Editorial
Muita gente já compara o início do governo Flávio Dino (PCdoB) – corrupção, despreparo, incompetência – ao início do governo Jackson Lago (PDT), em 2007, que todos sabem no que deu.
Mas há uma diferença importante na gestão dos dois governos.
Jackson era um homem reconhecidamente honesto, avesso às vaidades e – talvez até por causa disso – pouco sabia do que ocorria em seu governo, dominado por raposas de todos os tipos.
Flávio Dino, não!
Flávio Dino não só acompanha tudo o que acontece em seu governo como participa das ações e chancela tudo o que os seus auxiliares fazem.
Não tem como isentar o governador, portanto, em casos como o do Detran, que tende a se tornar um dos maiores escândalos de corrupção e de favorecimento a financiadores de campanha de que se tem notícia na história política do país.
Além de chancelar as ações do diretor Antonio Nunes, Dino ainda dá as diretrizes, como o próprio Nunes admitiu no Twitter. (Releia aqui)
E o que dizer da suplementação de R$ 2 milhões em favor do lugar-tenente Márcio Jerry, com apenas quatro meses de governo? (Relembre aqui)
Jackson podia ser incapaz de gerir uma máquina como a do governo do Maranhão, é bem verdade; mas não tinha participação direta em nenhum caso de corrupção de seu governo.
Flávio Dino, além de demonstrar a mesma incapacidade de Jackson para o gerenciamento da máquina, acaba por demonstrar que está por dentro de tudo o que seus auxiliares fazem.
E se tem conhecimento e não toma providências, também participa de tudo.
É simples assim…