Roberto Rocha vê risco de colapso na economia do Maranhão

Ex-senador analisa que o estado já tinha perdido o poder de investimento com a “granada sem pino deixada por Flávio Dino no colo de Carlos Brandão”, e agora perde também o poder de endividamento, o que levará fatalmente atraso na folha de pagamentos, ao caos e à falência de toda a cadeia produtiva

 

Roberto Rocha vem alertando há oito anos sobre os riscos da governança ideológica de Flávio Dino no Maranhão

O ex-senador Roberto Rocha (PTB) fez nesta quarta-feira, 23, um prognóstico assustador para o Maranhão; segundo ele, a economia do estado corre sério risco de entrar em colapso.

Rocha explica que isso ocorre por que o Governo do Estado já havia perdido o poder de investimento com o que chamou de “granada sem pino deixada pelo ex-governador Flávio Dino no colo do sucessor Carlos Brandão”; e agora perdeu o poder de endividamento, sem crédito para buscar novos recursos, mesmo em forma de novo empréstimo.

– Eu tenho alertado há quase uma década que a política ideológica, o modelo de governança, estavam arruinando a já fragilizada economia do Maranhão. Ora, se a Venezuela e a Argentina, dois países ricos, não aguentaram, por que o Maranhão iria aguentar? A conta sempre chega! – disse o ex-senador, em conversa com o blog Marco Aurélio d’Eça.

No início do mês, com base nos números do Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, Rocha mostrou como o Maranhão desceu ao nível da Venezuela no período de governo de Flávio Dino, dados mostrados pelo blog Marco Aurélio d’Eça no post “Com pior IDH, Maranhão chega ao nível da Venezuela sob Flávio Dino…”.

Em crise financeira por falta de arrecadação, fato que o próprio governo admitiu ao pedir ao Supremo Tribunal Federal o direito de dar calote em mais uma parcela da dívida com o Bank Of América, o estado tenta negociar um novo empréstimo, de R$ 4 bilhões, mas esbarra na inadimplência com a União.

– Um empréstimo internacional é avalizado pela União, tanto que tem que passar pelo Ministério da Fazenda e pelo Senado Federal. A primeira parcela que o estado deixa de pagar, a União paga, e o valor dilui nas parcelas seguintes; mas a partir da segunda, a União paga e desconta do Fundo de Participação dos Estados (FPE). É como diz o ditado: “quem tem com o que me pague não me deve nada” – explicou Roberto Rocha, que foi membro da Comissão de Orçamento do Senado Federal.

Para o ex-senador o atraso dos repasses constitucionais à Assembleia Legislativa, ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça, o atraso também no pagamento de fornecedores é apenas alguns dos pontos da crise, que pode piorar.

– Neste caso [com o confisco do FPE] o governo do Maranhão não pagará nem a Folha; e a economia poderá colapsar – lamenta o ex-senador.

Em versão despojada, Felipe Camarão destaca-se com camiseta “Igualdade”

Governador em exercício usou a peça em suas atividades desta terça-feira, 21, em que inaugurou praça no Quebra-Pote, visitou as obras da Expoema 2023 e almoçou no Restaurante Popular do João de Deus; da grife maranhense CamisEita, a vestimenta prega “Igualdade e Respeito” por raça, cor, orientação sexual e identidade de gênero

 

Despojado, governador em exercício não deixou de passar mensagens do bem, com a camiseta “Igualdade”, da grife CamisEita

O governador em exercício Felipe Camarão (PT) chamou a atenção pelo estilo despojado nesta terça-feira, 22, durante agenda de governo em comunidades de São Luís.

A camiseta que ele usava traz como estampa uma bandeira no Maranhão estilizada, com as listras em tons diferentes da original; a peça é parte da coleção da grife CamisEita, legitimamente maranhense e que trata de temas da terra em suas estampas.

A peça usada por Camarão chama-se “Igualdade e Respeito”, e faz alusão ao combate ao preconceito por raça, cor, orientação sexual e identidade de gênero.

– É de uma coleção de uma marca de um amigo meu; ele me deu várias de presente e eu as uso aleatoriamente – contou o governador ao blog Marco Aurélio d’Eça.

Após ida ao Quebra-Pote e visita à Expoema, Camarão levou a comitiva para o almoço no Restaurante Popular do João de Deus

Bem casual, Felipe Camarão inaugurou uma praça no Quebra-Pote, visitou a montagem da Expoema no Parque Independência e almoçou no restaurante Popular do João de Deus, ao lado de deputados e vereadores.

A grife CamisEita é totalmente maranhense, vendida apenas na internet; no instagram é possível acessá-la pelo perfil @camis.eita

A camisa AlfaBetiZar, que Felipe Camarão usa na imagem do seu perfil de internet, também compõe a coleção da marca.

Brandão estuda novo empréstimo de R$ 4 bilhões para o Maranhão…

Perda de arrecadação e obrigação de reajustes a várias categorias, somadas ao inchaço da folha de pagamentos levaram o estado a malabarismos como o calote em parcela da dívida pública e atraso nos repasses constitucionais; mesmo assim, governador já prepara o terreno para levantar mais dinheiro em bancos até o final de 2023, quando deve encaminhar o projeto para aprovação do Senado Federal

 

Para equilibrar as contas, Brandão suspendeu parcela do empréstimo usado em grande medida por Flávio Dino; mas já pensa em contrair novo empréstimo de R$ 4 bilhões

O governador Carlos Brandão (PSB) começou a estudar o pedido de um empréstimo de R$ 4 bilhões para o Maranhão até o final do ano; segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, os recursos serão usados para equilibrar as contas públicas já no início de 2024 e garantir os investimentos do Maranhão.

O estado ainda precisa aprovar projeto no Senado Federal, que já foi comunicado pelo governo maranhense; Brandão tem discutido o assunto com um grupo reservado de membros da bancada federal e deputados estaduais.

No último dia 24 de julho o governo maranhense conseguiu suspender no Supremo Tribunal Federal uma das parcelas semestrais de R$ 276 milhões referentes à dívida com o Bank Of America, contraída em 2013, ainda no governo Roseana Sarney (MDB).

Foi este empréstimo, no valor total de U$ 661.967.121,34 (quase R$ 4 bilhões, em valores de hoje), que garantiu a manutenção das contas durante todo os oito anos do governo Flávio Dino (PSB), embora o resultado prático tenha sido o aumento dos indicadores de miséria no Maranhão, no mesmo período.

No último mês de junho, o governo atrasou em algumas semanas o repasse constitucional dos poderes Judiciário e Legislativo, o que levou ao atraso de fornecedores; agora em julho Brandão não conseguiu antecipar o pagamento dos servidores, o que levou o secretário de Controle das Atividades Governamentais a admitir perda de receita, como revelou o blog Marco Aurélio d’Eça no post “Houve queda de arrecadação”, admite secretário de Brandão…”.

Os novos R$ 4 bilhões desejados por Brandão devem garantir ao governador manter as contas em dia durante os seus três últimos anos de mandato.

Ainda que mantenha os investimentos nos mesmos níveis do que foi o período Flávio Dino…

Flávio Dino agora briga até com a Inteligência Artificial…

Como uma espécie de Don Quixote da modernidade, ministro da Justiça botou na cabeça que os sistemas de algoritmos usados pelas redes sociais e serviços de internet podem tornar toda a humanidade “escrava da imposição de gostos, da formação de pensamento, do consumismo exacerbado e do controle de ideias”; e desenvolve uma guerra pelo controle da atividade digital, que pode transformá-lo em mero caçador de Pokémons

 

FLÁVIO DINO NO FÓRUM DE LISBOA. Poder do governo Lula para controlar a internet: “não podemos abrir mão da Regulação”, diz o ministro

Análise da Notícia

Ensaio

Depois de perseguir locutores de rádio que ironizaram seu excesso de peso, de bater boca com oposicionistas em tumultuadas sessões do Congresso Nacional e de quase sair no tapa com um transeunte que o chamou de ladrão em Brasília, o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) resolveu entrar em uma nova praça de guerra. 

Ele botou na cabeça que as redes sociais, os algoritmos que fazem funcionar as ferramentas digitais e, sobretudos, a Inteligência Artificial podem escravizar toda a humanidade.

Em palestras esta semana no Fórum Jurídico de Lisboa, o comunista maranhense desfiou sua verborragia intelectual erudita para defender abertamente o controle, pelo Estado, de tudo o que diz respeito à Internet, sob pena de se ter uma sociedade de escravos dos “seres digitais” que comandam as redes.

Fazendo uma comparação com as praças públicas da antiga Grécia, onde as elites iam para discutir os assuntos político-sociais – mas deixavam de fora escravos e os mais pobres – Dino vê nos olgaritmos e na IA um de risco de, ao contrário da antiga Ágora, tornar escrava toda a sociedade mundial.

– Será que as redes trazem emancipação, libertação, ou, em certa medida podem produzir uma praça tão defeituosa, em que o problema não se cuida da exclusão dos escravos, tal qual a ágora antiga, e sim a tentativa de transformar todos em larga medida em escravos? – perguntou Dino, em uma viagem conceitual pouco acessível aos não-iniciados.

Flávio Dino fez uma viagem retórica em Portugal para pregar o medo contra a Inteligência Artificial

A cultura e a erudição de Flávio Dino são inquestionáveis; mas o poder dado a ele pelo Ministério da Justiça pode estar exacerbando seu autoritarismo natural, fruto da juizite de seus anos como magistrado.

Esta postura foi revelada pela primeira vez no blog Marco Aurélio d’Eça, ainda durante as eleições de 2014, no post “Autoritário, Flávio Dinbo judicializa campanha eleitoral”.

– Na concepção de estado do chefão comunista, é proibido pensar diferente dele. Jornalistas, intelectuais e até políticos são obrigados a seguir sua cartilha, ordenada como numa mesa de júri; e até pesquisas eleitorais que não o agradam são proibidas por seus tentáculos judiciais. A imagem de ditador começa a ganhar corpo em sua personalidade – já dizia o blog, à época.

E essa sanha de censura e controle de tudo o que pode questioná-lo – tal qual um Don Quixote da modernidade – deixa sua erudição no nível, por exemplo, de personagens folclóricos de romances e tramas novelescas, que saem às praças para gritar profecias que tendem a nunca se cumprir.

O próprio Dino reconhece o viés de autoritarismo e censura de suas pregações; tanto que, em outro trecho de sua palestra em Lisboa, chegou a tentar justificar a ação do estado como necessária diante da velocidade do avanço tecnológico.

– Nós precisamos de processo decisório estatal – e  aqui me refiro aso três poderes do estado – que seja capaz de, mais ou menos, contrastar com esta velocidade alucinante desta fase da revolução científico-tecnológica – afirmou o ministro brasileiro, para deixar claro:

– Não podemos abrir mão da ideia de regulação.

Dino tenta parar a revolução tecnológica e o acesso cada vez mais democrático à informação por que está no topo da cadeia de poder no Brasil, ao lado das elites do Poder Judiciário, de megaempresários internacionais e barões da Comunicação, que veem o acesso cada vez maior das classes sociais mais baixas à informação de todos os níveis, um risco para manutenção do próprio status quo.

São estas elites que tentam manter o controle da mídia, do acesso à informação e a hegemonia social das castas.

Mas esta revolução é imparável; e é ela quem vai fazer estados miseráveis como Maranhão – que já teve o próprio Dino no poder – desenvolver-se na marra, como previu o ex-senador Roberto Rocha em post do blog Marco Aurélio d’Eça, intitulado “Tecnologia está mudando o Maranhão na marra…”.

Diante deste avanço, o comunista maranhense pode continuar lutando contra seus moinhos de vento, a La Don Quixote de La Mancha, clássico personagem literário.

Ou pode ir à praça, caçar Pokémons, para ficar num termo mais apropriado à revolução tecnológica…

Por um São João feito por nordestinos…

Espalham-se pelos principais palcos das festas juninas no Nordeste reclamações de artistas da região que são preteridos ou têm seus shows minimizados para dar espaços a artistas de outras regiões brasileiras, muitos dos quais sem nenhuma identificação com a cultura da época

Flávio José reclamou no palco da discriminação ao seu show em favorecimento de Gusttavo Lima; “paulistização” do São João tem- se repetido em todo o Nordeste

Ensaio

A primeira reclamação veio no dia 2 de junho, em Campina Grande, na Paraíba.

O consagrado cantor Flávio José teve que ficar apenas 1h10 no palco do “Maior São João do Mundo”, para dar espaço a Gusttavo Lima, que cantou exatamente três horas.

– Me disseram que eu só podia tocar 1h10. Eu não tenho nenhum show para sair correndo pra fazer. […] Não foi uma ideia minha. Infelizmente são essas coisas que os artistas da música nordestina sofrem, é isso. ‘Precisa cantar 1h30 não, 1h tá bom’ !” – desabafou. (Leia aqui)

O episódio envolvendo o consagrado artista nordestino tem se repetido em todos os estados da região onde o São João é tradição – sobretudo Maranhão, Pernambuco e Paraíba.

As festas de São João no Nordeste têm se transformado em espécies de micaretas, shows de cantores nacionais, muitos dos quais sem nenhuma identificação com o São João, e que acabam deixando de fora artistas autênticos do Nordeste.

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou ainda em 20 de maio o post “São João da Thay desvirtua festa junina maranhense…”.

O texto falava do destaque dado a artistas como Ivete Sangalo e Léo Santana, que, embora consagrados no cenário musical, não têm qualquer tipo de identidade com o São João, mas com o carnaval.

Desde então, a produção do evento produzido pela influencer Thaynara OG passou a divulgar maciçamente que a festa tinha caráter solidário e faria doações importantes, além de “divulgar o São João do Maranhão“; chegou até a disponibilizar convite ao editor do blog Marco Aurélio d’Eça, gentilmente recusado.

Não faz sentido, por exemplo, que o Governo do Estado faça festa para anunciar cantores nada a ver com o São João do Maranhão; e o que dizer da maciça propaganda da Prefeitura de São Luís anunciando gente como Joelma ou Thierry?!?

É fundamental que o poder público invista nas festas juninas, sobretudo com o objetivo de trazer turistas do mundo inteiro; mas estes turistas precisam estar expostos à cultura do estado.

Se for pra ver cantores que já se apresentam naturalmente, o ano inteiro, nas festas do Centro Sul do Brasil, melhor nem vir para o Nordeste.

É simples assim…

Roberto Rocha: “tecnologia está mudando o Maranhão na marra”…

Ex-senador avalia que apesar do colonialismo da classe política, da economia essencialmente estatal do estado e da exclusão social – que leva também à exclusão digital –  o poder do voto tende a estar mais nas mãos do eleitor, graças à internet, o que, em sua avaliação, será bem mais evidente em 2026

 

Um dos mais lúcidos políticos do Maranhão, Roberto Rocha vê momento importante de mudança de mentalidade no eleitor maranhense

Análise de conjuntura

O ex-senador Roberto Rocha fez ao blog Marco Aurélio d’Eça uma contundente explanação do momento político do Maranhão e avalia que o perfil do eleitor está mudando a cada eleição, ainda que sem nenhuma contribuição da própria classe política.

– A tecnologia está mudando o Maranhão na marra; a eleição passada já mostrou que não é mais como antes, basta ver a minha votação e a do Lahésio – disse, ele, referindo-se ao candidato do PSC ao Governo do Estado, que alcançou o segundo lugar, mesmo sem referências políticas estaduais.

Rocha lembra que nunca na história do Maranhão um candidato a senador, disputando com todas as forças políticas estaduais – e ainda enfrentando um drama familiar – teve 1,3 milhão de votos. 

– E quando um candidato a governador sem nenhum prefeito, sem dinheiro, sem grupo, sem nada, ganha de um candidato no cargo de senador, com metade dos prefeitos e a campanha mais cara da história ? – perguntou o ex-senador, referindo-se à campanha do senador  Weverton Rocha (PDT), que terminou em terceiro lugar.

Rocha concorda com a reflexão do blog Marco Aurélio d’Eça, retratada nos posts “O silêncio da oposição maranhense…” e “Sem oposição não há democracia…”, mas ressalta que, embora no momento isto não fique evidente, “historicamente o Maranhão tem dois lados”.

– E será assim em 2026. Com uma diferença maior: o poder do voto estará muito mais na mão do eleitor, porque o processo que estamos vivendo de migração do poder do voto da mão do político para a mão do eleitor estará muito mais avançado – entende o ex-parlamentar.

Para Roberto Rocha, a evolução deste processo de conscientização do eleitor a partir das redes sociais e da internet tem a tendência de dar um salto entre 2022 e 2026; segundo ele, o que já aconteceu no centro sul e nas regiões mais desenvolvidas do país, vai se estender para quase todo Maranhão.

– Gostaria que esse processo fosse mais rápido no nosso estado, mas a pobreza, a exclusão social dificulta. Quanto menor a inclusão social, menor a inclusão digital – ponderou.

Em luto desde antes do fim do processo eleitoral de 2022, com a morte do filho caçula, Rocha passou o primeiro semestre completamente mergulhado.

– Agora que estou colocando a cabeça de fora. É muito difícil perder um filho amado. Nenhum pai deveria ver o filho morrer – desabafa.

Em Brasília na maior parte do seu tempo, o ex-senador pretende retomar sua agenda política no Maranhão.

– Vou iniciar em agosto um podcast – anuncia…

Maranhão perde R$ 2,6 bilhões que chegam ao estado mensalmente…

Dinheiro repassado pelo Governo Federal em forma de benefícios sociais representa anualmente mais de um PIB adicional, mas acaba fortalecendo a economia de outros estados por falta de uma produção agrícola local e políticas de incentivos para atração de indústrias

 

Wagner Matos mostra na TV Mirante quanto chega ao Maranhão com os programas sociais

Editorial

O Maranhão perde, mensalmente, cerca de R$ 2,6 bilhões que circulam na economia de estado por intermédio dos benefícios sociais do Governo Federal.

Este valor representa nada menos que R$ 31,2 bilhões por ano, ou R$ 5,5 bilhões a mais que o PIB maranhense estimado para 2023.

O dinheiro, que vem em forma de programas como o Bolsa Família e o Vale-Gás, é usado pela famílias, basicamente, na compra de alimentos e no pagamento de dívidas.

Os juros bancários, que enriquecem uma dúzias de famílias de banqueiros nacionais e internacionais, comem boa parte destes recursos.

Mas a maior parte, que poderia permanecer por mais tempo na economia maranhense, acaba beneficiando outros estados por que o Maranhão não produz alimentos suficientes para abastecer a própria população e nem indústria de beneficiamento.

O estudo foi apresentado nesta terça-feira pelo economista Wagner Matos, colunista do programa Bom Dia Mirante.

O povo recebe o Bolsa Família, mas o dinheiro vai todo para empresas de outros estados

Louvada por boa parte da elite maranhense e pela parte da população menos informada, a indústria da soja é uma dessas pragas da evasão de divisas do Maranhão.

O estado é um dos grandes produtores de soja, mas as famílias que atuam nesta produção – geralmente originárias do Sul do país, onde mantém raízes – preferem vender o produto in natura, para indústrias de outros estados e de fora do país, onde o valor tem variação diária, de acordo com o dólar.

Por outro lado, não há incentivo institucional para atração de indústrias de beneficiamento da soja e outras commodities, que poderiam produzir aqui produtos como óleo, manteiga e outros processados.

O resultado é aquele mostrado na TV Mirante por Wagner Matos: o Maranhão recebe mais de R$ 30 bilhões anuais – mais do que um PIB adicional – mas o dinheiro acaba saindo rapidamente.

E a miséria é a única que continua a circular no estado.

Ano após ano…

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Reflexo da miséria: Bolsa Família supera emprego com carteira no MA

Para cada trabalhador formal, estado tem dois beneficiários do programa do Governo Federal, o que reflete nos números da economia e alimenta o ciclo da pobreza

 

Miséria se espalha pelo Maranhão e reflete no Bolsa Família

Maranhense é o campeão do Programa Bolsa Família e supera trabalhador com carteira assinada

O Maranhão é o estado do Nordeste com o maior número de beneficiários do programa Bolsa Família, segundo os dados do governo Lula (PT).

O que, para o Governo Federal, pode ser considerado como vitória política do programa, para o Governo do Estado esses dados deveriam significar motivo de vergonha, um reflexo da miséria do estado.

O número de beneficíarios do Bolsa Família supera em duas vezes o de trabalhadores con carteira assinada; isso quer dizer que para cada trabalhador formal, o Maranhão tem dois beneficiários do Bolsa Família.

Historicamente dependente do Poder Público, a economia maranhense nunca superou o ciclo da miséria; os quase oito anos do Governo Flávio Dino (PSB) acentuou ainda mais esta dependência.

Um dos símbolos deste ciclo de pobreza são os Restaurantes Populares.

Festejados como avanço social pelo governo maranhense, essas estruturas refletem, na verdade, o tamanho da insegurança alimentar no estado, uma vez que, cada restaurante destes significa mais gente sem condições de pagar pela própria alimentação básica.

E por isso, também, o Bolsa Família é destaque no Maranhão…

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Roseana na luta em favor das vítimas das enchentes

Nomeada coordenadora de uma comissão externa da Câmara Federal para enfrentamento dos efeitos das chuvas, deputada federal maranhense já esteve com o ministro Alexandre Padilha e espera por ajuda federal aos municípios atingidos

Roseana entra na linha de frente da luta em favor das vítimas da chuva no Maranhão

A deputada federal Roseana Sarney (MDB) esteve esta semana com o ministro de Relações Institucionais Alexandre Padilha em busca de ajuda para os municípios atingidos pelas chuvas no Maranhão.

Roseana já vinha atuando em favor das vítimas das enchentes, mas sua missão ganhou ares oficiais após ela ser nomeada coordenadora de uma comissão externa da Câmara Federal para enfrentamento doa efeitos das chuvas.

– Tenho me mantido como porta-voz desta triste situação que aflige mais de 35 mil famílias maranhenses – disse a deputada.

Como ex-governadora do Maranhão, Roseana conhece a dificuldade dos municípios nos períodos chuvosos.

Como coordenadora da comissão, ela tem, portanto, cacife para saber onde buscar ajuda.

E esperar pelos resultados…

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Todos agora querem posar com Sarney…

Do ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão a gente menos expressiva, mas que construiu a vida com ataques a ele, a fila de beija-mãos do ex-presidente tem aumentado com o distanciamento histórico do seu período de poder

 

Paulo Matos foi visitar Sarney em sua casa, em Brasília, após anos de oposição ao ex-presidente no Maranhão

Análise de conjuntura

O secretário de Turismo Paulo matos postou em seu perfil no instagram uma foto ao lado do ex-presidente José Sarney, em Brasília; antes dele, o ministro da Justiça e ex-governador Flávio Dino (PSB) também postou foto com Sarney, em uma das sedes do poder na capital federal.

As duas fotos dizem muito do momento político maranhense.

Nos últimos tempos, José Sarney passou a ser venerado até por pessoas que sempre o atacaram e que construíram a sua história no embate político com o ex-presidente, a exemplo do próprio Flávio Dino e de Paulo Matos.

Flávio Dino foi o maior opositor dos Sarney em 30 anos, mas fez a sua mea culpa antes mesmo de encerrar seu mandato de governador

“Flávio Dino tirou o grupo Sarney do poder em 2014; e devolveu o poder a ele agora em 2022”, com a eleição de Carlos Brandão, essa é a expressão que se ouve hoje nos corredores da Assembleia Legislativa, centro das discussões políticas no Maranhão.

A redenção do ex-presidente o encontrou ainda vivo, do alto dos seus mais de 90 anos.

Uma justiça e tanto para um ícone da história maranhense…