Os homens de Michel Temer…

Presidente virtual, peemedebista deve mesclar ministério com nomes da cota pessoal e ex-ministros dos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso

 

José Sera e Eliseu Padilha são da cota pessoal de Temer para resgatar a credibilidade do Brasil

José Serra e Eliseu Padilha são da cota pessoal de Temer para resgatar a credibilidade do Brasil

O provável futuro presidente da República, Michel Temer (PMDB), já tem um esboço de como será o seu ministério a partir de meados de maio, quando o senado deve decidir o afastamento de Dilma Rousseff (PT).

Temer vai priorizar as áreas econômica – para retomar a credibilidade do país – e social, para convencer a população de que os programas sociais serão mantidos.

Na cota pessoal do futuro presidente estão os seguintes ministérios e suas opções prioritárias:

Casa Civil: Eliseu Padilha ou Moreira Franco

Secretaria de Governo : Eliseu Padilha ou Moreira Franco

Fazenda: Armínio Fraga, Henrique Meireles ou Paulo Hartung;

Justiça: Carlos Ayres Brito ou Carlos Veloso

Área Social: Ricardo Paes de Barros

O vice também espera atrair o PSDB, e tem o senador José Serra como definido em seu governo. Temer quer o tucano na Saúde, mas ele prefere o Planejamento.

Este blog já tratou da relação de Temer e Serra, mostrando, inclusive, a força do senador como espécie de “primeiro ministro”. (Relembre aqui)

Caso Serra vá mesmo para a área econômica, a opção para a Saúde o infectologista David Uip.

As demais áreas do governo serão distribuídas entre aliados, do PMDB e dos demais partidos que aceitarem compor o que já está sendo chamado de governo de coalizão.

É aguardar e conferir…

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José Serra cada vez mais entrosado com o PMDB…

Nem mesmo a “vinharada” na cara, que levou da ministra Kátia Abreu, em uma festa do partido, deixou o senador tucano constrangido entre os peemedebistas

 

Serra com os líderes do Congresso: potencial "primeiro ministro"

Serra com os líderes do Congresso: potencial “primeiro ministro”

Foi um constrangimento geral, é verdade…Mas nem mesmo a taça de vinho que a ministra da Agricultura, Kátia Abreu jogou em sua cara – merecidamente, pela indelicadeza cometida – deixou o senador José Serra (PSDB) constrangido entre os peemedebistas.

Serra foi um dos últimos a sair da festa oferecida pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), quarta-feira, 9, em Brasília.

Bebeu, conversou e se mostrou à vontade entre os membros do PMDB, entre eles o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP).

Há tempos este blog vem mostrando uma aproximação de Serra dos principais caciques do PMDB. E ele é hoje visto como o principal nome de executivo para um eventual governo de coalizão, caso se concretize o impeachment da presidente Dilma.

Nos bastidores do PMDB, dizem que Serra serias uma espécie de primeiro ministro de um governo chefiado por Temer, já como preparatório para a implantação do Parlamentarismo no Brasil.

– Infeliz, desrespeitoso, arrogante e machista. Foi assim que Kátia Abreu definiu Serra após a grosseria de quarta-feira.

E são exatamente estes predicados que o senador do PSDB terá que mudar para consolidar-se como opção de poder.

Mas nada que uma “vinharada” na cara não resolva…

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Os dois josé’s e o PMDB…

Decidido a disputar a presidência em 2018, o senador paulista José Serra já tomou a decisão de deixar o PSDB, mas sabe que precisa do apoio do ex-presidente José Sarney para se viabilizar na nova legenda

 

O senador José Serra, do PSDB paulista tem se comportado cada vez mais como um peemedebista.

Ele já assimilou a possibilidade de trocar de partido para se viabilizar candidato a presidente nas eleições de 2018 e sabe que o melhor caminho é pelo partido do hoje vice-presidente Michel Temer.

Na festa de casamento do senador Romero Jucá, em Roraima, no último final de semana, Serra era um dos poucos tucanos de plumagem a circular com desenvoltura entre as mesas peemedebistas. (Leia aqui)

A rejeição das contas pelo TCU abriu as portas do Impeachment para a já moribunda presidente Dilma Rousseff, e até seus aliados já entenderam que o governo do PT acabou.

Num eventual governo Temer, Serra seria a opção à “porralouquice” do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ao radicalismo da ex-ministra Marina Silva.

Mas ele sabe que, para se viabilizar no novo partido, assim como a ex-ministra Marta Suplicy, precisa do apoio do ex-presidente José Sarney.

E já iniciou o movimento de aproximação, inclusive na própria festa de Jucá…

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Flávio Dino e o exemplo de José Serra…

José Serra: mais uma vez candidato a prefeito

O ex-senador José Serra sempre  foi candidato-a-tudo-que-aparecesse pelo PSDB.

Por conta disso, hoje uma situação desagradável em São Paulo: sua rejeição pelos paulistanos chega a 30% a mais alta dentre todos os candidatos a prefeito.

Os motivos são óbvios: Serra sempre usou os cargos públicos como trampolim para seu projeto de chegar à presidência da República.

Por isso, agora, o próprio PSDB exigiu dele garantias de que, eleito prefeito, ficará no cargo até 2016, sem candidatar-se à presidência.

Flávio Dino: prefeitura apenas como trampolim

O exemplo de Serra deve estar sendo analisado pelo ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB).

Dino chegou a cogitar candidatar-se a prefeito de São Luís, mas com a condição de que sairia em 2014, para ser candidato a governador.

O comunista não vê a prefeitura como um posto importante em si, mas apenas uma etapa para atingir seu sonho maior.

Por isso, tentava garantir a presença na chapa de um vice fortemente ligado a ele, que garantisse o apoio quando deixasse o cargo para disputar o governo.

Hoje, Flávio Dino está convencido de que seria um risco moral usar a Prefeitura de São Luís como trampolim.

E deve mesmo abdicar da disputa em nome do sonho de 2014.

Até porque, o exemplo de José Serra está aí…