2

Após denúncia de privilégios, Sindsalem recua e aceita proposta da Assembleia…

Associados não gostaram de saber que o presidente da entidade, Luiz Noleto, havia tirado licença-prêmio para não sofrer descontos de faltas durante a greve, e exigiram um acordo; servidores vão ganhar 5% de reajuste

 

Noleto e seus associados; eles podiam sofrer faltas, ele não...

Noleto e seus associados; eles podiam sofrer faltas, ele não…

Bastou que os privilégios da direção do Sindicato de Servidores da Assembleia Legislativa viessem à tona para a categoria encontrar uma forma de fechar acordo com a direção da Assembleia legislativa.

A entidade anunciou nesta quinta-feira, 19, o fim da greve, que já durava meses, aceitando proposta de 5% de reajuste mais aumento do tíquet-alimentação.

Nos últimos dias, os servidores da Assembleia descobriram, entre outras coisas, que o presidente do Sindsalem, Luiz Noleto Chaves,  havia tirado licença prêmio, exatamente no período da greve, para escapar de eventuais descontos por faltas, enquanto os demais servidores ficavam sujeitos às punições.

O deputado Eduardo Braide (PMN) intermediou o acordo com a direção da casa, ao procurar diretores insatisfeitos com o rumos que o movimento estava tomando – inclusive com ameaça de demissão dos não-efetivos.

Com o acordo desta quinta-feira, o Sindsalem manterá a sua sala nas dependências da Assembleia, mas os diretores eventualmente punidos por faltar ao trabalho continuarão com as punições.

Ao final das contas, prevaleceu o bom senso das duas partes na celebração do acordo.

E a partir de agora a categoria definirá o futuro de seu presidente.

Cujos privilégios foram expostos publicamente…

8

Operação caça-fantasmas…

Denúncia de proliferação de supostos servidores que não comparecem ao trabalho põem na berlinda a Assembleia Legislativa e o seu órgão auxiliar, o Tribunal de Contas do Estado

 

Fantasmas podem estar proliferando nos órgãos públicos do Maranhão

Fantasmas podem estar proliferando nos órgãos públicos do Maranhão

Duas ações em duas instituições públicas têm ganhado forte repercussão midiática nos últimos dias. A Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas do Estado sofrem intensa pressão por, supostamente, manterem funcionários fantasmas em seus quadros.

E a pressão – que já chegou à Justiça – tende a forçar por uma transparência maior nos dois espaços públicos.

Na Assembleia, a pressão partiu, inicialmente, do sindicato dos empregados da Casa, que congrega algo em torno de 374 servidores.

Ocorre que o próprio Sindisalem mantém fantasmas em sua diretoria – a exemplo do próprio presidente, o economista Luiz Noleto, que recebe mais de R$ 8,5 mil sem nunca ter dado, de fato, expediente na Casa, desde que passou no concurso, em 2003.

Em resposta à pressão do Sindisalem, o presidente Humberto Coutinho (PDT) já acena com o drástico enxugamento da folha, atingindo, inclusive, algo em torno de 230 funcionários que são considerados estáveis, mas não são efetivos, como os que foram amparados por estar atuando no período de cinco anos antes da promulgação da Constituição de 1988.

No Tribunal de Contas a confusão veio à tona com a revelação de que o presidente interino da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão (PP), tinha um filho médico, radicado em São Paulo, que recebia algo em torno de R$ 7,5 mil, desde 2013, no gabinete do conselheiro Edimar Cutrim.

O filho de Maranhão já Foi exonerado, mas acabou por chamar a atenção para a caixa preta que é a relação funcional na Corte de Contas.

O juiz da 4º Vara de Interesses Difusos, Douglas Martins, determinou que seja encaminhada a relação completa dos servidores do órgão, com as respectivas auditorias anuais, livros de pontos e comprovação de expedientes, para que fique claro não haver outros servidores como o filho do presidente da Câmara.

Uma verdadeira operação caça-fantasmas…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog