Comentarista da Jovem Pam ridiculariza postura homofóbica do deputado maranhense, ressalta o fato de ele ser comunista, critica o que chama de “abuso das reservas” e promete voltar ao tema no programa desta quarta-feira, 23. Ouça o áudio:
Os deputados Wellington do Curso (PPS0 e Zé Inácio (PT) devem se reunir na próxima semana para analisar a ameaça de instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa para apurar suposto pagamento de propina a auxiliares do governador Flávio dino (PCdoB).
O pedido de CPI deve ser apresentado pelo deputado Sousa Neto (PTN).
A investigação da Assembleia está sendo proposta após denúncia do índio Guajajara Uirauchene Alves, que revelou ter pago duas parcelas de R$ 4 mil a Simone Limeira, assessora especial do governador, que acatou por pedir afastamento do cargo.
Para Sousa Neto, a CPI se justifica por que Uirauchene citou não apenas Simone Limeira mas um certo Dr. Dalton – que seria adjunto na Secretaria de Educação – e o próprio secretário de Articulação Política de Flávio Dino, jornalista Márcio Jerry.
A entrada da CDHAL no caso se dá pelo fato de que os indígenas têm tratamento especial no Brasil, estabelecidos m leis federais, o que pode envolver, inclusive, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Wellington do Curso, que é vice-presidente da comissão da Assembleia, aguarda apenas a resposta de Inácio, que comanda a comissão.
Fica cada vez mais comprovado que a assessora especial do governador Flávio Dino, Simone Limeira, tem poderes decisórios no governo, ao contrário do que afirmou o secretário de Articulação política Márcio Jerry.
As imagens deste post mostram Simone chegando a Grajaú, em maio, em helicóptero do GTA – o mesmo usado pelo próprio Flávio Dino – em missão oficial do governo.
Estamos aqui representando o governo do povo, e do desenvolvimento do Maranhão para resolver problemas deixados pelo governo passado; são reivindicações da população indígenas para melhorar suas condições de vida, entre elas, a abertura de uma escola na Aldeia Bananal”
Simone Limeira, ao portal Grajau de Fato
A assessora especial – que recebeu dois depósitos de R$ 4 mil em suas contas bancárias, fruto de propina, segundo o líder indígena Uirauchene Alves – foi a aldeia para cumprir missão oficial: negociar a libertação de professores que os índios mantinham reféns.
É mais uma comprovação da força que Simone Limeira exerce no governo Flávio Dino…
A assessora especial do governador Flávio Dino (PCdoB), Simone Limeira, comandou, no início do governo, uma reunião para tratar especificamente das questões indígenas no estado.
– Eu conduzi uma reunião com cinco secretarias em fevereiro e iremos realizar um fórum para discutir os caminhos para podermos dar atenção necessária à educação indígena, por exemplo – declarou Simone, em 25 de março, ao site Grajaú de fato.
A afirmação da assessora – que recebeu dois depósitos de R$ 4 mil em sua conta bancária para, segundo o líder indígena Uirauchene Alves, liberar pagamentos de empresas que fazem o transporte escolar indígena – desmente declaração do secretário de Articulação Política, Márcio Jerry, de que Simone não tem poder de decisão sobre a questão do transporte escolar indígena.
Este blog publicou conversas de Uirauchene Alves com Simone Limeira, que sugerem uma negociação no governo. também foi publicado os extratos bancários dos pagamentos à assessora, que o índio diz ser propina.
A própria assessora – que pretende disputar as eleições municipais em Grajaú – declara-se muito próxima do governador Flávio Dino.
– [Seu cargo] é um cargo especial bem próximo do governador, inclusive com sala no Palácio dos Leões, onde ele permanece trabalhando e atendendo deputados, lideranças, ministros, governadores de outros estados. E nós estamos lá para fazer a parte política e atender demandas da população, inclusive encaminhando para outras secretarias os problemas que possam ser resolvidos e que estejam também sob a nossa delegação – disse a assessora. (Leia aqui a íntegra da entrevista)
De acordo com Márcio Jerry, Simone Limeira deve retornar nesta terça-feira, 21, de Grajaú, onde passou o fim de semana. E será ouvida pela assessora chefe da assessoria especial de Flávio Dino. Só depois, segundo Jerry, o governo irá se manifestar sobre o mérito das acusações de Uirauchene.
Enquanto a decisão não vem, Simone deixa claro sua função no governo:
– Nossa tarefa é buscar soluções e ideias inovadoras.
De fato, a questão do transporte indígena parece ter tido solução bem inovadora…
O líder indígena Uirauchene Soares confirmou ao blog que pretende levar os índios de volta à Assembleia Legislativa e ao Palácio dos Leões, por descumprimento do acordo por parte do governo do Estado.
Segundo Soares, o governo fraudou a Ata do acordo ao incluir pontos que não foram discutidos na reunião de sexta-feira, 10. O indígena acusa o secretário de Articulação Política, Márcio Jerry, pela fraude.
– O Márcio Jerry e sua turma fraudaram a Ata, criando um documento anexo [não discutido na reunião da OAB] – disse Uirauchene.
– Não vamos recuar. Vamos ficar acampados de novo, em frente ao Palácio. Com ou sem polícia – ameaçou Uirauchene.
Ao blog, Márcio Jerry negou as acusações e disse ser “fácil atestar que mais uma vez” o líder indígena “mente”.
– A Ata foi assinada por todos, menos por ele. Todos saíram com cópias e é fácil atestar que, mais uma vez, ele mente – disse o secretário, que completou: [a atitude do índio] é um desrespeito a todas as instituições lá presentes.
– A Ata foi lida em voz alta, revisada em texto impresso e depois assinada. A OAB tem a íntegra do áudio – disse Jerry.
O líder indígena acusou também a OAB de se recusar a fornecer o áudio original.
Por isso a ameaça de voltar ao Palácio…
Os deputados estaduais maranhenses – do governo e da oposição – tiveram participação preponderante pelo fim do protesto dos índios na Assembleia Legislativa e no Palácio dos Leões.
Conciliadores, abertos ao diálogo – coordenados pelos colegas Zé Inácio (PT) e Wellington do Curso (PPS), representantes da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia – os parlamentares fizeram exatamente tudo o que o governo Flávio Dino (PCd0B) não fez.
Estamos propondo uma reunião para pôr fim neste impasse de maneira que os indígenas sejam contemplados com o atendimento a pauta de reivindicação”
Zé Inácio, deputado
Curiosamente, era Flávio Dino quem pregava o diálogo durante a campanha.
Desde o início da crise, Dino e seus principais auxiliares mantiveram-se intransigentes, ridicularizando a ação dos índios, sob risco de causar problema ainda maior. Diante do autoritarismo governamental, os dois parlamentares da própria base saíram em busca do diálogo que o comunista se recusou a ter.
Foi preciso a presença dos oposicionistas Andrea Murad (PMDB), Ariano Sarney (PV) e Sousa Neto (PTN) para que os índios pudesses estar na assembleia Legislativa sem maiores problemas.
O governo se compromete, até o final de 2015, reativar todos os Conselhos Indígenas, tendo em vista a necessidade de contemplar todas as etnias indígenas”
Wellington do Curso, deputado
A intransigência do governo levou os líderes da Comisão de Dirietos Humanos, ao lado de líderes governistas, como Eduardo Braide (PMN) e Rogério Cafeteira (PSC) a assumir a pauta de negociações.
Curiosamente, tanto Inácio quanto Wellington sofrem constantes represálias do próprio governo que defendem, por causa da postura aberta ao diálogo.
Coisa que incomoda fortemente o imperialista governador…
O governo Flávio Dino (PCdoB) tenta abafar o assunto, mas é grave a revelação de que os empresários do transporte escolar indígena – considerados picaretas pelo próprio governo – conseguiram arrancar R$ 4 milhões por supostos serviços prestados.
Mas o próprio governo já reconheceu que não tem certeza se pagou por serviço efetivamente prestado.
Como assim, Flávio Dino?!?
Ora, se o governo diz que as provas para que pagasse os R$ 4 milhões eram “apenas razoáveis”, por que pagou?
A negociação com os empresários do transporte escolar pode ter sido um crime cometido pelo governo apra tentar calar a boca dos indígenas.
E pode levar o governo a um crime ainda maior.
É aguardar e conferir…
O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), garantiu hoje haver disposição do governo Flávio Dino de negociar com os indígenas que fazem protesto na Casa e no Palácio dos Leões.
– Enfatizo a disposição do Governo, em não só continuar a negociação, como tentar resolver dentro do que permite a legislação e os princípios da boa aplicação dos recursos públicos, sanar as pendências quanto à educação, em específico a pauta principal da reivindicação que é a questão do pagamento do transporte escolar – disse Othelino.
O parlamentar revelou uma reunião que acontecerá nesta sexta-feira, 10, com a participação de representantes do Governo, do Ministério Público Federal e da Fundação Nacional dos Índios (Funai).
Mas Othelino mantém a posição do governo, de se recusar a pagar por valores que, segundo ele, foram questionados pelo próprio governo passado.
Os empresários que fazem o transporte escolar indígena estariam cobrando, segundo o próprio governo, R$ 50 milhões.
E o governo se recusa a pagar…
O deputado federal Hildo Rocha (PMDB) manifestou preocupação com a forma como o governo estadual está tratando os índios que foram impedidos de conversar com o chefe de poder executivo estadual.
– Estou decepcionado com o governador Flávio Dino – ressaltou.
Rocha lembrou que Dino, no exercício do mandato de deputado federal era um ícone em defesa dos direitos humanos, mas ao assumir o cargo de governador se transformou.
– Agora ele é inimigo dos índios – declarou o parlamentar.
O parlamentar disse que as reivindicações dos índios são justas e enfatizou que o sumiço de um índio, que participava da manifestação, precisa ser esclarecido.
O Governador Flávio Dino tem que entender que índio não tem Twitter e parar de responder via rede social e procurar ter diálogo com as pessoas. Até isso é necessário chamar atenção dele”
Deputada Andrea Murad, ao falar do governador, que ao invés de dialogar com os índios, respondeu sobre as reivindicações dos indígenas através do seu perfil no twitter