Basta que se diga, em blogs, colunas ou matérias de jornal, que o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) se desincompatibilizará da Embratur para ser candidato a prefeito, que logo aparece um “batalhão de comunistas” – capitaneados pelo porta-voz dinista, Márcio Jerry – a desmentir a tese.
Mas é só se dizer, de forma mais contundente, que Flávio Dino não será candidato a nada em 2012, para que o mesmo Jerry – e seu batalhão de “comunistas digitais” – se apressem em dizer que o patrão tem até o dia 7 de junho para decidir se sai da Embratur.
É neste “chove-não-molha”, neste “vai,não vai”, que Dino pretende “ensaboar” o eleitor de São Luís até o último momento da decisão de quem serão os candidatos a prefeito de São Luís.
Na verdade, esta lógica foi revelada ao blog pelos próprios comunistas, ainda em meados do ano passado, ao falar sobre o futuro de Flávio Dino.
– Ele pode até ser candidato, mas é provável que não seja. Mas não vai dizer isso agora. Como ainda tem um potencial eleitoral fortíssimo, vai segurar até o momento final; até por que, assim, continuará aglutinando a oposição – frisaram os aliados de Dino, em 2011.
Frise-se que, à época, Dino ainda não havia sofrido a tragédia familiar da morte do filho caçula, única justificativa nobre para sua desistência da eleição municipal.
Na semana passada, o “vai, não vai” de Flávio Dino continuou, após adesão do seu patrono, José Reinaldo Tavares (PSB), à candidatura do prefeito João Castelo (PSDB).
A alguns veículos de comunicação, Dino afirmou peremptoriamente, que não iria se manifestar em relação à decisão de Tavares. A outros, lembrou a questão da desincompatibilização; e a um terceiro grupo, falou sobre Tavares, negando que tenha participado – como já afirmara o próprio ex-governador – da articulação em favor de Castelo.
É assim que Flávio Dino vai construíndo a sua trajetória política.
Uma coisa diz a uns, outras diz a outros.
E nada diz a ninguém…