brandão tenha outras opções de candidatura e não apenas a do colega deputado federal do PSB, que sonha com o vice indicado pela federação da qual faz parte o partido no qual o ex-prefeito se filiará

 

Márcio Jerry garantiu a entrada de Edivaldo no PV e vence com a tese de ampliação dos nomes da base para além de Duarte Júnior

Análise da Notícia

A anunciada liberação para filiação do ex-prefeito Edivaldo Júnior ao PV – partido que compõe com PT e PCdoB a Federação Brasil-Esperança – é uma vitória pessoal do deputado federal Márcio Jerry.

Presidente regional do PCdoB, Jerry é contrário à tese de focar esforços apenas na candidatura do colega Duarte Júnior (PSB) e entende que Edivaldo é uma opção mais palatável em um eventual segundo turno.

A entrada de Holandinha no PV foi tratada pela imprensa política nesta sexta-feira, 4, como sendo apoiada pelo ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) com a orientação de evitar desgastes ao nome do seu preferido Duarte Júnior.

Mas esta filiação não deixa de ser uma vitória pessoal de Márcio Jerry sobre Duarte; O pré-candidato do PSB sonha com a indicação de um vice do PT, que só pode apoiá-lo se a federação não tiver candidato. 

A divulgação  da notícia também se deu no mesmo dia da filiação de Paulo Victor ao PSDB, como que para minimizar os efeitos do ato do vereador, preferido pelo governador Carlos Brandão (PSB).

Brandão, aliás, não compareceu ao ato de Victor – e nem deve participar de atos de outros aliados – num sinal de que pode estar recuando nas tentativas de independência em relação a Flávio Dino.

Mas esta é uma outra história…

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Márcio Jerry vê 2020 como exemplo a ser evitado em 2024

Presidente da Federação Brasil-Esperança, que reúne PCdoB, PT e PV, deputado federal diz que é necessário avaliar os resultados práticos das últimas eleições municipais – quando o grupo Flávio Dino/Carlos Brandão foi derrotado – mas insiste nos mesmos responsáveis pelo racha de quatro anos atrás

 

Márcio Jerry trabalha com apoio do PCdoB aos mesmos responsáveis pelo racha na base em 2020; mas prega unidade novamente em 2024

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) avaliou neste sábado, 15, os riscos que uma divisão de candidaturas no grupo liderado pelo ministro Flávio Dino e pelo governador  Carlos Brandão (ambos do PSB) podem representar nas eleições municipais de 2024.

Em entrevista ao jornalista Jorge Vieira, Jerry reconheceu que é preciso reavaliar a eleição de 2020 para ajustar caminhos em 2024.

– A eleição à frente para prefeito requer avaliação da que passou. É critério importante para construir e ajustar caminhos, rotas – afirmou o parlamentar.

A federação comandada por Jerry recebeu nesta sexta-feira, 14, dois dos personagens responsáveis pela divisão do grupo e consequente derrota em 2020, o deputado federal Duarte Júnior (PSB) e o ex-prefeito Edivaldo Jr. (Sem partido).

Apesar da boa performance nas pesquisas, Duarte Júnior não conseguiu unir o grupo em torno dos eu nome e acabou dividindo toda a base do governo Flávio Dino no segundo turno; sua postura desagregadora continua criando arestas, inclusive no próprio governador  Carlos Brandão, que antipatiza sua candidatura.

Edivaldo Júnior, por sua vez, esnobou absolutamente todos os seis candidatos da base dinista em 2020, mesmo após ter sido apoiado por todos eles nas eleições de 2012 e 2016; no segundo turno, cruzou os braços e facilitou a vitória de Eduardo Braide, o que o deixou isolado desde então.

É com estes dois personagens que Márcio Jerry e a federação formada por PCdoB, PT e PV pretendem ir para a disputa de 2024.

Mas, com outros quatro candidatos na base, o resultado caminha para repetir 2020…

“Tem todas as credenciais para ser prefeito”, diz Márcio Jerry sobre Edivaldo Júnior…

Em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 11, na Assembleia Legislativa, o deputado federal e presidente do PCdoB no Maranhão disse que está iniciando as conversas sobre as eleições de 2024 e revelou que as discussões envolvem também os outros dois partidos da federação – PV e PT – embora não tenha opinado sobre a provável filiação de Holandinha

 

Márcio Jerry destacou as credenciais de Edivaldo Júnior, mas não quis opinar sobre filiação do ex-prefeito ao PV, partido que faz federação com PCdoB e PT

O deputado federal e presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry disse nesta terça-feira, 11, ao blog Marco Aurélio d’Eça, que “exatamente neste mês de julho”, o partido inicia as conversas sobre a sucessão municipal de São Luís e dos demais municípios.

Ele não quis opinar sobre uma eventual filiação do ex-prefeito Edivaldo Júnior ao PV – partido que compõe federação com o PCdoB e o PT – mas destacou suas qualidades como candidato.

– Tenho grande apreço pessoal e amizade pelo ex-prefeito Edivaldo, de quem tive a honra de coordenar campanhas e fui secretário de comunicação no primeiro ano de sua gestão; tem todas as credenciais para ser prefeito – afirmou Jerry, citando também outros nomes da base com as mesmas credenciais, a exemplo do colega deputado federal Duarte Júnior, o deputado estadual Carlos Lula (ambos do PSB) e do vereador Paulo Victor (a caminho do PSDB).

A filiação de Edivaldo Júnior ao PV começou a ser especulada semana passada, logo após a saída de Paulo Victor do PCdoB, mas ainda não foi confirmada nem pelo partido e muito menos pelo ex-prefeito.

Ao blog Marco Aurélio d’Eça, que participou da conversa no comitê de imprensa da Assembleia, Márcio Jerry explicou que uma candidatura por qualquer um dos partidos da federação terá que ser discutida entre todos os partidos; e essas conversas se iniciam exatamente neste mês de junho, cerca de um ano antes das convenções.

– PCdoB, PV e PT não podem ter candidatos isolados, por isso têm que conversar entre si sobre as eleições; e este mês de julho é exatamente o ideal para iniciar essas conversas, também com outros partidos do nosso campo político – ressaltou Márcio Jerry, em roda com a presença do ex-vereador pedetista Renato Dionísio e dos também jornalistas Thales Castro, Alberto Leitão, Antonio Martins e Ciro Nolasco.

Pouco depois, já em entrevista à rádio Esperança FM, ele disse que as conversas só estão se iniciando.

– Vamos debater, vamos conversar e pelo consenso progressista decidir quem serão os candidatos – revelou a Alberto Leitão…

Preocupação do Palácio dos Leões é garantir segundo turno em São Luís…

Lideranças dos partidos que apoiam o governador Carlos Brandão tentam criar condições para evitar que o prefeito Eduardo Braide vença as eleições em primeiro turno; e sabem que, apenas com Duarte Júnior, o cenário de 2020 deve ser repetido

 

Márcio Jerry deu o aval do PCdoB à viabilização do vereador Paulo Victor para as eleições de 2024

Análise da notícia

A imagem acima seria impensável há um ano atrás, quando o vereador Paulo Victor (PCdoB) elegeu-se presidente da Câmara Municipal em um pleito antecipado.

À época, o nome de Victor foi automaticamente alçado à condição de pré-candidato a prefeito, mas o presidente do PCdoB, Márcio Jerry, antecipou-se em apresentar-se também como possível  postulante.

O termo passou, o vereador comunista cresceu politicamente e hoje já figura nas pesquisas de intenção de votos; e ontem sentou com Márcio Jerry para receber a garantia do PCdoB de que pode continuar buscando a viabilização.

A decisão de Jerry tem razão de ser.

A cúpula do governo Carlos Brandão (PSB) e o grupo ligado ao ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) já entenderam que a performance do deputado federal Duarte Júnior (PSB) – embora na casa dos 20% – não é suficiente para o enfrentamento ao prefeito Eduardo Braide (PSD).

Por uma questão simples: Duarte não agrega um só setor da classe política, que o detesta. 

E com ele à frente o resultado já está desenhado: Braide vitorioso em primeiro turno ou, no mínimo, repetindo 2020, e se reelegendo, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça em post anterior, com o título, “Braide alcança quase 50% dos votos em São Luís…”.

Além de Paulo Victor, o governo trabalha outros nomes, por que, no entender, de Carlos Brandão, “Duarte não se ajuda”.

E assim como já adiantou este blog Marco Aurélio d’Eça, o governador vai continuar estimulando os aliados preferidos, mas também tentando convencer Flávio Dino de que há uma chance aberta com o vice-governador Felipe Camarão (PT).

Até lá, a situação continuará como está…

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Márcio Jerry em maus lençois…

Já crucificado nas redes sociais por causa da fake news criada pela deputada Júlia Zanata, parlamentar maranhense vem sendo destruído na imprensa, diante de uma bancada silenciosa e de amigos calados, como o ministro da Justiça, Flávio Dino

 

Márcio Jerry destruído por Júlia Zanata

Márcio Jerry está sangrando nacionalmente diante do silêncio dos colegas e amigos

Nunca uma fake news teve tanta repercussão negativa no Brasil quanto a que foi criada pela deputada federal Júlia Zanata (PL) contra o colega maranhense Márcio Jerry (PCdoB).

Zanata inventou ter sido vítima de importunação sexual praticada por Jerry; e mesmo diante das imagens que desmentem a parlamentar, o caso ganhou as redes sociais, embalada pelo mecanismo de espalhamento de temas que alimenta o bolsonarismo.

Mas a condenação de Jerry se dá também pelo silêncio da classe política maranhense, o que demonstra falta de prestígio do parlamentar.

Coordenada por ele próprio, a bancada maranhense emitiu em seu favor uma nota quase apócrifa sem as assinaturas dos colegas. 

O próprio Jerry tentou gerar fato positivo ao criar uma recepção de amigos no aeroporto, que acabou não tendo a devida repercussão.

O silêncio mais ensurdecedor para Jerry, no entanto, é o do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), seu amigo pessoal.

Alguns justificam o silêncio de Dino pelo cargo que ele ocupa; mas uma manifestação do ministro da Justica neste momento serviria, ao menos, para inibir a sanha bolsonarista contra o deputado.

Enquanto se vê sozinho na linha de batalha, Márcio Jerry tenta reagir contra a própria Júlia Zanata, tentando encurrala-la com ações parecidas.

Mas as manifestações de instituições de peso nacional, como a Procuradoria eleitoral e a Procuradoria-Geral da República, torna muito difícil a situação do comunista.

Que deve sangrar até uma decisão do conselho de ética da Câmara dos Deputados…

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A sinceridade de Joaquim Haickel com Márcio Jerry…

Ex-deputado federal e estadual, cineasta dialoga com o comunista vítima de fake news sobre assédio a uma parlamentar e concluiu lembrando que a própria esquerda já havia cometido o mesmo erro ao propagar caso igual, relacionado ao ex-presidente Jair Bolsonaro

 

As imagens montadas por bolsonaristas que tentam implicar assédio ao deputado Márcio Jerry

O ex-deputado federal e estadual Joaquim Haickel entrou no debate sobre a campanha de fake news bolsonarista contra o deputado federal maranhense Márcio Jerry (PCdoB).

Em diálogo com o próprio Jerry nas redes sociais, Haickel classificou de palhaçada a narrativa do assédio à deputada Zanatta, mas deixou claro ter consciência de que o comunista não faria o mesmo se o alvo da história fosse ele, Haickel.

– Só não sei se esse incidente tivesse acontecido comigo, ele agiria da mesma forma – disse Haickel, em debate no Twitter que envolveu outras pessoas.

Com a mesma percepção do blog Marco Aurélio d’Eça, o ex-deputado lembrou que o próprio vídeo usado para acusar o colega maranhense mostra que não houve nenhum tipo de assédio.

Haickel saiu em defesa do maranhense mesmo consciente de que a recíproca jamais seria verdadeira

Ao final, Haickel ironizou, propondo a Jerry que usasse como defesa outro vídeo: um em que o então deputado Jair Bolsonaro ataca a colega Maria do Rosário (PT).

Só neste ponto a percepção do ex-parlamentar diverge da do blog, por dois motivos:

1: Maria do Rosário jamais acusou Bolsonaro de assédio, mas por ameaça e agressão pura e simples, como prova o próprio vídeo da época;

2: diferentemente de Márcio Jerry, Bolsonaro tem imenso histórico de agressões de todos os tipos, independentemente do gênero da vítima.

A solidariedade de Joaquim Haickel ao comunista maranhense somou-se a diversas outras Brasil a fora.

Mas o deputado federal continua atacado em todo o país.

Com a mesma intensidade da defesa…

Dinistas são esvaziados no novo governo de Brandão…

Secretários, dirigentes de empresas e auxiliares do segundo escalão vinculados ao ministro da Justiça perderam espaço na estrutura do novo governo, apesar de o Palácio dos Leões manter no secretariado, outros comunistas, estes com pedigree próprio

 

Flávio Dino tem aliados como Márcio Jerry ainda com força no governo, mas a influência de outros “comunistas”, como a de Capelli, tende a ser esvaziada a partir de agora

Análise da notícia

A reforma do secretariado operada pelo governador Carlos Brandão (PSB) encaminhou de forma inequívoca um esvaziamento pronunciado do que se pode chamar de período comunodinista no Palácio dos Leões.

Apesar de Brandão manter no governo postos de aliados de primeira hora do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – estes com pedigree próprio, como os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB) e Duarte Júnior (PSB) – outras peças ligadas ao ciclo comunista perderam cargos no primeiro escalão.

Exemplos claros são o presidente da empresa que administra o Porto do Itaqui, Ted Lago, e o ex-secretário de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves.

Ambos são técnicos preparados em, suas áreas, com histórico de serviços prestados; mas, ainda que de forma sutil, acabaram vinculados ao comunismo mais próximo a Dino, diferentemente de Jerry e Duarte, que têm força própria na mesa de negociação.

O avanço da reforma de Brandão deve alcançar outros comunistas instalados no segundo e terceiros escalões do governo; um exemplo é a Secretaria de Comunicação, ainda fortemente vinculada ao ex-secretário Ricardo Capelli.

Desde as secretarias adjuntas, passando pela rádio Timbira e outros órgãos ligados à Secom – que será comandada pelo jornalista Sérgio Macedo – são ainda fortemente influenciados por Flávio Dino, que tem Capelli hoje como seu secretário-executivo no Ministério da Justiça.

O blog Marco Aurélio d’Eça tem dito e repetido que a relação entre Brandão e Flávio Dino não deve ser abalada, por um lado ou por outro, como se pode reler nos textos “A guerra surda entre Flávio Dino e Carlos Brandão…”, “A guerra fria entre Brandão e Flávio Dino…” e “Carnaval expõe distanciamento entre Brandão e Flávio Dino…”

Mas já está bem claro que o governador agora é Carlos Brandão e não Flávio Dino…

Secretaria de Cidades deve perder atribuições no governo Brandão…

Pasta comandada pela esposa do deputado federal Márcio Jerry era considerada uma das fortes tocadoras de obras no governo Flávio Dino, mas será esvaziada em suas funções, que serão transferidas para a Sinfra, comandada por Aparício Bandeira; para a Sedes, para onde vai o vereador Paulo Victor; e para a ainda inédita Secretaria de Desenvolvimento Regional, a ser comandada pelo atual titular da Sedes, Paulo Casé

 

Indicação do marido Márcio Jerry, Lene Rodrigues continuará na Secid, mas com funções esvaziadas

As especulações sobre as reformas, mudanças e novidades no governo Carlos Brandão (PSB) apontam para um provável esvaziamento da Secretaria de Cidades, hoje comandada por Lene Rodrigues, mulher do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB).

A Secid foi poderosíssima no governo Flávio Dino (PSB), quando comandada pelo próprio Márcio Jerry; era uma espécie de prefeitura informal, sobretudo na Grande São Luís.

Suas atribuições, no entanto, devem ser transferidas para outras três pastas.

O setor de obras deve ser retomado pela Secretaria de Infraestrutura, que deve manter Aparício Bandeira à frente; já a área responsável por programas sociais e articulação institucional com prefeituras e organismos sociais fiará sob o comando da pasta de Desenvolvimento Social, para onde vai o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PCdoB).

Outras atribuições da Secid ficarão com a ainda inédita Secretaria de Desenvolvimento Regional, uma espécie de superpasta, a ser criada para abrigar o atual titular da Sedes, Paulo Casé Fernandes.

São apenas algumas das mudanças no governo Brandão, que movimentam os bastidores políticos com apostas e especulações de toda sorte.

No blog Marco Aurélio d’Eça, no entanto, todas as informações publicadas são checadas e rechecadas com várias fontes do governo, por isso ganham selo de exclusividade.

Entre as mudanças há ainda  possibilidade de criação da Secretaria dos Povos Originários, o que deve garantir a ida da deputada estadual Abgail Cunha (PL) para o governo.

Mas esta é uma outra história…

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Flávio Dino avança sobre posições dos Sarney no Maranhão

Aparente desinteresse de Roseana Sarney pelas questões políticas e a perda do mandato de Adriano Sarney favorecem o ministro da Justiça a tomar não apenas partidos mas também espaços de poder maranhense da família do ex-presidente da República, segundo apontam portais e blogs maranhenses

 

Flávio Dino e Márcio Jerry trabalham para controlar todos os partido de centro-esquerda no Maranhão; e apostam nos cargos federais para atrair aliados

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – e seu lugar-tenente no Maranhão, deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), estariam por trás da articulação que pode levar o ex-prefeito Edivaldo Júnior ao Partido Verde.

A informação é do blog Marrapá.

Dino e Jerry trabalhariam para ter Edivaldo na Federação Partidária composta por PV, PCdoB e PT, garantindo nomes para a montagem de uma chapa principal nas eleições de 2024.

Foi o Marrapá o primeiro a revelar as articulações de Edivaldo e PV; já o blog do jornalista Gláucio Ericeira publicou a negativa do próprio Adriano Sarney, para quem a “informação não procede”.

Mas é justamente a perda de espaços de poder do grupo Sarney que tem levado Flávio Dino e Márcio Jerry a avançarem em espaços antes controlados pela família do ex-presidente.

No comando do Ministério da Justiça, Flávio Dino tem poder no governo Lula não apenas para indicar cargos federais no Maranhão, mas também tem força política para controlar os partidos de centro-esquerda, o que sempre sonhou, incluindo o PV de Adriano.

E ganha força pelo aparente desinteresse da deputada federal eleita Roseana Sarney (MDB) pelas questões política e pela pera de mandato de Adriano.

Nesta quinta-feira, 19, o governador Carlos Brandão (PSB), aliado de Flávio Dino, reuniu líderes do PSB, do PCdoB e do PT – sem a presença do PV, que também compõe a federação partidária – para discutir exatamente a distribuição de cargos federais no Maranhão.

A reunião teve reação do deputado federal reeleito Aluisio Mendes (PRB), antigo aliado dos Sarney, segundo revelou nesta sexta-feira, 20, o blog do jornalista Gilberto Léda.

Mas como se vê, a movimentação do grupo de Flávio Dino reforça o antigo ditado “Rei morto, rei posto”…

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Sem a Secom, Flávio Dino quer o controle da Educação e das Cidades no governo Brandão

Senador eleito e futuro ministro da Justiça espera ter aliados nomeados pelo governador reeleito Carlos Brandão, mas enfrenta resistência de setores do Palácio dos Leões, que quer um governo mais independente

 

Agora diplomado, Carlos Brandão quer montar um novo governo com a sua cara, mesmo parecido com o que foi o governo comunista de Flávio Dino

A disputa pela presidência da Assembleia Legislativa entre os deputados Othelino Neto (PCdoB) e Iracema Vale (PSB) tem como pano de fundo uma outra guerra surda, esta travada entre os aliados do governador reeleito Carlos Brandão (PSB) e do senador eleito Flávio Dino (ambos do PSB).

Flávio Dino e o PCdoB querem o controle das secretarias de Cidades e de Educação no futuro governo Brandão, mas enfrentam resistências do Palácio dos Leões, notadamente dos aliados mais próximos de Brandão, como o secretários José Reinaldo Tavares, Luiz Fernando Silva e Sebastião Madeira.

Na verdade, a Secid é cobiçada pelo principal aliado de Dino, deputado federal reeleito Márcio Jerry (PCdoB); ele espera controlar a pasta para buscar a viabilização do seu nome como candidato comunista à Prefeitura de São Luís em 2026.

Na Educação, Dino já cogitou, inclusive, manter o vice-governador eleito Felipe Camarão (PT), que comandou a pasta durante quase oito anos; Camarão será governador de fato a partir de abril de 2026, quando Brandão deve deixar o governo para concorrer ao Senado – e pode concorrer à reeleição no cargo.

É exatamente a movimentação de Dino em favor de seus círculos de poder que incomoda Brandão e aliados do Palácio dos Leões.

O governador pretende mesmo apoiar para prefeito o vereador Paulo Victor (PCdoB), futuro presidente da Câmara Municipal; e embora não tenha muito o que fazer em relação a Camarão, não pretende dividir o poder no estado. 

Os últimos movimentos de Brandão mostram que o governador está mesmo disposto a tirar a marca de “poste” construída na campanha.

Dino tinha no chefe da Comunicação, Ricardo Capelli, o instrumento de articulação para promoção do seu nome na mídia nacional, mas foi avisado de que seu indicado não permaneceria no posto a partir de 2023 – e o levou para o Ministério da Justiça.

Outra movimentação de Brandão que se choca com os interesses de Dino é a própria disputa na Assembleia, que tem o atual presidente Othelino Neto como candidato do ex-governador comunista. Brandão deve trabalhar pela eleição de Iracema Vale (PSB).

Com estes movimentos, governador e ex-governador vão continuar no embate surdo até fevereiro, quando se dará o desfehco da eleição na Assembleia.

E só a partir de quando Brandão começará a montar seu novo governo…