Escândalo recente envolvendo o carnaval em São Luís foi o primeiro teste de uma nova postura orientada pelo Palácio dos Leões ao seu candidato a prefeito, que passou pelo episódio em meio a entrevistas com testemunhos de vida e pregações em igrejas, sem fazer comentários, esperando que outros se desgastem no embate com o atual ocupante do Palácio La Ravardiere
O pré-candidato do PSB a prefeito de São Luís, Duarte Júnior, adotou uma postura diferente da usual no episódio envolvendo suspeitas de corrupção na gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) em um contrato de R$ 7 milhões para o carnaval; enquanto Braide sofria as agruras da repercussão negativa, Duarte dava testemunhos de vida em entrevista e pregava em igrejas.
Essa postura adotada pelo candidato socialista, segundo apurou este blog Marco Aurélio d’Eça, é o objetivo do Palácio dos Leões para tirá-lo do embate direto com Braide no primeiro turno; para complementar a estratégia, o governo busca uma espécie de “laranja” para fazer o contraponto a Braide.
Na base do governo Carlos Brandão (PSB), que apoia Duarte, há pelo menos mais dois pré-candidatos postos à disputa – Neto Evangelista (União Brasil) e Dr. Yglésio Moyses (ainda no PSB) – mas nenhum deles aceita assumir o papel de laranja.
Uma outra alternativa seria estimular a candidatura do deputado Wellington do Curso (sem partido), desde que ele se submetesse ao projeto governista.
O escândalo envolvendo o contrato de R$ 7 milhões para o carnaval desgastou significativamente a imagem de Eduardo Braide, que navegava incólume rumo à reeleição; mas do que isso, no entanto, o que chamou a atenção foi a absoluta distância de Duarte Júnior da polêmica.
O Palácio dos Leões espera até abril para definir o laranja governista.
E será este o responsável pelos ataques…