Ao usar a própria Polícia Militar como arma de intimidação ao prefeito – com apoio de deputados, vereadores e setores da imprensa, Grupo Mirante à frente – governador mostra que está disposto a tudo para impor sua influência, como nunca antes na história do Maranhão, e tomar a Prefeitura de São Luís
O governador Carlos Brandão (PSB) iniciou 2024 atuando em três frentes para atropelar o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) antes mesmo das convenções de julho e agosto:
1 – com a presença ostensiva da Polícia Militar no Circuito Beira-Mar – onde Braide pretende realizar o pré-carnaval a partir de 20 de janeiro – mostra estar pronto a usar toda a força do Palácio dos Leões para intimidar, emparedar e passar por cima do adversário;
2 – setores da imprensa alinhados ao Palácio dos Leões – Grupo Mirante à frente – iniciaram já em janeiro os ataques diários a Braide, com 24 horas por dia de matérias e reportagens que visam desgastar o prefeito;
3 – a onipresença do seu candidato a prefeito, Duarte Júnior (PSB) em todas as a suas ações e visitações de obras tende a apresentar à população da capital quem o governador espera estar à frente dos destinos de São Luís.
Nestes primeiros cinco dias de janeiro, Brandão tem usado a máquina do governo contra Braide de forma nunca usada antes em nenhum momento da história política do Maranhão; a ordem é mesmo massacrar o prefeito até as eleições de outubro.
Para impor seu intento, Brandão tem agregado todo tipo de aliado, que vão do grupo do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino aos remanescentes do grupo Sarney, controladores da Mirante, passando até mesmo por pedetistas alinhados ao senador Weverton Rocha.
Mas o próprio Eduardo Braide tem responsabilidade nesta sanha brandonista de cortar-lhe a cabeça.
De difícil relacionamento, o prefeito nunca criou um grupo político de peso e até desdenha das lideranças que o procuram, como fez com o próprio Brandão; este blog Marco Aurélio d’Eça tem sentido de lideranças do PDT e aliados de Weverton Rocha um forte ressentimento da postura do prefeito em 2022, mesmo após ter garantido a eleição em 2020 com a ajuda dos pedetistas.
O prefeito tem pouca margem de articulação para alianças partidárias até julho, época das convenções; e poderá enfrentar ainda mais restrições se o plano de Brandão – de atropelá-lo para fazer Duarte superá-lo nas pesquisas – funcionar em toda a sua plenitude.
E pelo que mostra, Brandão não medirá esforços para ver seu objetivo atingido…