Ao atacar Maura Jorge, comunistas esquecem trajetória do seu próprio partido no MA

Citando nominalmente a prefeita de Lago da Pedra – e outros políticos e lideranças não-alinhadas à ideologia de esquerda – deputados Márcio Jerry, Rodrigo Lago e Júlio Mendonça fazem uma espécie de patrulha na base do governo Carlos Brandão, escondendo o fato de que foi o governo Flávio Dino quem abriu espaço para todas as expressões políticas, de esquerdistas a direitistas, de bolsonaristas a sarneysistas

 

Agora no PP, de André Fufuca, Maura Jorge passou a ser hostilizada por comunistas ao manter relações institucionais com o governo Brandão

Análise da Notícia

Tem repercutido muito mal nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens os ataques do deputado federal Márcio Jerry e dos estaduais Júlio Mendonça e Rodrigo Lago (todos do PCdoB) à prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (PP). Nestes espaços é vista incoerência dos parlamentares diante da trajetória do próprio PCdoB no Maranhão.

Para chegar ao poder, num passado não tão distante, o PCdoB, uniu-se com toda sorte de siglas partidárias, inclusive de direita, abrindo mão de qualquer regulamento estatutário e coerência ideológica.

Márcio Jerry questiona em suas redes sociais as relações de Maura Jorge com o governo Carlos Brandão (PSB); essa patrulha é replicada na Assembleia Legislativa por Rodrigo Lago e Júlio Mendonça, que pregam o banimento ou isolamento não apenas da prefeita, mas de todas as lideranças da chamada direita, e do bolsonarismo, inclusive a deputada estadual Mical Damasceno (PSD), aliada de primeira hora de Brandão.

Para chegar ao poder em 2014, Flávio Dino precisou fazer alianças à esquerda, mas, principalmente, com os setores à direita e mais conservadores do estado.

O próprio Brnadão, que foi seu vice em dois mandatos, pertencia ao PSDB, partido antagônico ao  PCdoB e à esquerda lulista; antes mesmo do governo Brandão começar, em 2022,  Dino e o seu PCdoB  já haviam resgatado os sarneysistas, por exemplo, contra quem ele se elegeu e reelegeu.

Neste terceiro governo Lula, o  PT nacional tem buscado alianças com todas as correntes políticas, em busca de governabilidade, o que se reflete no slogan “União e Reconstrução”.

Se coerência é o critério, tá na hora de os deputados do PCdoB olharem para a própria trajetória e aprender com Lula, Flávio Dino e Sarney, que souberam e sabem muito bem o significado de pluralidade e coalisão. (Releia aqui, aqui e aqui)

Nas redes sociais, os comentaristas não têm perdoado a incoerência dos comunistas; entre os pedidos mais harmoniosos, há os que sugerem aos deputados largar as redes sociais e começar, efetivamente, a trabalhar pelo Maranhão, por que, para além de brigas partidárias, a realidade da população é o que mais importa,

Ou pelo menos deveria…

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Flávio Dino e suas incoerências..

Governador comunista jogou por terra todas as afirmações da primeira campanha, de 2014, e segue tomando atitudes cada vez mais discordantes de suas próprias convicções

 

Flávio Dino disse que não moraria em Palácio, mas mora; mesmo escondendo da população desde 2015

Incoerência é a característica mais marcante no perfil do governador Flávio Dino (PCdoB).

E um dos exemplos desta forma de agir dissonante da forma de falar é a revelação, só agora, de que ele mora no Palácio dos Leões desde 2015 – mesmo dizendo que não o faria durante a campanha de 2014.

Mas a incoerência do comunista que assola o Maranhão não se dá apenas neste aspecto de sua gestão.

Flávio Dino é incoerente ao usar evangélicos em proveito eleitoral mesmo sendo comunista.

É incoerente ao deixar que a corrupção grasse em seu governo mesmo se dizendo não corrupto.

É incoerente ao usar sarneysistas como aliado ao mesmo tempo em que desdenha do sarneysismo.

Flávio Dino é um poço de incoerência, que, na medida em que se aproxima a eleição – e o risco de nãos e reeleger – se transforma em hipocrisia.

E o caminho dos hipócritas todos sabem qual é…