Sarney visita Escutec e fala sobre pesquisas e eleições…

O ex-presidente foi conhecer a estrutura do instituto presidido no Maranhão pelo jornalista Fernando Júnior, uma das mais respeitadas empresas de estatísticas do Norte/Nordeste

 

 

Fernando Júnior exibe a Sarney e convidados filme sobre o Instituto Escutec, uma das mais tradicionais empresas de pesquisas do Maranhão

O ex-presidente José Sarney (MDB) visitou na tarde desta quarta-feira, 3, a sede da Escutec, empresa de estatística e um dos mais respeitados institutos de pesquisas do Norte/Nordeste.

Acompanhado do ex-senador João Alberto (MDB), Sarney foi recebido pelo presidente do instituto, Fernando Júnior, que apresentou a estrutura da empresa.

– Eu e o Sarney vivemos eleições muito difíceis no Amapá. E ele sempre foi correto em relação à empresa, que acompanhou seus projetos eleitorais em todos os níveis – revelou Fernando, ao blog Marco Aurélio D’Eça.

A visita do ex-presidente foi também publicada na página da Escutec no Instagram.

O jornalista e empresário com os ex-senadores do MDB; conversa política com muitos bastidores da República e do Maranhão

Obviamente que, sendo político, José Sarney, com plena lucidez, do alto de seus 91 anos, também deu impressões e quis saber sobre o processo eleitoral de 2022.

Falou sobre a campanha presidencial, sobre Lula, Bolsonaro, Flávio Dino e os candidatos a governador.

Mas tudo isto é outra história; ou não…

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Flávio Dino dá mais um passo no sonho de ser Sarney

Ao constranger a Academia Maranhense de Letras a torná-lo imortal – apenas pelo fato de a cadeira em disputa ter pertencido ao seu pai – governador satisfaz o desejo pessoal, ainda que de forma caricata, de continuar seguindo a trajetória do ex-presidente da República

 

 

Flávio Dino vai movimentando as cordas que o poder lhe permite para construir, artificialmente, a trajetória que Sarney construiu de forma natural

Ensaio

O blog Marco Aurélio D’Eça publicou em 7 de novembro de 2014 – dias depois de o governador Flávio Dino (PSB) ter sido eleito para o primeiro mandato – o post “Flávio Dino cada vez mais Sarney…”.

Tratava-se de mais uma análise sobre o perfil do então comunista, que demonstrava em atos, movimentos, pensamentos e palavras o sonho de ser igualzinho ao ex-presidente, na trajetória, em prestígio político e em poder no Brasil.

Esse desejo de ser Sarney foi alimentado desde a infância, quando, ao lado de outros “herdeiros do poder”, como o senador Roberto Rocha (sem partido), se esbaldava nos corredores do Palácio dos Leões, assim como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post “Flávio Dino e sua relação histórica com os Sarney…”.

Sonho este reforçado pelo Jornal Pequeno – antes mesmo de ele ser eleito – como mostra artigo publicado em abril de 2014, e analisado pro este blog no post “Jornal alinhado a Flávio Dino orienta o comunista a ser como Sarney”.

O tempo passou, Flávio Dino foi reeleito governador e tentou repetir Sarney em tudo, incluindo o sonho – ainda inatingível – de tornar-se presidente da República.

Mas, se para o ex-presidente este caminho foi natural, Flávio Dino força a barra para percorrê-lo, como a que o tornou nesta quinta-feira, 21, membro da Academia Maranhense de Letras, num movimento tosco de constrangimento dos imortais, forçados a elegerem-no apenas pelo fato de a cadeira 32 ter pertencido ao seu pai, o imortal Sálvio Dino. 

Uma das características de José Sarney era a incapacidade de sentir ódio, que se somava à sua capacidade de converter adversários em aliados.

O próprio Flávio Dino já experimentou desta capacidade, tornando-se, nos últimos anos, sarneysista a ponto de oferecer a vaga de suplente de senador a um indicado do ex-presidente.

Dino ainda precisa percorrer um longo caminho até chegar perto do que Sarney foi: governador, presidente da República, quatro vezes presidente do Senado, maior político da história, escritor renomado e traduzido internacionalmente, membro das academias Maranhense e Brasileira de Letras e doutor honoris causa em diversas universidades mundo afora.

O ex-comunista – agora socialista e imortal postiço – está na estrada, como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post lá de 2014.

De qualquer forma, o próprio blog já alertava Flávio Dino, naquela época, do risco de se tornar caricato na tentativa de tornar-se outra pessoa.

E “virar uma mera cópia do que dizia combater”….

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Academia Maranhense de Letras pode transformar vaga em herança familiar…

Oferecida ao governador Flávio Dino apenas pelo fato de ter sido ocupada pelo seu pai, o intelectual Sálvio Dino, a cadeira número 32 será posta em disputa na próxima quinta-feira, 21; no páreo está também o renomado escritor Antonio Guimarães de Oliveira

 

Flávio Dino no Palácio dos Leões com membros da AML, em 2015: imortalidade como herança familiar

O governador Flávio Dino (PSB) resolveu tentar impor seu nome como membro da Academia Maranhense de Letras, querendo ocupar a cadeira de número 32.

E o argumento é um só: a vaga era do seu pai, o reconhecido escritor e poeta Sálvio Dino.

Na verdade, o movimento para fazer Dino imortal surgiu na própria AML, logo após a morte do seu pai, em 2020, segundo revelou o jornalista Pergentino Holanda em sua coluna no jornal O EstadoMaranhão.

Na tentativa de tornar a vaga na AML uma espécie de herança familiar, a Casa acaba por estuprar intelectualmente os imortais maranhenses, uma vez que – embora com amplos conhecimentos técnicos na área jurídica – Flávio Dino nunca teve qualquer tipo de militância ou produção intelectual que justifique sua “imortalidade”.

Sobretudo por que também concorre à vaga o escritor respeitado no mundo intelectual, Antonio Guimarães de Oliveira.

– Sobre Benedito Buzar, bom cidadão e grande historiador, porém acredito, sinceramente na força da literatura maranhense e seus grandes escritores. Acredito que não ocorrerá o “favor político”. Acredito na idoneidade de todos os acadêmicos e acadêmicas. Vamos aguardar o dia 21 de outubro… – desabafou Guimarães, em comentário no blog Marco Aurélio D’Eça.

O escritor Antonio Guimarães: livros reconhecidos pelos próprios intelectuais da Academia Maranhense de Letras

O problema para Guimarães é que, desde o ano passado, os próprios membros da AML encabeçam o movimento pró-Dino.

Na sua tentativa de se tornar imortal, Flávio Dino submeteu-se, inclusive, a um encontro com o ex-presidente José Sarney – decano da AML e da Academia Brasileira de Letras, e, por mérito próprio, reconhecido internacionalmente como escritor.

Antonio Guimarães revela que, quando fez sua inscrição à cadeira 32, foi informado pela direção da Casa de Antônio Lobo que o governador Flávio Dino não iria concorrer e que o ex-presidente Sarney não iria se envolver em disputa literária. (Leia aqui a íntegra do comentário)

Mas Flávio Dino quer a influência do ex-presidente para convencer os prováveis futuros confrades.

 A eleição na  AML será na quinta-feira, 21…

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Flávio Dino oferece suplência do Senado aos Sarney; Roseana quer a vice

Em encontro semana passada com o ex-presidente José Sarney, governador do Maranhão conversou sobre a formação de uma aliança que envolva o MDB e o PV, que já vai estar em uma federação partidária com PSB e PCdoB, mas proposta esbarra na posição da ex-governadora

Flávio Dino quer ter um indicado pelo ex-presidente José Sarney em sua chapa de senador nas eleições de 2022

O governador  Flávio Dino dá cada vez mais sinais de que quer ser absoluto nas eleições de 2022; e para isso, pretende aliar-se até mesmo aos seus principais adversários, a família Sarney.

Em reunião semana passada com o ex-presidente José Sarney – encontro já divulgada em vários portais locais e nacionais – ele ofereceu pragmaticamente a vaga de primeiro suplente de sua candidatura a senador.

A ideia é ter um indicado do grupo Sarney, em troca do apoio do  MDB e do PV 

Segundo apurou o blog Marco  Aurélio D’Eça, Dino e seus operadores chegaram a sugerir o nome do neto de Sarney, o deputado estadual Adriano, que já vai estar em uma federação partidária com PSB, PCdoB, Rede e Cidadania.

Roseana prefere compor com o grupo de Flávio Dino indicando o vice na chapá de Carlos Brandão

A proposta de Dino esbarrou em uma posição da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), que prefere indicar o vice do candidato dinista ao governo.

Na conversa, ficou claro para os Sarney que o candidato de Flávio Dino é mesmo o vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

Flávio Dino deixou a reunião com o ex-presidente sem uma definição.

Mas com a porta aberta para novas investidas eleitorais…

Lula diz a Roseana que quer PT e MDB juntos no Maranhão

Ex-presidente jantou com a ex-governadora e com o também ex-presidente José Sarney na noite de quinta-feira, 19; entusiasmou-se com os números da emedebista nas pesquisas, sondou sobre “as chances do senador Weverton” e disse que quer um palanque reunindo partidos de centro-esquerda, incluindo PDT, PSB, PCdoB e PSOL

 

Lula foi recebido em petit comitè por Roseana e José Sarney no apartamento da ex-governadora; e conversou sobre as eleições de 2022

O ex-presidente Lula (PT) disse à ex-governadora Roseana Sarney (MDB) que pretende ter PT e MDB no mesmo palanque, tanto na corrida presidencial quanto nas eleições estaduais.

Lula jantou com Roseana e com o também ex-presidente José Sarney – em petit comitè, nesta quinta-feira, 19 – e mostrou-se entusiasmado com os números da ex-governadora nas pesquisas.

Embora tenha reafirmado que ainda não se decidiu a concorrer nas eleições de 2022, Lula frisou que o PT pretende formar a aliança de centro-esquerda que inclua também o MDB, o PDT, o PSB, o PCdoB e o PSOL.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, Lula não se manifestou em momento algum sobre suas preferências nas eleições maranhenses; mas sondou os Sarney sobre “as possibilidades do senador Weverton Rocha (PDT)”.

Ao ouvir, tanto de Roseana quanto de José Sarney que ela não pretende disputar as eleições majoritárias – embora lidere as pesquisas -, Lula reforçou que quer PT e o MDB novamente juntos no mesmo palanque.

E disse ser fundamental que a centro-esquerda se una em todo o Brasil contra “o risco autoritário que representam os candidatos da direita”.

 Lula deixa São Luís no início da noite desta sexta-feira, 20…

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Lula espera ter encontro com Sarney no Maranhão…

Ex-presidente tem viagem prevista a São Luís no dia 19 de agosto; cumprirá agenda oficial com o governador Flávio Dino, reunir-se-á com prefeitos e lideranças de movimentos sociais, mas pretende também conversar com seu amigo e conselheiro presidencial

 

Lula em um recebente encontro com Sarney, ainda em Brasília, no mês de julho; agora, o ex-presidente emedebista está no Maranhão

Em sua visita ao Maranhão, a partir da próxima quinta-feira, 19, o ex-presidente Lula (PT) deverá ter um encontro pessoal com o também ex-presidente José Sarney (MDB).

O pedido de encontro partiu do próprio Lula, que soube da presença de Sarney no Maranhão.

Sarney passou mais de um ano sem vir ao Maranhão por causa da pandemia de coronavírus; desembarcou semana passada em São Luís e está hospedado na casa da filha, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Segundo informou o blog Marco Aurélio D’Eça, em primeira mão, semana passada, Lula vem ao Maranhão para uma série de compromissos políticos e administrativos,

Ao lado do governador Flávio Dino (PSB), ele visitará uma creche de tempo integral às margens da Avenida Quarto Centenário. Também se reúne com representantes dos movimentos sociais e lideranças petistas,

Outro ponto político da agenda é a reunião com prefeitos, coordenada pelo presidente da Federação dos Municípios (Famem), Erlânio Xavier (PDT).

Tanto no encontro com prefeitos quanto na reunião com José Sarney, a pauta será as eleições de 2022.

Mas esta é uma outra história…

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Roberto Costa propõe Medalha ‘Manuel Beckman’ a José Sarney

O plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão plenária desta terça-feira (11), o Projeto de Resolução Legislativa, de autoria do deputado Roberto Costa (MDB), que concede a Medalha do Mérito Legislativo “Manuel Beckman” ao ex-presidente da República José Sarney.

Em sua justificativa, Roberto Costa enfatiza que o político, redator e editorialista maranhense iniciou a vida política no movimento estudantil, atraindo, desde muito jovem, a atenção de partidos políticos. Em 1954, candidatou-se a deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD). Eleito suplente, em 1955, aos 25 anos, embarcou para o Rio de Janeiro para assumir o cargo de deputado federal.

O deputado destaca que Sarney ocupou três mandatos como deputado federal e conquistou o Governo do Estado do Maranhão aos 35 anos, nas eleições de outubro de 1965. Em seu mandato como governador, considerou como uma das prioridades a pasta da infraestrutura, sendo responsável por importantes obras de implantação da BR-135, do Porto do Itaqui e da Ponte Governador José Sarney.

Entre 1971 e 1979, José Sarney foi senador  pelo Maranhão. “Em 1985, com o falecimento do presidente Tancredo Neves, ele, que era vice-presidente, foi efetivado no cargo de Presidente da República. Seu papel foi fundamental para a redemocratização do país, para o fortalecimento da economia e para a inserção do Brasil no debate internacional sobre a preservação do meio ambiente”, lembra Costa.

Senado

Quatro meses depois de deixar a Presidência, diz o deputado, Sarney foi eleito senador pelo Amapá, sendo reeleito mais duas vezes, em 1998 e 2006. Como senador, ocupou a Presidência da Casa durante os anos de 1995 a 1997, 2003 a 2005 e 2009 a 2013. 

“Diante do breve histórico, cumpre ressaltar que é impossível resumir a trajetória do eminente político e todas as contribuições que ele efetuou para o Maranhão. Mas não somente a figura de político mais longevo da República merece destaque. É importante mencionar o trabalho exercido por Sarney como escritor. O trabalho como jornalista foi o primeiro passo na carreira. Ele ganhou um concurso de redação e passou a trabalhar no jornal Pacotilha, atuando, primeiramente, como repórter policial, até cuidar do suplemento literário do jornal. Iniciou, ainda cedo, como poeta e ensaísta, sob a influência da poesia moderna portuguesa”, frisou.

Costa elenca diversas obras publicadas pelo homenageado, como romances, contos, crônicas, poesias e textos políticos, destacando algumas delas:  “Ensaio sobre a Pesca de Curral” (1953), “A Canção Inicial” (1954), “Norte das Águas” (1969), “Os Maribondos de Fogo” (1978), “O Dono do Mar” (1995); “Saraminda” (2000) e “A Duquesa Vale uma Missa” (2007).  Em 7 de novembro de 1980, o maranhense foi imortalizado na Academia Brasileira de Letras.

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Weverton é para Flávio Dino o que Lobão sempre foi para Sarney…

Ex-ministro de Minas e Energia sempre se manteve leal ao ex-presidente – mesmo preservando a sua independência política – assim como o atual senador em relação ao atual governador

 

Lobão se manteve leal a Sarney durante toda a sua vida política, mesmo com independência; e se mantém até hoje ao lado do ex-presidente

Ensaio

A reação de aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) – e de oposicionistas, tanto sarneysistas quanto bolsonaristas – ao encontro do governador Flávio Dino (PSB) com o ex-ministro Carlos Lupi (PDT), terça-feira, 20, fez lembrar a expectativa que aliados e oposicionistas do sarneysismo tinham na relação do ex-ministro, ex-governador e ex-senador Edison Lobão com o ex-presidente José Sarney. 

Lobão sempre foi leal a Sarney, embora mantivesse por toda a sua trajetória política uma independência clara em relação ao ex-presidente.

Sem precisar bajular Sarney, Lobão elegeu-se deputado federal, senador e governador, foi ministro de Minas e Energia e presidente do Senado, mantendo seu grupo alinhado ao projeto do próprio Sarney, sem dependência.

Oposicionistas à esquerda e à direita do sarneysismo sempre incensaram Lobão a romper com Sarney para liderá-los em um levante pelo poder no Maranhão.

Lobão sempre recusou e se manteve fiel ao grupo. 

A história mostra que o grupo Sarney perdeu força após um racha por traição – não de Lobão – mas de quem sempre se vendeu como “o mais leal entre os leais”.

Weverton tem vida política própria, grupo próprio, mas se mantém leal ao projeto do governador Flávio Dino desde a sua entrada na vida pública

Bolsonaristas, sarneysistas e aliados de Carlos Brandão criaram para o encontro entre Dino e Lupi narrativas distintas, mas com o mesmo objetivo: afastar o senador Weverton Rocha (PDT) do governador  Flávio Dino (PSB).

Os oposicionistas – bolsonaristas e sanreysistas – querem o rompimento, obviamente, por que necessitam de alguém que possa liderá-los em um levante contra o dinismo.

Já os aliados de Brandão querem tirar Weverton do páreo da disputa pelo Governo do Estado dentro da base dinista.

Uma mera repetição da história: Weverton Rocha é hoje para Flávio Dino o que Lobão foi para Sarney ao longo dos últimos 50 anos.

Assim como Lobão em relação a Sarney, o senador pedetista se mantem leal a Flávio Dino, mesmo mantendo uma independência política clara em relação ao governador.

Weverton cumpre as regras estabelecidas pelo próprio Flávio Dino e trabalha para ser candidato a governador, mas respeitando o pacto firmado por toda a base, mantendo-se leal ao projeto dinista.

Lobão sempre teve vida própria em relação a Sarney, mas respeitou sua liderança e se manteve leal por toda vida, inclusive hoje, após aposentadoria política.

Fiador do vice Brandão, José Reinaldo Tavares impôs duro golpe a Sarney, passou por Jackson, juntou-se e afastou-se de Dino e agora está novamente ao lado do governador

Para completar a história: contemporâneo de Lobão, o ex-governador José Reinaldo Tavares era tido por todos como uma espécie de “filho postiço mais velho” de Sarney.

Mas foi Zé Reinaldo – e não Lobão – quem impôs ao ex-presidente a mais violenta traição, logo na primeira oportunidade de poder.

É assim que a história política, como a história do mundo, se repete ao longo dos anos.

Como farsa ou como tragédia…

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A redenção de José Sarney diante de ex-adversários…

Do presidente Jair Bolsonaro ao petista Luiz Inácio Lula da Silva – passando pelo governador Flavio Dino e pelo senador Roberto Rocha – todos se curvam à serenidade, à experiência e à história do ex-presidente do Senado e da República, numa espécie de mea culpa coletiva

 

Roberto Rocha com Sarney: caminho parecido com o de Bolsonaro e Lula nas últimas semanas

Análise de conjuntura

Nos últimos dias, o ex-presidente José Sarney (MDB) tem vivido uma espécie de redenção da classe política brasileira.

Maior político vivo da história da República, do alto dos seus 91 anos, e sem disputar eleição desde 2006, ele passou a ser uma espécie de referência ética, de serenidade e de experiência para políticos de todas as matizes ideológicas.

Nas últimas semanas, recebeu o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro – duas vezes – além do ex-ministro José Dirceu e do senador maranhense Roberto Rocha (sem partido).

Todos estes políticos, em alguma época já estiveram do lado de Sarney e  já lhe fizeram oposição, algumas absurdamente injustas do ponto de vista histórico.

Mas não é de hoje que Sarney vem recebendo espécies de “mea culpa” dos políticos brasileiros.

Flávio Dino tirou o termo “oligarquia” do discurso e passou citar cada vez mais Sarney como exemplo de democracia no país

Em 2018, o governador Flávio Dino (PSB), que se elegeu em 2014 com o discurso anti-sarney, decidiu abolir o termo “oligarquia” do seu discurso e buscou uma aproximação com o ex-presidente que vem se consolidando ao longo dos últimos anos.

Curiosamente, Dino e Dirceu protagonizaram um episódio com o então  grupo Sarney, em 2004, quando o então ministro convenceu a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) a lançar o então juiz como candidato a prefeito de São Luís, pelo PT.

O fato só não se consolidou por que correntes do PT – hoje no próprio governo Dino, se manifestaram contra o agora governador; o episódio já foi, inclusive, tema do blog Marco Aurélio D’Eça, ainda em 2014, no post “Dino e sua relação histórica com os Sarney…”.

Roberto Rocha, que chegou a publicar foto ao lado do ex-presidente e da esposa, Marly, lembrando os quase 70 anos de casamento, também foi duro com Sarney ao longo dos últimos 25 anos, embora tenha vivido toda a infância e mocidade – assim como Dino – nos corredores do Palácio dos Leões.

Até o ex-governador José Reinaldo Tavares, protagonista da maior traição política da história do Maranhão, já tentou reaproximar-se de José Sarney.

De qualquer forma, a peregrinação de políticos à casa do ex-presidente é um justo reconhecimento ao mais importante político do país desde a sua redemocratização.

E melhor ainda que isso esteja ocorrendo com ele em vida.

Para que ele possa regozijar-se de seu legado…

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Lula e Bolsonaro disputam apoio de Sarney…

Em ascensão nas pesquisas, pré-candidato petista tem relação de admiração e amizade pelo ex-presidente; já o atual presidente, desgastado e com popularidade derretendo, tenta salvar a reeleição e o mandato

 

Tanto Lula quanto Bolsonaro tentam beber na fonte de sabedoria do ex-presidente José Sarney

O ex-presidente José Sarney (MDB) virou, do alto dos seus  91 anos, uma das principais fontes de conselhos para os presidenciáveis.

Por motivos diferentes, Sarney tem sido buscado frequentemente pelo ex-presidente Lula (PT) e pelo atual presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).

Lula está em franca ascensão na corrida presidencial, liderando todas as pesquisas e com amplas chances de vencer as eleições de 2022; suas conversas com Sarney são fruto de sua longa amizade e da admiração mútua.

Já o atual presidente Jair Bolsonaro busca no ex uma tentativa de salvar o próprio mandato, desgastado pela incapacidade de seu governo.

Bolsonaro vem perdendo força política e eleitoral, além de estar com o mandato derretendo, já com ameaça de arroubos autoritários e de golpe.

Certamente, a serenidade de José Sarney deve ser excelente conselheira para o açodado presidente….