De volta ao mandato, Roseana desmente boatos de aposentadoria…

Ex-governadora reassumiu a cadeira na  Câmara Federal – que estava sendo ocupada pelo suplente Hildo Rocha – e classificou de “fake news”  às especulações dando conta de uma suposta desistência da vida pública

 

Roseana em Barreirinhas, ao lado de Vinícius e Iracema Vale: 30 anos de história a partir do primeiro mandato de governadora, em 1994

A deputada federal Roseana Sarney (MDB) reassumiu nesta quarta-feira, 4, seu mandato na Câmara Federal; ela estava de licença desde maio, abrindo vaga de deputado federal para o suplente Hildo Rocha (MDB).

Na semana passada, o jornalista Ricardo Noblat especulou em seu blog que Roseana já teria comunicado ao pai, José Sarney, que abriria mão da vida pública para cuidar da família.

É uma fake news; não sei de onde o Ricardo tirou isso”, afirmou a ex-governadora, em conversa, no mesmo dia, com o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça.

Roseana Sarney foi alcançada em contato telefônico justamente quando retornava de Barreirinhas, onde esteve ao lado da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), na campanha do candidato a prefeito Vinícius Vale (PSB).

Na conversa com este blog Marco Aurélio d’Eça, ela foi lembrada dos 30 anos da primeira eleição para o Governo do Estado – que se dá em 15 de novembro deste ano – e foi comunicada de uma cobertura especial para relembrar a data.

Na série especial será lembrada a acirrada disputa com Cafeteira, a posse, os outros mandatos e suas mudanças estruturais na política, a influência e os desdobramentos de sua passagem pelo governo.

Mas esta é uma outra história…

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Sexta-feira ou véspera do Sábado???

Que importância tem saber, exatamente, o dia da morte de Jesus, já que ocorrida há tantos séculos?

Esta data é importante não por si só, mas por causa de outro fenômeno bíblico, a ressurreição.

Não há, na Bíblia, nenhuma referência ao fato de que Jesus morrera na sexta-feira. As versões mais antigas do Novo Testamento – que servem de referência para as traduções ocidentais – especificam a morte de Jesus “na véspera do Sábado”.

Mas qual a diferença entre Sexta-feira e véspera de Sábado?

É preciso voltar na história para compreender a essência do termo Sábado – ou Shabbat.

Shabbat significa para os Judeus “o dia do descanso”. O primeiro após o sexto dia trabalhado. O dia em que “tudo deve cessar”, na versão da Bíblia de Estudo Almeida.

É exatamente este o detalhe.

Do ponto de vista bíblico, o Sábado dos evangelhos não é exatamente um mero dia da semana, mas o sétimo dia, que pode ser qualquer um, dependendo do dia em que se comece a trabalhar.

Para alguns países ocidentais, o sétimo dia é o Domingo, por que se começa a trabalhar na segunda.

O Shabbat, portanto, seria o domingo e não o sábado do calendário.

Mas há paises em que a segunda-feira é o dia de descanso e a semana de trabalho começa na terça-feira, incluindo sábado e domingo.

Outro detalhe é que, para os Judeus, havia dois tipos de Sábado: um semanal, o sétimo dia, onde se descansava, após seis dias de trabalho, e outro, religioso, que poderia ocorrer a qualquer época da semana, mês ou ano, de acordo com as datas religiosas judaicas. 

A morte de Jesus, portanto, não ocorreu, necessariamente, em uma sexta-feira, mas sim na véspera de um dia judaico de descanso (Shabbat), que pode ter sido qualquer um, desde que o sétimo dia após o primeiro trabalhado.

Na análise comparada dos quatro Evangelhos bíblicos – Marcos, Mateus, Lucas e João – há evidências da sequência de dias do calvário de Jesus até sua ressurreição.

Por esta análise, ele morreu na quarta-feira, sendo sepultado no anoitecer; houve o descanso do Shabbat da Páscoa (quinta-feira); as mulheres saíram para comprar aromas para Jesus na sexta-feira; e o descanso tradicional do sétimo dia, o Shabbat semanal, foi o dia da ressurreição.

Jesus ressuscitou no por-do-sol do sábado, quando se encerrava o Shabbat, segundo evidencia a leitura dos evangelhos.

A sexta-feira da Paixão é, portanto, uma mera invenção católica ocidental.

Para ler com eficiência os evangelhos, é preciso referências históricas, culturais e linguísticas.

O resto, é apenas religiosidade emocional desmedida…