Duarte Júnior erra ao tentar se impor de cima para baixo…

Seguidor do ministro da Justiça Flávio Dino, que usa Brasília como ferramenta de medição de força no Maranhão, deputado federal decidiu articular suas alianças para as eleições de 2024 diretamente na capital federal, sem levar em conta o próprio histórico de desagregação, o que tem causado irritação nos dirigentes partidários de São Luís

 

Usando o ministro Flávio Dino, Duarte tenta se impor aos partidos diretamente de Brasília, sem discussões com dirigentes locais

Análise da notícia

O recente desmentido do PCdoB, do PT, do PV e do próprio PL expuseram mais uma vez o poder desagregador que tem o deputado federal Duarte Júnior (PSB) na política maranhense; este blog Marco Aurélio d’Eça, inclusive, analisa desde 2019 a capacidade que tem Duarte de gerar inimigos políticos.

Mas no caso das eleições de 2024, Duarte usa apenas uma fórmula já usada com sucesso pelo atual prefeito Eduardo Braide (PSD) e pelo ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido); tanto Braide quanto Holandinha só se viabilizaram candidato quando elegeram-se deputado federal.

– É em Brasília que as coisas se resolvem – comentou Braide, ainda em 2017, numa conversa pessoal no escritório do blog Marco Aurélio d’Eça, após a derrota nas eleições de 2016 para o próprio Edivaldo.

Duarte até usa essa fórmula, mas a extrapola aos níveis do ministro da Justiça Flávio Dino, que se impõe pelo medo, agora mais do que nunca, a partir de Brasília.

Mas falta charme, carisma e atração pessoal ao candidato do PSB.

Ele pode conseguir, de fato, alianças impostas de cima para baixo, como a que tenta forçar com o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), usando a força do mesmo Dino já citado neste post.

Duarte sabe que terá dificuldades para vencer o prefeito Eduardo Braide em um eventual segundo turno, mas seu objetivo é criar um recall para as próximas eleições, quando, entende, pode tornar-se imbatível.

Além disso, acha que sua ida para o segundo turno, de uma forma ou de outra, é uma derrota para o governador  Carlos Brandão (PSB), o que já satisfaria o grupo de Flávio Dino.

Mas esta é uma outra história…