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Quatro candidatos querem vincular o nome a Bolsonaro no MA

Além do senador Roberto Rocha, que vê na aliança com o presidente uma forma de salvar a carreira política,  o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, o prefeito Lahésio Bomfim e o ex-prefeito Edivaldo Júnior também podem representar o bolsonarismo

 

Roberto Rocha foi o primeiro maranhense a se aproximar de Bolsonaro, mas nunca ouviu a desejada frase do presidente de que é o seu representante no estado

 

O presidente Jair Bolsonaro amarga índices de até 70% de antipatia do eleitorado maranhense, dado que pode crescer à medida que se aproximam as eleições de 2022.

Mesmo assim – seja por necessidade de uma estrutura para salvar a carreira, seja por ideologia – há pelo menos quatro pré-candidatos a governador disputando seu espólio no Maranhão.

Desde o início do mandato do presidente, o senador Roberto Rocha (sem partido) tentou vincular sua imagem ao governo, e até se tornou o mais próximo interlocutor bolsonarista no estado.

Mas, sem grupo político, sem carisma e sem aliados na Câmara Federal, na Assembleia e nas prefeituras, o senador vem definhando ao longo dos anos e tem poucas chances de montar um palanque consistente no estado.

No vácuo da atuação patrimonialista de Roberto Rocha, quem cresceu foi o prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bomfim, embora não tenha ainda penetração estadual capaz de capilarizar os votos do bolsonarismo.

Mas é muito forte na região Sul do estado, o que dá um cacife importante para montagem de chapa.

Outro vinculado a Bolsonaro é o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, cujo histórico policial é um risco que o presidente e seus aliados buscam evitar.

Mical Damasceno já até orou por Edivaldo Júnior, e o levou para pedir as bençãos do presidente da Assembleia de Deus, pastor José Coutinho

Nos últimos meses surgiu também o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), que tem peso importante na Grande São Luís e é embalado pelo eleitorado evangélico, consistente e fiel ao bolsonarismo.

Edivaldo já tem até partido aberto se tiver coragem de encarar o projeto; o PTB, hoje sob controle da evangélica Mical Damasceno, já abriu as portas para sua filiação.

Entre os aliados de Bolsonaro no Maranhão há uma chapa dos sonhos para o presidente: Edivaldo Júnior candidato a governador, com Lahésio de vice e Roberto Rocha candidato a senador.

Josimar seria o braço estrutural desta campanha.

A junção deste grupo já garantiria uma chapa consistente para Bolsonaro – e agregaria aliados do presidente no interior – o que poderia levar o pleito ao segundo turno.

Mas esta é uma outra história…

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Pré-candidatos repudiam ataques de Bolsonaro a Dino

Weverton Rocha, Carlos Brandão e Simplício saíram em defesa do governador após o presidente  ironizar sua condição física; também vinculado à base, Josimar de Maranhãozinho silenciou

Três dos quatro pré-candidatos a governador  vinculados à base do governo Flávio Dino saíram neste fim de semana em defesa do comunista, atacado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Primeiro a se manifestar, o senador Weverton Rocha (PDT) classificou de despropositadas as ofensas, que chamou de gordofobia.

O senador também criticou o fato de Bolsonaro ter chamado Dino de ditador.

– Aliás, o presidente precisa rever oi conceito de ditadura, por que Flávio Dino foi eleito pelo povo do Maranhão duas vezes em primeiro turno. No Maranhão a gente sabe viver a democracia – afirmou Rocha.

O vice-governador Calos Brandão (PSDB) também se manifestou nas redes sociais e classificou de infundadas as críticas.

– No Maranhão temos um governador que não mede esforços para levar justiça social para todos. Este é os eu legado e “peso” político – frisou o vive-governador.

Também nas redes sociais, Simplício Araújo (Solidariedade) ressaltou que Flávio Dino é um líder que tem seu respeito e do povo brasileiro.

– Dino luta, trabalha e salva vidas; este é o grande incômodo – afirmou.

Dos quatro pré-candidatos vinculados à base do governo, apenas Josimar de Maranhãozinho calou-se diante das agressões de Bolsonaro.

O chefe do PL preferiu posicionar-se ao lado do presidente, de quem pretende ser o representante no maranhão.

Para isso, no entanto, terá que disputar espaços com o senador Roberto Rocha (sem partido)… 

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Lula consolida favoritismo ao Palácio, revela Exame/Ideia

Ex-presidente cresceu 15 pontos percentuais desde janeiro e assumiu a liderança de um eventual segundo turno, impondo derrota ao presidente Jair Bolsonaro, agora com 37% das intenções de votos no confronto direto com o petista

Os números da Exame/Ideia consolidam favoritismo de Lula na corrida presidencial de 2022

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está consolidado como favorito na disputa presidencial de 2022, segundo revela pesquisa Exame/Ideia, divulgada nesta sexta-feira, 21.

Em um segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro, Lula agora aparece com 45%, oito pontos à frente. Em janeiro, quando ainda não tinha os direitos políticos devolvidos, o percentual do petista era de 28%.

A pesquisa é a primeira após Lula confirmar, em entrevista a uma revista francesa publicada nesta semana, que será candidato em 2022.

– Serei candidato contra Bolsonaro. Se estiver na melhor posição para ganhar as eleições e estiver com boa saúde, sim, não hesitarei – afirmou ele.

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Sem rumo eleitoral definido, Roberto Rocha perde espaço no Bolsonarismo

Sem controle partidário, sem grupo político e sem definição do cargo a que concorrerá em 2022, senador vai diminuindo de tamanho à medida que se aproximam as eleições; e vê outras lideranças ligadas ao presidente ganhar importância

 

Rocha usou Dino, elegeu-se senador, abandonou o grupo comunista, mas, oito anos depois, mostra insegurança em defender contra ele a vaga no Senado

Sem partido, sem grupo político consistente nos municípios e no poder legislativo; e sem saber ao certo a que cargo concorrer em 2022, o senador Roberto Rocha vive os estertores do mandato.

Próximo do presidente Jair Bolsonaro (também sem partido) ele vê seu quinhão neste nicho do eleitorado sendo ocupado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e pelo prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bomfim.

Ambos são candidatos a governador e devem empunhar a bandeira do bolsonarismo no estado.

Mas este desfecho para a carreira senatorial de Roberto Rocha foi previsto no blog Marco Aurélio D’Eça ainda em 17 de outubro de 2014, dias depois de sua eleição, no post “Roberto Rocha e Flávio Dino oito anos depois…”.

– O que fazer com Roberto Rocha, oito anos depois de eleito senador? É o que deve passar, já hoje, pela cabeça do governador comunista – avaliou este blog, à época.

Os oito anos tratados no texto praticamente se passaram, a história não seguiu o seu curso normal e alguns que nem estavam no radar da análise deste blog surgem hoje como opção clara de poder no Maranhão.

Mas dias antes do texto retratado acima, o blog Marco Aurélio D’Eça traçou também o rumo do próprio senador então eleito, no post “O projeto de Roberto Rocha…”, do dia 29 de novembro de 2014. 

– O senador eleito é obrigado a disputar o governo por que sabe que, em 2022, se Flávio Dino se reeleger em 2018, terá que disputar a reeleição contra o próprio comunista; é este jogo de poder que mostra o entrelaçamento das eleições de ontem, de hoje e de amanhã – alertava o blog, para concluir:

– Sobrevirá quem melhor souber usar o poder…

Enquanto Roberto Rocha claudica em relação ao futuro eleitoral, Lahésio Bonfim vai ocupando espaços como opção bolsonarista para 2022

Roberto Rocha segue para um ocaso político que bem poderia ter evitado.

É claro que o senador sofreu alguns reveses pessoais que o tiraram do debate público, embora tenha ganhado força política, estrutura e recursos com a ascensão de Bolsonaro.

De qualquer forma, ele encerra seu mandato no Senado sem qualquer perspectiva de reeleição – tanto que sequer cogita a possibilidade de enfrentar Flávio Dino.

E parece ter dificuldade até mesmo para uma vaga na Câmara Federal.

O senador tem até abril do ano que vem para contrariar este prognóstico, viabilizar um partido de peso e entrar na disputa de 2022 como liderança estadual.

Caso contrário verá a flâmula bolsonarista tremular nas mãos de Josimar de Maranhãozinho e do Dr. Lahésio.

É aguardar e conferir…

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“Por que tanta fixação na cloroquina?”, questiona Eliziane Gama

Protagonista dos principais bate-bocas na primeira semana de CPI da Covid, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) avalia que a comissão caminha para chegar a constatações comprometedoras para o governo de Jair Bolsonaro. Após os três primeiros depoimentos, ela vê evidências de que o presidente prestigiou posições políticas e ideológicas na condução da pandemia

 

Embora não seja integrante formal da CPI da Covid, Eliziane se envolveu em alguns dos debates mais acalorados que marcaram o início dos trabalhos. Ela classificou como “machista” uma insinuação do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, de que as parlamentares estavam desinteressadas na comissão.

Coube a Eliziane liderar a reação à tentativa de aliados do governo de romper o acordo que garantiu às mulheres o direito de se manifestar na parte inicial das reuniões. “Muitos parlamentares da base estão emocionalmente abalados”, disse ela ao Estadão. “Não queriam a voz das mulheres na CPI.”

A julgar pelos depoimentos até agora, qual caminho a sra. vê para a CPI da Covid?

A gente começa a constatar de forma mais real, com os depoimentos, aquilo que vínhamos percebendo na postura do presidente, que é colocar as questões ideológicas e políticas acima das questões científicas e técnicas. Vimos isso nos depoimentos do Teich e do Mandetta (Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta, ex-ministros da Saúde). E quando conversamos com Queiroga (Marcelo Queiroga, atual titular da pasta), nós o vemos liso, tenso, com medo de desagradar ao presidente, com medo de falar o que realmente pensa. Ele tinha medo de como isso poderia repercutir na permanência dele no cargo.

O que classifica como mais grave, nos depoimentos, até aqui?

Colocar as questões ideológicas acima da ciência. Isso significa vidas perdidas. Tentar, por exemplo, mudar uma bula, criar um protocolo à revelia das orientações da ciência é, no meu entendimento, algo criminoso. O Teich, mesmo não querendo atacar o governo, deixou claro que saiu por causa da cloroquina. Queiroga não quis fazer juízo de valor da fala do presidente, mas claramente não concordava.

O que espera da investigação sobre a compra de vacinas?

Tivemos, lá atrás, a disposição da Pfizer de fazer contrato com o Brasil e isso não foi para frente. Se tivessem levado para frente, teríamos iniciado com 70 milhões de doses. E hoje ainda não temos isso. O ministro Marcelo Queiroga disse que não teria como ter começado antes porque a Inglaterra só começou em dezembro. Que começasse em janeiro, mas com 70 milhões de doses. Com mais 15 ou 20 milhões do Instituto Butantan, começaríamos com a possibilidade de imunizar 40 milhões de brasileiros. Se foi feita alguma ação condicionada do governo com relação a esse contrato, é muito clara a responsabilidade do governo no que estamos vivenciando hoje no Brasil. Temos mais de 410 mil mortes. O governo pode ter grande parcela de culpa com relação a essas mortes.

Nos depoimentos do atual ministro da Saúde e de seus antecessores houve um foco na cloroquina. A sra. acredita que esse é o melhor caminho para a investigação?

Não é só isso. O Mandetta diz que viu documento na mesa com proposta de mudança da bula da cloroquina. O Teich não ficou por causa da pressão. Todo o debate esbarra nisso. Por que tanta fixação na cloroquina? Essa fixação faz a gente querer estudar mais profundamente.

Na última live, o presidente disse que “frase não mata ninguém”. A sra. acha que é possível responsabilizá-lo por declarações e por condutas que provocam aglomerações?

Lá atrás as pessoas falavam: ‘Ah, ele fala muita besteira, mas corre atrás, conseguiu mandar a ajuda emergencial de R$ 600, apoiou a iniciativa do Congresso em relação à compensação do Fundo de Participação dos Municípios e Estados’. Sempre colocavam que ele é meio falastrão, mas age diferente. A ajuda de R$ 600 foi construída dentro do Congresso, o governo queria R$ 200. A compensação para Estados e Municípios, a ajuda para o profissional liberal, o Pronamp, as linhas de financiamento, o orçamento de guerra, tudo foi puxado pelo Congresso. O governo veio depois. Hoje fica muito claro que não era só ser falastrão. Não era só o ‘E daí?’. Esse ‘e daí?’ era materializado quando tentava se impor medicação atendendo sabe-se lá a qual tipo de pleito. É uma coisa meio lunática, desequilibrada. Quando ele diz que máscara não é isso tudo, quando promove aglomeração e ignora uso do álcool em gel claro que é ação que estimula mortes no Brasil. Isso é um fato.

As senadoras fizeram um movimento para ter voz no início dos trabalhos da CPI. Isso incomodou alguns senadores, principalmente os mais governistas. Por quê?

Quando vimos que não tinha nenhuma mulher como membro da CPI, qual análise fizemos? No melhor cenário, uma mulher seria a 19ª a falar, já de noite, com todos enfadados. Pedimos e o presidente da CPI, Omar Aziz, nos colocou como primeiras, após o vice-presidente. Criou-se toda uma celeuma, uma revolta de alguns colegas com o fato de a gente falar. Falaram que a gente só ia bater no governo, mas temos senadoras da base do governo, da oposição e independentes.

Houve esforço para que senadores de oposição não falassem ou havia machismo?

Havia machismo. O grupo de mulheres é da base e da oposição ao governo. Se temos mulheres de todos os lados, o que me resta de opção é: não queriam a voz das mulheres na CPI. Se fosse um debate de base e de oposição, eles estariam brigando pela presença de mulheres da base. O problema não era estar ligado ao governo ou não, mas não querer a presença feminina ali.

A entrada das senadoras nessa briga por espaço também se deve à provocação feita pelo senador Flávio Bolsonaro no dia da instalação da CPI?

Flávio chega e reprova a nossa falta de indignação, dizendo que não fazíamos questão de estar na CPI. Eu falei para ele que não era verdade, que não estávamos como membros, mas nos faríamos presentes. Foi inclusive ali que fizemos o pedido para ter direito à fala. No dia seguinte, a gente vem para fazer a intervenção e os parlamentares da base do governo dizem que a gente não podia falar (alegando questões regimentais, de que os titulares e suplentes têm preferência sobre os não membros). É uma contradição. Sabe o que acho? Muitos parlamentares da base estão emocionalmente abalados, pessoas que têm até postura de muito equilíbrio de repente ficaram desorientadas. Veja o próprio Ciro Nogueira (líder da tropa de choque do governo na CPI). A gente não percebia Ciro nesses arroubos. De repente, está totalmente desequilibrado. É muito nítida a tensão na base do governo.

Mudou algo na conduta do governo ou na dos governistas, com relação à pandemia, após o começo da CPI?

Sinceramente, acho que não há ainda uma mudança de postura com relação à pandemia. Mas, dentro do plenário, sinto que eles estão meio tensos. Num primeiro momento, o presidente começou a usar máscara, mas depois acabou recuando. Nos últimos dias, o presidente e o governo têm endurecido a fala.

Mesmo com o aumento da pressão?

O presidente fala muito para o público dele, de 30% da população, que faz o apoiamento. Parece que, quando ele está tenso, tenta puxar isso para a sua claque, para tentar estimular que ganhem as ruas.

Que pontos o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deve esclarecer no depoimento do dia 19?

É o mais esperado e o mais importante até o presente momento. Ele passou tempo importante no governo, disse que ‘um manda e o outro obedece’. Claramente, é alinhadíssimo com a orientação do presidente. Foi no momento dele que tivemos quase 4 mil mortes por dia, que tivemos o pedido de oxigênio para Manaus e o envio de cloroquina. A presença dele é muito importante. Ele sabe o que pode surgir lá e está criando todas as formas de impedir.

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Para se filiar, Bolsonaro exige mudança no nome do Partido da Mulher Brasileira

Presidente pretende disputar a eleição pelo PMB, mas exigiu que a legenda passasse a se chamar Brasil 35; mudança se dará também no Estatuto, que tem a valorização da mulher como principais lemas

 

Desprezível com a condição da mulher, Bolsonaro já partiu até para agressão a uma delas em pleno Congresso Nacional

O presidente Jair Bolsonaro deu mais uma mostra do seu já conhecido machismo ao exigir que o PMB (Partido da Mulher Brasileira) mudasse de nome para poder receber a sua filiação.

Com a carreira marcada por frases e gestos de desprezo à condição da mulher – inclusive da própria filha – Bolsonaro precisa de uma legenda para concorrer às eleições de 2022, mas não quer ser vinculado a um partido claramente defensor das políticas de valorização da mulher.

O partido vai passar a se chamar “Brasil 35”, e aceitou mudar, inclusive, o próprio estatuto para abrigar o presidente e seus conceitos medievais. 

A exigência da mudança de nome do Partido da Mulher Brasileira é claramente preconceituosa, uma vez que fica claro o desconforto de Bolsonaro em se filiar a uma legenda com este nome.

O pior, no entanto, é a legenda aceitar se desfigurar conceitualmente em nome de uma perspectiva de poder…

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Eventual entrada de Bolsonaro no Patriotas favorece Maranhãozinho

Presidente tem o partido controlado pelo deputado federal maranhense como uma das opções pode filiação para disputar as eleições de 2022, o que pode garantir uma candidatura bolsonarista a governador do Maranhão

 

Josimar é vinculado a Bolsonaro; e a eventual entrada do presidente no Patriotas fortalece seu projeto de poder no Maranhão

A notícia de que o presidente Jair Bolsonaro está analisando entre três legendas – Patriotas, PMB e DC – a filiação para a disputa das eleições de 2022 pode ter forte influência no processo eleitoral maranhense.

O Patriotas é vinculado diretamente ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), que disputa com o senador Roberto Rocha o lugar de candidato bolsonarista no Maranhão.

Caso confirmada a entrada de Bolsonaro no Patriotas  – e caso Rocha, que está sem partido, não acompanhe o presidente – Maranhãozinho ganha força como opção da direita na disputa pelo Governo do Estado.

E chega não apenas com o partido do presidente, mas com outros dois partidos, o seu PL e o Avante, que ele também controla.

Além disso, alinhado a Bolsonaro, Josimar tende a atrair outros partidos do campo da direita, como o PSD e o PTB – o PSC, obviamente, não seguirá com ele pelas diferenças pessoais que tem com o colega Aluisio Mendes.

De uma forma ou de outra, as expectativas partidárias em torno de Bolsonaro são acompanhadas de perto pelos bolsonaristas maranhenses.

E terá forte influência na definição do candidato deste campo político…

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Silêncio sobre relato de atentado a Bolsonaro prejudica Roberto Rocha

Em meio à fake news espalhada pela jornalista Lêda Nagle – e já reconhecida pela própria – sobre o atentado ao presidente Jair Bolsonaro, em 2018, senador maranhense apareceu em notícia do jornal O Globo como protagonista de suposto áudio em que aponta o ex-presidente FHC e os ex-deputados Jean Wyllys e José Dirceu como alguns dos supostos mandantes do mesmo crime

 

Aliado de Jair Bolsonaro, Roberto Rocha teve o nome envolvido em história sobre o atentado de 2018; mas ainda mantém silêncio

O senador Roberto Rocha (sem partido) mantém, até agora, silêncio em suas redes sociais e inoperante sua assessoria de imprensa. Mas é fundamental que ele venha a público esclarecer a notícia revelada pelo jornal O Globo, em que aparece como protagonista de uma polêmica envolvendo o atentado contra o presidente Jair Bolsonaro, em 2018.

A matéria de O Globo surgiu no burburinho de uma declaração da jornalista Lêda Nagle – já comprovada como fake news – apontando o Supremo Tribunal Federal e o ex-presidente Lula como supostos autores da trama do atentado ao presidente. 

Na desmontagem da mentira – já reconhecida pela própria Lêda Nagle – o jornal foi além, e revelou áudio do aplicativo de mensagens Telegram, que fala de um suposto relato de Rocha – e de um integrante do Gabinete de Segurança Institucional – apontando outros mandantes, entre eles seu próprio ex-colega de partido, FHC.

– No Telegram, um áudio apócrifo contava sobre um suposto relato do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e de um integrante “barra pesada” do Gabinete de Segurança Institucional que “revelava” outros mandantes da falsa conspiração: Jean Wyllys, José Dirceu e Fernando Henrique Cardoso – diz textualmente O Globo.

Assim como a fake news espalhada por Lêda Nagle, o áudio do Telegram também pode ser falso, mas encerra ao menos uma pergunta: Por que o nome de Roberto Rocha, exatamente o dele, aparece como autor do relato, juntamente com um integrante do GSI?

E o senador tem, sim, obrigação de esclarecer essa questão…

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Bolsonaro quer Roberto Rocha candidato em aliança com Josimar de Maranhãozinho

Por Ribamar Correa

Em meio ao bombardeio que o vem ameaçando, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acrescentou mais um item na sua já extensa lista de pretensões em relação ao Maranhão: eleger o senador Roberto Rocha (sem partido) sucessor do governador Flávio Dino (PCdoB). De acordo com fonte bem situada no arraial bolsonarista, o que até pouco tempo era apenas uma vaga intenção do senador Roberto Rocha – que avaliava também disputar outros mandatos, como tentar a reeleição e retornar à animada planície da Câmara Federal -, a ideia de entrar na disputa pelo direito de residir e trabalhar no Palácio dos Leões ganhou estatura de projeto engendrado pelo Palácio do Planalto.

De acordo com a mesma fonte, Roberto Rocha e Jair Bolsonaro já teriam tratado do assunto em conversa reservada, tendo o senador saído da reunião autorizado a cair em campo em busca de consistência eleitoral. O primeiro acerto poderá ser feito com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), que em conversas preliminares teria sinalizado forte interesse numa composição “abençoada” pelo presidente da República.

O projeto de poder de Roberto Rocha não é novo, e ficou bem claro quando, meses após se eleger senador pelo PSB e com o apoio decisivo do então candidato a governador Flávio Dino, rompeu com o mesmo, entrou na disputa do Governo em 2018, mas foi duramente reprovado nas urnas. Fora do grupo, migrou para o PSDB e abraçou sem reservas o projeto de poder do presidente Jair Bolsonaro, de quem se tornou aliado de proa e defensor o incondicional.

Em contrapartida, Roberto Rocha se tornou o principal porta-voz do presidente Jair Bolsonaro no Maranhão, ao lado da prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge – que deve deixar o PSDB e se filiar ao partido ao qual se filiarem o senador e o presidente. Continue lendo aqui…

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Pressão de evangélicos gera polêmica na pandemia de CoVID-19…

Empoderados pelo governo Jair Bolsonaro, líderes religiosos tentam forçar poderes Legislativo e Judiciário a liberar a realização de cultos, em desrespeito às medidas sanitárias, e mesmo diante das ameaças do coronavírus

 

Empoderados por Bolsonaro, tipos como Silas Malafaia forçam a barra pela reabertura dos cultos,m mesmo diante do pior momento da pandemia no país

A mais nova polêmica envolvendo a pandemia de coronavírus envolve agora lideranças regiliosas, sobretudo os evangélicos.

Líderes das mais diversas igrejas evangélicas brasileiras tentam forçar uma barra para que os poderes Legislativo e Judiciário liberem a realização de cultos, afrontando as medidas sanitárias; e no pior momento da pandemia.

Estes líderes foram empoderados pelo governo Jair Bolsonaro e formam a base bolsomínia, sobretudo a mais radical, que minimiza os efeitos da CoVID-19, desdenha da vacina e prega contra as restrições sociais.

No sábado, uma tal Associação de Juristas Evangélicos conseguiu do ministro Kássio Nunes Marques – indicado por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal – liberar a realização de cultos.

Nesta segunda-feira, 5, porém, em outra ação, o ministro Gilmar Mendes negou liminar favorável a realização desses cultos.

A forçação de barra de evangélicos deve levar a questão ao plenário do STF, obrigado a decidir entre o direito de culto e o direito da coletividade à saúde.

E qualquer que for a decisão gerará mais polêmica…