A deputada federal Eliziane Gama (PPS) comprou, com claro objetivo político, uma briga de proporções gigantescas, na semana passada.
Membro destacada da CPI da Petrobras, ela partiu pra cima de um dos diretores da empresa, tentando arrancar dele declarações contra a ex-governadora Roseana Sarney e contra o senador e ex-ministro Edison Lobão (ambos do PMDB).
E chegou a tentar envolver, inclusive, o ex-presidente José Sarney, numa ação que soou estranha as olhos políticos, mas que tinha um objetivo claro: mostrar ao grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) que ela não é sarneysista.
Eliziane vem sofrendo ataques da mídia alinhada a Flávio Dino – apesar de ser o prefeito Edivaldo Júnior (PTC), afilhado do governador, quem mais faz acenos para membros do grupo Sarney.
A ação dela contra a ex-governadora foi uma tentativa de mostrar aos fieis seguidores do comunista que ela nunca estará com os adversários dele.
A estratégia quase kamikaze tem seus riscos.
Além de afastar definitivamente qualquer possibilidade de aliança com partidos ligados à oposição – como PMDB, PV, DEM e PTB, por exemplo – Eliziane também fecha as portas para outros setores sarneysistas simpáticos ao seu nome.
E ainda por cima, não deverá convencer nenhum membro do grupo dinista.
Pelo simples fato de que eles não querem ser convencidos de nada…