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Rogério Cafeteira, Rodrigo Lago, Clayton Noleto e Carlos Lula perdem espaço com renúncia de Dino…

Ex-secretário de Esportes, Agricultura Familiar, Infraestrutura e Saúde não conseguiram deixar um aliado no comando de suas pastas, negociadas com deputados e lideranças cooptadas do grupo do senador Weverton Rocha

 

Lula, Lago, Cafeteira e Noleto deixaram o governo sem poder de indicação de substitutos em suas pastas

Embora mantenham a postura pública de aliados, os ex-secretários de Esportes, Rogério Cafeteira, de Agricultura Familiar, Rodrigo Lago, de Infraestrutura, Clayton Noleto, e de Saúde, Carlos Lula perderam espaços de poder na formação do novo governo-tampão Carlos Brandão (PSB).

Cafeteira – que já havia enfrentado dificuldades em encontrar partido para a eleição de deputado estadual – perdeu a Sedel para o indicado do deputado Fábio Macedo, um dos mais fortes aliados de Brandão.

O baque para Rodrigo Lago, também candidato a deputado, foi ainda maior: não conseguiu viabilizar o adjunto Ivaldo Rodrigues e nem conseguiu garantir uma indicação pessoal, perdendo a pasta para um aliado do deputado federal André Fufuca (PP).

Curiosamente, há menos de duas semanas, Rodrigo protagonizou em favor de Brandão um episódio vexatório: foi apresentado nas redes sociais como “neto do ex-governador Jackson  Lago”, propaganda bizarra da campanha brandonista, que acabou desmentida categoricamente.

Ele, na verdade, é filho do ex-deputado Aderson Lago, primo distante – em todos os sentidos – do ex-governador pedetista.

Nem o “neto” postiço de Jackson Lago teve espaço para indicar seu substituto na Secretaria de Agricultura Familiar

Outro que ficou sem espaços no governo pós-Dino foi o chefe da Infraestrutura, Clayton Noleto; candidato a deputado federal, ele não terá qualquer ingerência na pasta, agora comandada por Aparício Bandeira, histórico aliado do atual governador.

Também candidato a deputado estadual, o ex-titular da Saúde – e um dos secretários mais destacados do governo Fla´vio Dino (PSB) – o advogado Carlos EWduardo Lula não teve a chacne de indicar o seu substituto no posto.

Essas são algumas das masi públicas insatisfações com a mudança de governo; outros aliados de Dino também ficaram insatisfeitos com as mudanças.

O próprio ex-governador  não conseguiu manter Diego Galdino na Casa Civil – agora ocupada por Sebastião Madeira.

E a busca por espaços continuará, ao menos até junho; por que este é o prazo de validade do governo Brandão.

Que só tem 90 dias para nomear ou demitir auxiliares…

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Imagem do dia: Weverton, mais uma vez, é o único a lembrar Jackson…

Como faz todos os anos, desde 2011, senador destacou a importância do ex-governador em sua vida; e em vídeo exaltou sua legitimidade para falar do líder pedetista, por ter estado sempre ao seu lado

 

A imagem acima foi publicada nesta segunda-feira, 4, no perfil de Instagram do senador Weverton Rocha (PDT).

Ele foi a única liderança política ou familiar de Jackson a lembrar o falecimento do ex-governador, como faz todos os anos, desde a morte do líder pedetista.

Em vídeo, Weverton foi ainda mais contundente e ressaltou sua legitimidade em falar do líder pedetista, com quem conviveu desde a sua entrada na política, ainda no movimento estudantil.

Ninguém pode impedir o PDT e seus militantes de contar a história da própria vida. Quando for contar a história da minha vida eu vou estar ao lado de Jackson porque ele estava ali me ensinando, lutando e pegando sol e chuva; eu não sou adesista por conveniência – afirmou o senador.

Nenhum dos pedetistas ou ex-pedetistas que aderiram a Brandão – familiares ou não – publicou qualquer menção a Jackson neste 4 de abril.

O próprio Brandão também ignorou a data; pelo menos até às 19h, quando publicou seu último post…

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Na busca artificial por aliados, Brandão mostra até neto que Jackson Lago nunca teve

Campanha do vice-governador aponta o secretário de Agricultura e candidato a deputado estadual Rodrigo Lago como neto do ex-governador; ele é, na verdade, filho do ex-deputado estadual Aderson Lago, que tem parentesco apenas distante com a família que o tucanosocialista quer usar na campanha

 

Para ser neto de Jackson Lago, seria Rodrigo Lago filho de Igor, Ludmila ou Luciana Lago? Resposta: nenhum dos três, por que ele nunca foi neto do ex-governador

Os marqueteiros do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) parecem não conhecer limites quando o assunto é criar uma agenda positiva em seu favor.

Mas a sanha de vincular o vice às lideranças históricas do Maranhão acaba por cometer situações no mínimo vexatórias para o candidato de Flávio Dino (PSB).

A campanha de Brandão apresentou neste fim de semana o secretário de Agricultura Rodrigo Lago – em banners espalhados nas redes sociais – como neto do ex-governador  Jackson Lago.

Um neto que Jackson nunca teve.

Rodrigo é, na verdade, filho do ex-deputado Aderson Lago, conhecido após atuar no governo Epitácio Cafeteira.

O parentesco de Rodrigo e Aderson com Jackson é distante; tanto que, a exemplo do próprio Brandão, ambos nunca tiveram relação política alguma com o ex-governador, que sempre militou na esquerda.

Mas Brandão quer por que quer colar sua imagem à de Jackson, embora tenha em seu palanque também membros da família Sarney e da família Castelo.

Quem sabe não apareça por ai também um neto de Castelo para fortalecer a campanha em Caxias?

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Brandão tenta dar volume à campanha anunciando aliados que já estavam com ele

Membros das famílias Sarney, Castelo e Lago, apresentados pelo vice-governador durante toda a semana passada, sempre apoiaram sua campanha; alguns têm, inclusive, cargos no governo Flávio Dino

 

Brandão anuncia apoios de família Lago, a exemplo de Wagner Lago, que já estava com ele desde antes de sua pré-campanha ao governo

Análise da notícia

Nenhum dos membros da família Castelo, Sarney e Lago, anunciados pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB), semana passada, como apoiadores de sua candidatura ao governo, esteve em algum momento ao lado do senador Weverton Rocha (PDT).

Todos os anunciados por Brandão já estavam com ele desde antes do início da pré-campanha. Alguns têm, inclusive, cargos no governo Flávio Dino (PSB).

A tentativa de dar volume artificial à campanha é uma forma de Brandão minimizar os efeitos do pouco apoio que tem na base do governo – formada em sua maioria por jovens lideranças da renovada política maranhense; e toda ela já definida por Weverton.

A família do ex-governador Jackson Lago, por exemplo, nunca esteve com Weverton, em tempo algum; a viúva do líder pedetista, Dona Clay Lago, se ressente do senador desde que ele assumiu o comando do PDT, que ela sonhava para o filho de Jackson, Igor Lago, outro brandonista.

Igor Lago até chegou a assumir o comando partidário – com apoio do próprio Weverton – mas não teve estatura política para se consolidar como herdeiro do ex-governador. (Entenda a história aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui e também aqui)

O abraço apertado de Adriano Sarney em Brandão ocorreu ainda no mês de novembro de 2021, quando o neto do ex-presidente Sarney decidiu dar um salto mortal na política

Já a família Sarney vem sendo assediada pelo próprio governador Flávio Dino desde 2018.

Dino chegou, inclusive, a declarar não haver mais disputa com a família Sarney; o neto do ex-presidente José Sarney, deputado Adriano Sarney (PV), subiu ao palanque de Brandão ainda em novembro de 2021.

A imagem de 2016 mostra Brandão e Dino no velório do ex-governador João Castelo; à frente, as tucanas Gardênia e Gardeninha se abraçam

Brandão também anunciou apoio da viúva e da filha do ex-governador João Castelo; ocorre que as Gardênias – mãe e filha – sempre foram correligionárias do vice-governador no PSDB.

Apresentado como escolha pessoal do governador Flávio Dino desde dezembro, Brandão nunca conseguiu adesão da base do governo; por isso tenta construir volume artificialmente, buscando antigas lideranças políticas do Maranhão.

Alguns já até aposentados da vida política…

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Em vídeo de alto impacto, Weverton mostra história política “sempre do mesmo lado”

Senador divulgou em suas redes sociais imagens desde os tempos de estudante, quando atuou pela melhoria nos transportes e a meia passagem, passando pelo governo Jackson e pela cassação do governador pedetista, até chegar à vitória ao lado do atual governador Flávio Dino

 

O vídeo de Weverton com a sua trajetória política viralizou na internet

O senador Weverton Rocha (PDT) publicou nesta terça-feira, 8, vídeo de forte repercussão no qual mostra sua trajetória política – desde a época de estudante secundarista – sempre atuando no mesmo lado ideológico.

No vídeo, o senador começa sua história com a época de estudante, quando atuou na luta por melhorias nas escolas públicas e no transporte, como líder do movimento estudantil.

– Quando os estudantes lutavam por meia-entrada em São Luís, Weverton Rocha estava lá; quando Jackson Lago derrotou pela primeira vez a oligarquia, Weverton estava lá; e ficou ao seu lado contra o golpe injusto que ele sofreu. E quando Flávio Dino (PSB) derrubou, de novo, a oligarquia, Weverton também estava lá, junto com ele – destacou o vídeo.

Ao começar o vídeo pela juventude, as imagens mostram o senador ainda estudante de escola pública, destacando que ele sentia a “mesma dificuldade na pele e sabia de que lado deveria estar”.

O senador é filiado ao PDT, seu único partido, desde a época da militância no movimento estudantil

Em sua peça das redes sociais Weverton destaca o apoio que deu a Dino no primeiro mandato, destacando que o ajudou na implantação de projetos importantes – como o Escola Digna e os novos hospitais.

A peça ressalta ainda que, por causa do apoio, o governador o escolheu como um de seus candidatos a senador.

O vídeo encerra com uma exortação ao maranhense:

– Agora que você precisa que o Maranhão preserve as conquistas dos últimos anos e aprofunde as mudanças, Weverton está aqui.

O vídeo repercutiu em todas as redes sociais e grupos de troca de mensagens do senador e de seus aliados

E viralizou na internet…

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Weverton destaca 15 anos da eleição de Jackson governador…

Senador que se transformou no principal herdeiro político do ex-governador e ex-prefeito de São Luís – eleito em 2006, cassado em 2009 e falecido em 2011 – hoje lidera todas as pesquisas de intenção de votos para o mesmo cargo; e pelo mesmo PDT

 

A homenagem de Weverton ao seu líder político Jackson Lago: única lembrança pública entre os líderes políticos atuais

Momentos da história

O senador Weverton Rocha (PDT) lembrou nesta sexta-feira, 29, os 15 anos da vitória do ex-governador Jackson Lago (PDT), nas eleições de 2006.

Uma década e meia depois de Jackson, Weverton lidera a disputa pelo mesmo governo, e pelo mesmo PDT. 

– Há exatos 15 anos, o Maranhão elegia Jackson Lago governador pelo PDT. Foi uma vitória linda, que deu início a uma trajetória interrompida dois anos depois – ressaltou o senador, em suas redes sociais, lembrando a cassação do então governador, em 2009.

Em 2010, Weverton continuou ao lado de Jackson em nova disputa pelo Governo; curiosamente, naquela eleição, o então candidato Flávio Dino (PCdoB) foi acusado de queimar a candidatura do ex-governador no interior ao espalhar que ele estava inelegível.

Resultado: Roseana Sarney (MDB) foi reeleita no primeiro turno, com 50,04% dos votos.

O hoje senador, ainda muito jovem, descendo as escadas do Palácio como um dos fieis aliados do ex-governador; destes da foto, muitos nem sequer lembram mais

Nestes quinze anos, Weverton saiu do posto de militante estudantil para se tornar senador, é hoje o principal herdeiro político de Jackson no PDT e uma das principais lideranças políticas do Maranhão.

– Muitos projetos tiveram início ali e, apesar da interrupção, o legado ficou. E nós, do PDT, continuamos na luta para tornar realidade o sonho de um Maranhão mais feliz – disse.

Líder nas pesquisas de intenção de votos, Weverton participa neste sábado de mais uma edição do programa  “Maranhão Mais Feliz”, que leva sua pré-candidatura ao interior.

Em vídeo-homenagem, Dr. Yglésio lembra trajetória de Dr. Jackson…

Médico cirurgião – como o ex-prefeito – deputado estadual fez referência ao aniversário do líder pedetista, comemorado sexta-feira; e ignorado até por membros históricos do PDT

 

O deputado estadual Dr. Yglésio (PDT) divulgou em suas redes sociais um vídeo-homenagem ao ex-prefeito, ex-governador e líder eterno do PDT maranhense, Jackson Lago.

Aniversariante do dia 1º de novembro, Jackson – falecido em 2011 – é uma espécie de referência para o pedetista, cirurgião como ele e que segue sua trajetória política.

Pré-candidato a prefeito, Dr. Yglésio, assim como o Dr. Jackson, atua fortemente em sua profissão de médico, mesmo atuando como deputado estadual.

E foi um dos poucos a lembrar o aniversário do líder máximo do PDT, coisa que até alguns pedetistas históricos ignoraram.

No vídeo, Jackson aparece em ação como médico, cirurgião, pontuado pelas suas ações como político.

A homenagem repercutiu nas redes socais…

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Advogado compara Dino à prostituta, “aquela que transa sem beijar”

Abdon Marinho analisa histórico do governador e mostra que ele é capaz de qualquer coisa pelo poder, inclusive fazer com o ex-presidente José Sarney “acordos que não podem dizer o nome”

 

FLÁVIO DINO E JOSÉ SARNEY PROTAGONIZARAM O ENCONTRO DO ANO NO MARANHÃO, visto por Abdon Marinho como “um acordo que não pode dizer o nome”

O advogado Abdon Marinho analisou nesta quinta-feira, 11, em seu perfil nas redes sociais, o encontro entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o ex-presidente José Sarney, antecipado com exclusividade no blog Marco Aurélio D’Eça.

E diante do que os dois protagonistas disseram para justificar a reunião –  ou minimizar seu conteúdo –  o advogado apontou que Flávio Dino acabou por reeditar postura clássica do filme”Uma linda mulher”.

– Se assim o foi [um encontro etéreo, sem efeito], sua excelência acabou por reeditar um clássico do cinema mundial: “Uma Linda Mulher”, no qual a atriz Júlia Roberts interpretou uma garota de programa que, a despeito de transar com o clientes, não os beijava – criticou Marinho.

No longo texto, intitulado “Sarney & Dino e o acordo que não ousa dizer o nome”, Abdon destacou ainda que, a despeito do que negaram os dois protagonistas, o próprio neto de Sarney, o deputado estadual Adriano Sarney (PV), acabou por confirmar que houve, sim, um acordo.

Para Abdon Marinho, a postura de Flávio Dino não é surpresa. O advogado lembra que conviveu com o comunista no movimento estudantil e sabe o que ele é capaz de fazer quando quer algo.

E lembrou ainda de dois episódios políticos em que Dino deixou claro não ter limites para se aliar a Sarney se isso lhe trouxer benefícios políticos.

Abdon Marinho lembrou os episódios envolvendo a cassação do ex-governador Jackson Lago (PDT). segundo ele, naquela época, quando chamado a defender Jackson em uma audiência, o comunista o fez, mas cobrou diretamente, dizendo que a defesa o queimou com o outro lado.

– O segundo episódio é um pouco menos edificante e só acreditei porque quem me disse testemunhou com os próprios olhos. Disse ele que no dia em que o TSE, em abril de 2009, sacramentou a cassação de Jackson Lago, o seu advogado, o deputado federal e ex-juiz, ao invés de ir “consolar” o cliente que acabara de ser derrotado, foi a casa de Sarney felicitar a vencedora pela vitória. O amigo, testemunha ocular de tal fato, confidenciou-me: “Abdon, nunca tinha visto algo semelhante até então” – lembrou o advogado.

Em seu artigo, Abdon Marinho compara o gesto de Flávio Dino ao do próprio Sarney, quando tentou fazer de Roseana candidata a presidente, em 2002, buscando na esquerda maranhense a aliança que pudesse melhorar a imagem da filha nacionalmente.

– O que custaria a Dino repetir a estratégia, agora com o sinal trocado? Uma candidatura de “esquerda” e “comunista” precisaria de um “tempero” mais à direita do espectro político. Quem melhor representaria isso que José Sarney, o último dos coronéis do Brasil? Se trataram de algum acordo político ou não, por enquanto, não saberemos. Mas a intenção do senhor Dino, parece-me bastante clara: na hora dos candidatos “esquerdistas” mostrarem suas cartas para se viabilizarem, ele apresentaria o Sarney como seu principal trunfo, seu ás na manga, o melhor amigo do Lula – analisa.

O artigo termina com a lembrança do advogado sobre a relação de Flávio Dino com o ex-governador José Reinaldo, lembrando que Dino o traiu para garantir a eleição de Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) ao Senado.

– É assim mesmo; na nova política não há espaço para amizades sinceras, respeito ou gratidão, mas, sim, para os “acordos” que não ousam dizer o nome – concluiu.

Abaixo, a íntegra do artigo de Abdon Marinho:

SARNEY & DINO E O ACORDO QUE NÃO OUSA DIZER O NOME.

CONTINUA repercutindo – até mais do que devido –, a tertúlia do ex-presidente Sarney com o governador Flávio Dino.

Após alardear o “feito” em suas redes sociais, o governador, talvez, diante da “baixa audiência” do fato e das cobranças por coerência, já no final de semana que se seguiu tratou de dizer que não ocorreu qualquer acordo relacionado à política local.

Disse que só tratou da política nacional, do “risco” que corre a democracia brasileira e, no mais, trataram de assuntos relacionados à cultura, autores maranhenses e outras coisas triviais.

Benedito Buzar, respeitado intelectual do nosso estado e que priva da amizade do ex-presidente, em sua coluna semanal em “O Estado Maranhão”, datada de 07 de julho, disse ter confirmado, em linhas gerais, o teor da conversa entre o governador e o ex-presidente, sendo que este último ao iniciar a conversa teria deixado claro à visita que não trataria de qualquer assunto relacionado à política local, alegando para isso a idade avançada e o fato de ter passado tal “missão” aos filhos Roseana e José Sarney Filho e ao neto Adriano.

Da coluna de Buzar extrai-se, também, a informação que a conversa entre os líderes ocorreu em ambiente reservado, sem a presença de mais ninguém: nem do filho Zequinha Sarney, que o ajudou na recepção da visita, nem do deputado Orlando Silva, que acompanhava o governador.
O que, para a patuleia, será sempre a palavra de um contra o outro (em caso de discordância) ou a palavra de ambos no mesmo sentido (o que revelaria a comunhão de vontades).
Se assim o foi, sua excelência acabou por reeditar um clássico do cinema mundial: “Uma Linda Mulher”, no qual a atriz Júlia Roberts interpretou uma garota de programa que, a despeito de transar com o clientes, não os beijava.

Ou, também dos anos noventa, reeditou a famosa frase de Bill Clinton que indagado se já fumara maconha saiu-se com essa: — fumei mais não traguei.

Quem somos nós para questionar a palavra de sua excelência ou a informação prestada por Buzar, após ouvir Sarney?

Quem duvidou mesmo foi o neto do morubixaba, deputado Adriano, que, em discurso na assembleia legislativa, disse que teria ocorrido, sim, um “acordo” entre os dois políticos.
Mas se sua excelência e o escritor e político Sarney dizem que trataram de assuntos literários e não políticos. Pela verve da literatura, se algum “acordo” ocorreu naquela tertúlia solitária entre ambos, na tarde brasiliense, talvez o tenha sido nos moldes do que dissera o autor irlandês Oscar Wilder (1854 – 1900), que do cárcere para onde foi mandado, escreveu sobre um “certo amor que não ousa dizer o nome”.

Festejado por muitos dos aliados do governador, porém, causando constrangimentos em alguns – chamados a dizerem sobre os “cinquenta anos de atraso” –, o suposto “acordo” tem esse quê de vergonha, de “amor que não ousa dizer o nome”. Mas, registre-se, menos por pudor e mais pelo pragmatismo do “perde-ganha” político.

O governador do Maranhão, que bem recentemente, deixou em aberto três opções para o seu futuro político em 2022, tem consciência da fragilidade do seu projeto político presidencial.

O estado que dirige não é modelo para nada, faz uma administração acanhada – não apenas pela falta de recursos, mas pela falta de aptidão administrativa –, com piora de todos os índices econômicos e sociais, sem uma obra de infraestrutura para chamar de sua, sem nada para mostrar ao Brasil além de dizer que se opõe ao governo Bolsonaro e ao ministro Sérgio Moro – sua segunda obsessão.

Não bastasse tudo isso, sabe da imensa dificuldade de se “vender” como um candidato de “esquerda” filiado a um partido “comunista”. Tudo entre aspas mesmo.

Assim, nada mais óbvio para o governador que “sonha” em ser o novo Sarney, copiar o Sarney com o próprio Sarney.

Ficou confuso? Eu tentarei explicar.

Quando Sarney tentou fazer de Roseana a presidente da República para suceder FHC uma das estratégias foi tentar unir o estado em torno do projeto acenando para a oposição: Jackson Lago seria apoiado para prefeito em 2000, na chapa com Tadeu Palácio, e depois seria o candidato a governador da “união” em 2002.

Este era o plano de Sarney – se combinado ou não com Jackson Lago, não sei –, que não deu certo por conta da chamada “Operação Lunus”, que levou ao naufrágio os planos presidenciais de Sarney, através da filha, e o conduziu aos braços do petismo, a ponto de virar o “melhor” amigo de Lula, como este mesmo fez questão de dizer mais de uma vez.

O que custaria a Dino repetir a estratégia, agora com o sinal trocado? Uma candidatura de “esquerda” e “comunista” precisaria de um “tempero” mais à direita do espectro político.

Quem melhor representaria isso que José Sarney, o último dos coronéis do Brasil?

Se trataram de algum acordo político ou não, por enquanto, não saberemos. Mas a intenção do senhor Dino, parece-me bastante clara: na hora dos candidatos “esquerdistas” mostrarem suas cartas para se viabilizarem, ele apresentaria o Sarney como seu principal trunfo, seu ás na manga, o melhor amigo do Lula.

E ainda faria isso “pacificando” toda a província do Maranhão. Todos unidos em torno de sua excelência rumo ao Planalto.

Devolveriam o estado aos Sarney depois dizer que eles foram a maior desgraça do estado, do atraso, e de todos os males? Não tenham dúvidas.

Não representaria qualquer dificuldade para ele ou para o seu partido.

Lembro que uma vez, lá pelos idos de 1986/87, fui convidado para uma reunião da juventude do Partido dos Trabalhadores – PT. Eu era do movimento estudantil, envolvido com a criação de grêmios, etc. Naquela reunião, ocorrida no sitio Pirapora, sua excelência, já na universidade, era um dos palestrantes/organizador e, já naquele momento, com todas as críticas que se fazia a Sarney por sua ligação com a ditadura e tudo mais, ele defendia que para chegar/conquistar o poder não tinha nada demais em fazer uma aliança com o então presidente. Aliás, para nos impressionar – até porque pela idade dele (14/15 anos) não sabemos ser possível –, disse que estivera com Sarney por conta das Diretas.

Quanto ao seu partido, o PCdoB, já em 1994, entendia não haver nada demais em se “juntar” ao Sarney. Naquele ano, quando tivemos, pela primeira vez a chance de derrotar o grupo Sarney na política estadual, PCdoB, já no primeiro turno, recebia apoio de Roseana para suas campanhas. No segundo turno, fechou de vez o apoio e só saiu do grupo quando este não os quis mais.
Logo, não há qualquer dificuldade em se costurar uma aliança “pragmática” em torno de interesses comuns, ainda que seja para negar tudo que se disse até aqui e passarem a dizer que o melhor para o Maranhão é o retorno de um Sarney ao comando do estado.

Quando sua excelência, recusou ou não quis o apoio dos Sarney para os seus projetos políticos?
Sobre isso existem dois episódios, que se confundem em um só.

O primeiro, em meados de 2007, o processo de cassação de Jackson Lago, caminhava acelerado e, por alguma razão de cunho pessoal, seu advogado originário não poderia comparecer a uma determinada audiência. Eis que alguém sugeriu o nome do então deputado federal, para fazer às vezes de advogado do governador. Com o prestígio do cargo de deputado e de ex-juiz, seria de grande valia.

Concluído o ato processual, acho que foram em palácio “prestar contas” ao cliente.
Um amigo me disse que ainda hoje lembra quando sua excelência bateu em suas costas e disse: — agora quero saber o que vocês vão fazer por mim, pois me “queimei” com o outro lado.
O segundo episódio é um pouco menos edificante e só acreditei porque quem me disse testemunhou com os próprios olhos.

Disse ele que no dia em que o TSE, em abril de 2009, sacramentou a cassação de Jackson Lago, o seu advogado, o deputado federal e ex-juiz, ao invés de ir “consolar” o cliente que acabara de ser derrotado, foi a casa de Sarney felicitar a vencedora pela vitória.

O amigo, testemunha ocular de tal fato, confidenciou-me: — Abdon, nunca tinha visto algo semelhante até então.

Tudo bem, talvez tenha sido só um gesto de solidariedade pelo apoio “informal” que recebera do grupo na eleição para prefeito da capital em 2008.

Mas me parece que tenha sido apenas o velho pragmatismo que tenha se feito presente mais uma vez, como o foi antes e depois, quem não lembra do episódio Waldir Maranhão?

Quem ainda se surpreende com tal pragmatismo, talvez devesse olhar para o ex-governador José Reinaldo Tavares.

Quem poderia imaginar que depois de tudo que fez pelo projeto político de sua excelência, o ex-governador seria simplesmente “rifado”, como foi, do seu sonho de ser senador da República?

Todos tinham por certo que seria o seu primeiro candidato, que não tivera mais força no governo por visões distintas de governo, mas seria o senador garantido. Não foi. Sua excelência preferiu como primeiro senador, o senhor Weverton Rocha e para segundo, a senhora Eliziane Gama. Apesar de José Reinaldo, ter dito que só sairia do grupo se não o quisessem, foi simplesmente ignorado e lançado ao ostracismo político apesar de tudo que fez – e do quando, ainda, poderia contribuir com o Maranhão e o Brasil.

É assim mesmo, na nova política não há espaço para amizades sinceras, respeito ou gratidão, mas, sim, para os “acordos” que não ousam dizer o nome.

Abdon Marinho é advogado.

Sobre macas e procissão de ambulâncias…

Situação desesperadora da mãe que levou o pai, empurrando a maca de um hospital para outro, expõe a falência do sistema de Saúde não apenas em São Luís, mas em todo Maranhão

 

Editorial

Houve um tempo, recente, em que o sistema de Saúde do Maranhão operava em situação de excelência em todo o estado, não apenas na capital. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)

Hoje, o sucateamento é evidente não apenas na capital, mas em todos os municípios.

E a imagem que ganhou o mundo nesta quinta-feira, 24 – de uma mulher desesperada carregando seu pai agonizante pelas ruas do Centro, em uma maca, em busca de socorro – expõe essa falência em todos os níveis.

Não é de hoje que a Santa Casa pede clemência para sobreviver.

E o sucateamento de suas instalações se dá pela má gestão de seus condutores, mas também pelo desprezo dos gestores estaduais com a Saúde.

E o que dizer do fato de a mulher ter vindo de Urbano Santos, onde deveria haver, pelo menos, atendimento básico que evitasse a morte do seu pai por falta de atendimento em São Luís?!?

O fechamento dos hospitais macrorregionais e as unidades de 20 leitos em vários municípios contribuiu para isso. (Saiba mais aqui e aqui)

Mas contribui também o desinteresse dos prefeitos coma  coisa pública, gerando situações como esta.

Familiares acompanham a maca em verdadeira procissão no Centro de São Luís

Quando prefeito de São Luís, o ex-governador Jackson Lago (PDT) pregava seu sonho de, um dia, ver as procissões de ambulâncias no Estreito dos Mosquitos terem fim no Maranhão. (Entenda aqui)

Oito anos após sua morte, a procissão de ambulâncias voltaram a se intensificar em São Luís.

Espera-se não precisar ver também procissões de macas no Centro da capital…

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Zeluis Lago é herdeiro político de Jackson lago nas eleições 2018…

Único irmão do ex-governador no processo eleitoral, médico concorre a deputado federal pelo PSDB e fortalece o discurso coma as ações que implementou ao lado do pedetista por mais de 40 anos

 

Zeluis em plena atuação eleitoral: legado de Jackson defendido com propriedade

O médico Zeluis Lago busca uma vaga de deputado federal pelo PSDB nestas eleições.

Irmão do ex-governador e ex-prefeito Jackson Lago (PDT), falecido em 2011, ele é o único representante da família neste processo eleitoral.

E usa como mote o legado que ajudou a construir ao lado do irmão.

– Milito na política desde o movimento estudantil e acompanhei meu irmão Jackson Lago desde a sua primeira eleição, em 1974.Sempre estive próximo da história de Jackson – diz Zeluis, o herdeiro político do ex-governador nestas eleições.

Na sua militância política, Zeluis Lago diz que foi o responsável pela implantação das cinco unidades mistas de Saúde, na primeira gestão de Jackson como prefeito de São Luís.

– Foi eu quem viabilizei os terrenos das unidades mistas do Coroadinho, Itaqui-Bacanga, Bequimão, Vinhais e na Zona Rural. Escolhi as áreas e ajudei no projeto de implantação – contou o candidato tucano.

Além das unidades mistas, Zeluis ajudou também na implantação dos raios X no sistema de saúde de São Luís e na implantação do Socorrão II, com a missão de desafogar o Socorrão do Centro da cidade.

– Ajudei também na consolidação do projeto do Hospital de Presidente Dutra, ao lado do ex-secretário Edmundo – contou, lembrando que o objetivo era dotar o interior de cinco socorrões.

Zeluis Lago tem base eleitoral nos municípios de Imperatriz – onde o legado de Jackson Lago é incontestável – Bacabal e em São Luís.

– Na capital eu atuo sobretudo no Eixo Itaqui-Bacanga, que também urbanizou-se graças às ações de Jackson Lago, além do Bairro de Fátima, Liberdade, Caratatiua – lembra ele.

Ao lado do candidato a governador Roberto Rocha, Zeluis Lago vai percorrer também vários municípios, em busca da eleição à Câmara Federal.