Todo grupo político precisa de líder para prosperar, seguir em frente e se estabelecer.
E é exatamente pela falta de um líder que a oposição no Maranhão não consegue consolidar este caminho.
Os dois personagens que, nas atuais circunstâncias, tinham condições de exercer este papel, não conseguem se estabelecer por razões distintas.
O prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), tem a força da história política e do comando da única máquina administrativa capaz de se contrapor ao governo.
Autoritário, arrogante, truculento e personalista, no entanto, não consegue agregar nem os antisarneystas de direita nem os de esquerda.
Com Castelo ficam apenas os que dependem dele – econômica ou politicamente.
O ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB) seria o outro personagem capaz de assumir a liderança oposicionista.
Carismático, jovem, inteligente e preparado, tem a vantagem da força eleitoral a lhe guiar os passos.
Mas não assume suas posições políticas, evita o confronto partidário e ideológico e se esconde atrás dos cargos que ocupa, deixando embate político para terceiros.
Com ele ficam apenas os esquerdistas mais sonhadores – aqueles sem identidade com a realidade prática.
Sem um líder a orientá-la, a oposição bate-cabeça, restrita no gueto que é a bancada na Assembléia e sem a ressonância necessária na mídia e nos movimentos sociais.
Sobretudo porque se configura em uma mera confederação de interesses pessoais.
Engolida pelas respostas pragmáticas do establishment…