Ex-secretário de Esportes, Agricultura Familiar, Infraestrutura e Saúde não conseguiram deixar um aliado no comando de suas pastas, negociadas com deputados e lideranças cooptadas do grupo do senador Weverton Rocha
Embora mantenham a postura pública de aliados, os ex-secretários de Esportes, Rogério Cafeteira, de Agricultura Familiar, Rodrigo Lago, de Infraestrutura, Clayton Noleto, e de Saúde, Carlos Lula perderam espaços de poder na formação do novo governo-tampão Carlos Brandão (PSB).
Cafeteira – que já havia enfrentado dificuldades em encontrar partido para a eleição de deputado estadual – perdeu a Sedel para o indicado do deputado Fábio Macedo, um dos mais fortes aliados de Brandão.
O baque para Rodrigo Lago, também candidato a deputado, foi ainda maior: não conseguiu viabilizar o adjunto Ivaldo Rodrigues e nem conseguiu garantir uma indicação pessoal, perdendo a pasta para um aliado do deputado federal André Fufuca (PP).
Curiosamente, há menos de duas semanas, Rodrigo protagonizou em favor de Brandão um episódio vexatório: foi apresentado nas redes sociais como “neto do ex-governador Jackson Lago”, propaganda bizarra da campanha brandonista, que acabou desmentida categoricamente.
Ele, na verdade, é filho do ex-deputado Aderson Lago, primo distante – em todos os sentidos – do ex-governador pedetista.
Outro que ficou sem espaços no governo pós-Dino foi o chefe da Infraestrutura, Clayton Noleto; candidato a deputado federal, ele não terá qualquer ingerência na pasta, agora comandada por Aparício Bandeira, histórico aliado do atual governador.
Também candidato a deputado estadual, o ex-titular da Saúde – e um dos secretários mais destacados do governo Fla´vio Dino (PSB) – o advogado Carlos EWduardo Lula não teve a chacne de indicar o seu substituto no posto.
Essas são algumas das masi públicas insatisfações com a mudança de governo; outros aliados de Dino também ficaram insatisfeitos com as mudanças.
O próprio ex-governador não conseguiu manter Diego Galdino na Casa Civil – agora ocupada por Sebastião Madeira.
E a busca por espaços continuará, ao menos até junho; por que este é o prazo de validade do governo Brandão.
Que só tem 90 dias para nomear ou demitir auxiliares…