Aliados querem manter influência de Flávio Dino na política do MA…

Senadores, deputados federais e estaduais mais próximos do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal já trabalham uma agenda eleitoral própria em 2024 e ainda o veem como “força organizadora da política” no estado

 

Márcio Jerry entre Dino e Brandão nos atos sobre o 8 de Janeiro, em Brasília; ministro do STF como “força organizadora da política no Maranhão”

O futuro ministro do Supremo tribunal Federal Flávio Dino vai passar cerca de 40 dias exercendo o mandato de senador para o qual fora eleito em 2022; ele assume o cargo no STF em 22 de fevereiro, mas seus aliados na política já têm uma agenda própria para manter sua influência no poder do Maranhão.

O papel dele como ator político muda, mas não dá para sepultar o dinismo, esquecer ou apagar o seu legado. A influência dele vai continuar super forte, viva e organizadora da política – repetiu nesta terça-feira, 9, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), um dos mais próximos de Dino.

Além de Márcio Jerry, Flávio Dino conta com outros atores na política do Maranhão para manter sua influência, ainda que indireta.

O vice-presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Lago, e o ex-presidente da Casa, Othelino Neto (ambos do PCdoB) já atuam em agenda própria, ainda que na base do governador Carlos Brandão (PSB); na mesma Assembleia ele tem ainda os deputados Carlos Lula (PSB), Júlio Mendonça (PCdoB) e Leandro Bello (Podemos).

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou com exclusividade, ainda em dezembro de 2022, a agenda política que o futuro ministro iria manter no fim de ano, com reuniões pessoais com sua base, os chamados “raízes” do dinismo; foi nessa articulação que ele garantiu o apoio do governador Carlos Brandão ao seu candidato em São Luís, deputado federal Duarte Júnior (PSB).

Apesar da aliança com Brandão, Flávio Dino e seu grupo pretendem manter presença política forte no Maranhão; uma fala do mesmo Márcio Jerry, que repercutiu na imprensa local e nacional, deixa bem claro este objetivo.

– Toda a história construída por Flávio Dino na política do Maranhão desde a eleição de 2006, passando por 2010, mas sobretudo a partir de 2014, deixa um legado gigantesco, com repercussões fortes na estruturação do campo político maranhense por muitos anos – acredita o parlamentar.  

Como ministro do STF, Flávio Dino não pode mais fazer campanhas políticas e participar de eventos político-eleitorais; mas isso não impede que ele possa receber a classe política, eventualmente, tanto em sua casa quanto em seu gabinete, para passar instruções e ouvir sobre o Maranhão.

No projeto de “força organizadora da política no estado”, Flávio Dino e seu grupo esperam contar também com o senador Weverton Rocha, que lidera o PDT e tem grupo próprio no Maranhão; Rocha se aproximou do futuro ministro durante o processo de sabatina no Senado, e espera tanto dele quanto do presidente Lula (PT) um reconhecimento nas eleições de 2026.

Mas esta é uma outra história…

Obra literária “Tudo Azul de Bolinhas Brancas” é lançada por Nery Mendonça na Livraria Amei

Livro da escritora e museóloga – que relata passagens da história de dona Raimunda Mendonça, testemunha de fatos marcantes da história de São Luís – é prefaciada pelo advogado Carlos Nina e tem revisão de Edmilson Sanches

 

A autora e sua obra: históricas do cotidiano, testemunho e homenagem a uma personagem icônica de São Luís

A escritora e museóloga Nery Mendonça lançou na noite deste sábado, 6, na Livraria Amei, no São Luís Shopping, o livro “Tudo Azul de Bolinhas Brancas”, com passagens da história de dona Raimunda Mendonça, testemunha de fatos marcantes da história de São Luís

Para o filho Fernando Mendonça, que é juiz de Direito e marido da Autora, o livro é “bem gostoso de ler e narra o passar de cinco gerações das famílias Rego e Mendonça”.

– São muitas deliciosas histórias de vidas, experiência de família, recheadas de boas pitadas de informações sobre o ambiente da floresta amazônica no começo do século passado, a miscigenação de raças e fatos históricos da Velha São Luís – diz o magistrado.

A obra é prefaciada pelo advogado Carlos Nina, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão e do Rotary Club.

– Dona Raimunda Mendonça de Sousa era assim, múltipla ao longo de sua vida, sendo ela mesma, sempre. Determinada, mas compreensiva; tolerante, mas persistente; humilde, mas altiva; realista, mas otimista. Assim enfrentou as adversidades que suas circunstâncias lhe impuseram quando constituiu sua própria família. Nada disso impediu que seus filhos fossem criados em ‘clima de união familiar, de respeito, bondade e solidariedade – pontuou Nina.

Nery Mendonça selecionou diversas fotografias que integram a obra e documentou no livro depoimentos e testemunhos de amigos e familiares, que enriquecem o conjunto de referências pessoais e históricas.

Os trabalhos de revisão e supervisão editorial do livro foram feitas pelo jornalista e escritor maranhense Edmilson Sanches, que também assina o texto da quarta capa.

– De entrada, este livro revela dois encantos: a história maiúscula de dona Raimunda Mendonça, sua vida ricamente simples, seu exemplo simplesmente rico; e a leveza, fluidez, mansuetude textual, de estilo, de Nery Mendonça. Quem estiver com este livro não estará apenas com uma obra de papel e tinta, mas com um relicário de quase um século de vida, vida em abundância, como a vivida por Dona Raimundinha. Abundância que não é fartura, excesso, opulência, mas riqueza — riqueza, primeiro, de bom e firme caráter (sem o que, honestamente falando e agindo, não se vai adiante). Riqueza de vontade, de visão, de talentos potenciais e de energia para fazer acontecer – escreveu o revisor.

Durante o lançamento do livro os amigos da homenageada – os cantores Marco Duailibe, Plínio Fontenele, Alessandro Batista, Fernando de Carvalho, Ruber Rosha, Thaynara Oliveira – acompanhados pelo pianista Renato Serra, prestaram a sua homenagem a Dª Raimunda Mendonça, cantando as suas canções preferidas.

A produção do evento foi assinada pelo designer e produtor Suassuna Filho….

Treze governos depois, Avenida Litorânea chega aos 30 anos ainda em obras

Projeto iniciado no governo Luiz Rocha foi ignorado por Cafeteira, teve a primeira etapa no governo Lobão, passou por ajustes no governo Roseana, ficou parada sob José Reinaldo e Jackson Lago – ganhou prolongamento feito, curiosamente, pelo prefeito João Castelo – e teve dois novos trechos sob Flávio Dino, chegando, finalmente, ao Olho d’Água, palco da festa de revèillon popular neste domingo, 31

 

Imagem de 40 anos do local onde hoje funciona o parquinho e praça de alimentação da Litorânea (fonte: imirante.com)

 

História

Poucas das milhares de pessoas que estarão festejando este revèillon dariam importância se soubessem que exatamente neste domingo, 31, a Avenida Litorânea, que corta as principais praias de São Luís, está completando 30 anos de inauguração; a mais cosmopolita das avenidas da capital é um símbolo da sua força turística nunca aproveitada efetivamente.

Entregue pelo governador Edson Lobão exatamente no dia 31 de dezembro de 1993, a avenida teve o plano de obras iniciado 10 anos antes, em 1983, no governo Luiz Rocha (que durou até 1987).

No governo de Epitácio Cafeteira (1987-1990) a obra foi completamente ignorada, sendo retomada, ainda que timidamente, apenas no governo João Alberto (1990/91). E sua primeira etapa, de 5,5 quilômetros, foi feita por Lobão (1991-1994).

Roseana teve quatro mandatos de governadora (1995-2002 e 2009-2014), e contribuiu com a ampliação de  sua extensão, concluída por Flávio Dino (2015-2022); Sob José Reinaldo Tavares (2002-2006) a obra ficou parada, assim como no governo Jackson Lago (2007-2009).

Curiosamente, foi um prefeito e não um governador – João Castelo (2009 e 2012) – quem retomou a obra, ampliando um trecho de menos de 1 quilômetro, levando a avenida até o limite entre Calhau e Olho d’Água, lugar conhecido por Caolho.

O mais novo trecho da Litorânea é este, que vai até à avenida do Sesc, no Olho d’Água, local das comemorações de revèillon neste domingo, 31

A obra só voltaria a ganhar importância de fato no terceiro mandato de Roseana, que iniciou a segunda etapa, entre o Caolho e o Olho d’Agua. Flávio Dino recebeu a obra e a ampliou até a entrada do Sesc Olho d’Água, inaugurada em 2022, já por Carlos Brandão (2022-2026), que acaba de implementar uma reforma em vários trechos.

O projeto original pensado ainda na década de 80 prévia a Litorânea ligando as praias da Ponta d’Areia ao Araçagy. São exatamente os dois trechos mais difíceis de executar.

O trecho da Ponta da Areia se inicia onde é hoje a Praça do Pescador, mas tem a antiga casa de veraneio do governo bem no meio do caminho, além da maré, que chega no asfalto em toda a extensão da praia.

Já o trecho do Araçagy tem como maior desafio o gigantesco paredão natural que se debruça na beira do mar, tornando quase impossível cortar uma avenida no meio da montanha de calcário, barro e piçarra.

Mas ainda há quem sonhe não apenas com estes dois trechos, mas seguir avante coma Litorânea dos dois lados.

Criando, finalmente, o verdadeiro anel viário à beira-mar, circulando toda a Ilha de São Luís…

PDT tem votação média em São Luís na casa dos 15%, mostra estudo…

Partido que venceu todas as eleições na capital maranhense desde 1988 alcançou nas duas últimas eleições – por suas próprias forças – pouco mais de 80 mil votos, o que põe a candidatura do ex-vereador Fábio Câmara – com seus cerca de 12 mil votos em 2022 – em condições de quebrar a polarização que o governador Carlos Brandão deseja no pleito de 2024

 

Em 2020, Neto Evangelista enfrentou as duas máquinas e, com apoio do PDT, alcançou mais de 83 mil votos na capital maranhense

Ensaio

As eleições de 2024 tendem a se afunilar entre quatro ou cinco candidatos, sobretudo com a tentativa de polarização que o governo Carlos Brandão (PSB) tenta impor ao prefeito Eduardo Braide (PSD) com a candidatura do deputado federal Duarte Júnior (PSB).

Esta tendência de afunilamento, já mostrada neste blog Marco Aurélio d’Eça, aponta para o enxugamento de candidaturas, sobretudo na base do governo, o que deixa a disputa restrita ao prefeito, ao candidato do Palácio dos Leões, às candidaturas chamadas “de menor influência”, e a do candidato do PDT, ex-vereador Fábio Câmara.

Neste estudo, este blog Marco Aurélio d’Eça faz um recorte analítico para mostrar o potencial do PDT – partido que venceu todas as eleições na capital maranhense desde 1988 – no caso de se confirmar a tendência de polarização e enxugamento das candidaturas desejada pelo Palácio dos Leões.

Nas duas últimas eleições as candidaturas majoritárias do PDT – em 2020, para prefeito, com a do deputado estadual Neto Evangelista (DEM); e a de 2022, com o senador Weverton Rocha ao governo – alcançaram uma média de 15% dos votos em São Luís, mesmo em condições adversas, concorrendo contra máquinas poderosas.

Em 2020, Evangelista foi apoiado pelo PDT, que indicou a vice, mas não teve o apoio do então prefeito Edivaldo Júnior, mesmo este ainda filiado ao partido do senador Weverton;  Ao fim do primeiro turno, o deputado democrata ficou em terceiro, com 16,24% dos votos, ou 83.138.

Nas eleições de 2022, Weverton entrou na disputa pelo governo também em condições adversas; enfrentou, apenas com a militância pedetista, a força do hoje presidente Lula (PT), do agora ministro do STF Flávio Dino, e a máquina do governador Carlos Brandão (PSB); e foi engolido pela polarização do então presidente Jair Bolsonaro (PL) com Lula, que favoreceu Lahésio Bonfim (PSC).

Mesmo assim, Weverton registrou em São Luís exatos 14,73%, ou 82.744 votos. Agora preste atenção nos números:

  • Em 2020, só com sua força pessoal e o apoio do PDT, Neto Evangelista teve mais de 83 mil votos em São Luís;
  • Em 2022, só com sua força pessoal e o apoio do PDT, Weverton Rocha teve mais de 82 mil votos em São Luís.

Candidatura pedetista pode ser fiel da balança em 24

Enfrentando várias máquinas e a polarização entre Lula e Bolsonaro, Weverton teve mais de 82 mil votos em São Luís apenas com apoio da militância pedetista

Em 2024, o PDT apresenta à disputa o ex-vereador Fábio Câmara, suplente de deputado federal e também ex-candidato a prefeito.

Self-made-men, Câmara é um representante das camadas mais populares na política; e assim como o PDT, seus números também são consolidados na capital maranhense.

Eleito vereador em 2012, entrou na disputa pela Prefeitura de São Luís em 2016 pelo MDB, também em condições adversas, sem apoio da própria legenda, abandonado pelas lideranças do partido e enfrentando estruturas poderosas das máquinas estadual e municipal; o ex-vereador registrou 19.045 votos, ou 3,63% do total.

Em 2022, já no PDT, o ex-vereador concorreu a deputado federal; ficou entre os 10 mais votados na capital maranhense, obtendo 12.462 votos (2,14%).

  • Em 2016, com sua força pessoal e amigos, Câmara alcançou como candidato a prefeito quase 20 mil votos em São Luís;
  • em 2020, como candidato a deputado federal pelo PDT, o ex-vereador registrou em São Luís mais de 12 mil votos.

Como se vê, historicamente, o PDT é o partido com votação mais consolidada em São Luís, graças à força da legenda e à militância historicamente aguerrida, capaz de sair das condições mais adversas.

Este blog Marco Aurélio d’Eça tem mostrado desde meados de 2023 que apenas o PDT – com seu candidato Fábio Câmara e a liderança do senador Weverton Rocha – são capazes de quebrar a polarização desejada em São Luís pelo governador Carlos Brandão.

Os números da história estão aí para mostrar.

E eles não mentem, jamais… 

Natal não é o nascimento de Jesus…

Ao contrário do que tentam impor as religiões, o mais provável, segundo os estudos históricos mais respeitáveis – e levando em consideração a hipótese de que o mito bíblico de fato existiu – o nazareno teria nascido em abril ou maio, início da primavera, não em dezembro

 

O mito do nascimento de Jesus nada tem a ver com o Natal, uma festa pagã usada pela igreja de Roma

As Igrejas – católica e evangélica – condenam o consumismo natalino estabelecido pela indústria cultural; mas cometem o mesmo crime ao tentar sacralizar a festa pagã, incentivando a ideia equivocada de que, no Natal, deve-se comemorar o nascimento de Jesus.

Tudo em nome do proselitismo religioso o que, em essência, acaba sendo também uma forma de consumismo – o mercantilismo da fé.

Natal nada tem a ver com o nascimento de Jesus.

Admitindo a hipótese (apenas hipótese) de que Jesus tenha existido, ele não nasceu em dezembro e muito menos no inverno, como mostra o relato de Lucas;  os historiadores mais respeitados e aceitos apontam o nascimento de Jesus no mês de abril, maio ou junho.

– Ainda que se celebre o Natal em dezembro, a data do nascimento de Jesus é desconhecida. É mais provável que tenha sido na primavera (maio-junho) – explica o teólogo e biblicista Russel Philip Shedd, PHd, autor da Bíblia Shedd a mais respeitada tradução da bíblia no Brasil. 

Outra controvérsia entre a Bíblia e a história: Jesus nasceu em Nazaré, não em Belém, como impuseram os evangelistas Marcos e Lucas para conciliar a história do nazareno com o mito da profecia bíblica de Miquéias.

Portanto, quando a igreja “comemora” a morte de Jesus, durante a semana santa – também por interesses meramente  proselitista – deveria, na verdade, comemorar seu nascimento.

A guerra entre Jesus e Papai Noel tem apenas um objetivo: o mercantilismo, do consumo ou da fé

O Natal é uma festa criada pelos povos antigos para comemorar a chegada do Sol, após o inverno rigoroso.

Os povos antigos o comemoravam no dia 25 de dezembro, data do nascimento do deus pagão Mitra; como a igreja necessitava de uma data para comemorar o nascimento do seu símbolo maior, apropriou-se do Natal, festa já muito popular e com cunho religioso por causa de Mitra.

Daí passou a impor como data de festa para Jesus.

Mas a única relação do Jesus com o Natal é o clima de paz, confraternização e alegria que marca a data. Coisa que também o símbolo do Papai Noel representa bem, para despeito das igrejas e dos anti-imperialistas.

Natal é só uma festa, uma época para se divertir, dançar, beber, brincar, se confraternizar, comprar, renovar a casa e sorrir – quer queiram ou não os puristas.

E por si só, já é a melhor época do ano.

É este o verdadeiro espírito do Natal…

Publicado originalmente em 24/12/2009

Fábio Câmara retorna ao Liceu, onde estudou, e se emociona ao rever amigos…

Pré-candidato do PDT a prefeito de São Luís encontrou-se com atuais alunos, conversou com professores e relembrou histórias com antigos funcionários de uma das escolas mais tradicionais da capital maranhense, onde conviveu ao lados dos seus irmãos

 

A homenagem a dona Conceição foi um dos momentos marcantes da visita de Fábio Câmara ao Liceu Maranhense

O pré-candidato do PDT a prefeito de São Luís Fábio Câmara visitou nesta sexta-feira, 22, o Liceu Maranhense, uma das mais tradicionais escolas da capital, onde ele e seus irmãos estudaram; no encontro, conversou com atuais alunos, ouviu professores e se reencontrou com antigos servidores.

Câmara estudou seu ensino médio, antigo 2º Grau, no Liceu, ao lado dos irmãos Rosário, Rosélis e Chico.

– Um local que me desafiou a superar limites. Ao tocar na mão desses garotos e garotas estudantes foi como se tivesse tocando no futuro; assim que me senti – disse o pré-candidato pedetista, que fez questão de levar a todos a rosa vermelha, símbolo de sua campanha a prefeito.

O vídeo mostra a emoção de Fábio Câmara ao revisitar a sua antiga escola do Ensino Médio

No Liceu, Fábio Câmara foi atleta de basquete, junto com o irmão Chico, que foi campeão dos Jogos Escolares Maranhenses.

Um dos momentos mais emocionantes foi a homenagem que fez a dona Conceição, antiga funcionária da cantina.

O pré-candidato do PDT foi recebido com carinho por alunos e professores; “me senti em casa”, disse ele

– Eu mandei chamá-la para prestar essa homenagem por que ela também marcou minha vida escolar. Me senti honrado por ter sido super-aplaudido pelos alunos.  Me senti em casa – ressaltou o ex-vereador.

Câmara tem aproveitado o período de fim de ano e festas natalinas para fazer de sua campanha momentos de confraternização em vários ambientes.

Em todos os lugares ele entrega a rosa vermelha do PDT…

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Era pós-Dino: Brandão parece sem oposição, mas também sem nome para sucedê-lo…

Este blog Marco Aurélio d’Eça inicia nesta segunda-feira, 4, uma série de comentários, análises e projeções sobre as consequências da aposentadoria política do ministro da Justiça – quem ganha e quem perde, novas lideranças que surgem ou ressurgem no cenário, dentre outras questões; a primeira análise mira o govenador, que tem as eleições de 2024 e a de 2026 para consolidar sua liderança e apontar para o próprio futuro

 

Brandão superou a fase em que era apenas um retrato nas mãos de Flávio Dino; mas precisa definir um rumo que lhe garanta futuro político na era pós-Dino

Documentário

“O governador Carlos Brandão (PSB) ficou absoluto no cenário”. Esta é a expressão usada por 10 entre 10 analistas ou lideranças políticas desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

De fato, em um primeiro momento, o governador é a liderança que mais se beneficia da aposentadoria de Dino; ele passa a ser a grande força estadual, sem sombras, sem oposição consistente e com duas eleições para conduzir de forma a consolidar este poder.

Há um problema, porém.

Embora não tenha uma oposição ainda consistente – o senador Weverton Rocha (PDT), o ex-candidato governador Lahésio Bonfim (PSC) ou o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD), precisam marcar posição – Brandão também não tem um nome consistente para sucedê-lo, a menos que já tenha aceitado entregar o mandato ao vice-governador Felipe Camarão (PT), principal herdeiro do dinismo.

Basta entender o recado do deputado federal Márcio Jerry ao jornal O Estado de S. Paulo, neste fim de semana:  – “não dá para sepultar o dinismo. A influência dele vai continuar super forte, viva e organizadora da política.”;  Jerry foi, por muito tempo, uma espécie de lugar-tenente e mentor do próprio Dino.

Há três correntes do brandonismo na era pós-Dino, cada uma com sua visão sobre o futuro político do grupo do governador.

A primeira tem como centro gravitacional os familiares do próprio Brandão – irmãos, primos, sobrinhos…- e defende uma ruptura total com o establishment, lançando um candidato próprio ao governo e elegendo não apenas o sucessor, mas também, senadores e vice em 2026.

Quem?!? a opção única deste campo é a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), que ainda precisa ganhar estatura estadual

A segunda corrente é liderada pelo ex-governador José Reinaldo Tavares e influencia diretamente os corredores administrativos do Palácio dos Leões; para este grupo, Brandão deveria fechar aliança com o prefeito Eduardo Braide (PSD), indicar o vice – falam-se em Orleans Brandão (MDB) – e trabalhar pela eleição de Braide ao Governo em 2026, herdando a prefeitura e ainda elegendo ao menos um dos senadores.

Para isso, no entanto, também precisa permanecer no cargo; e também ficará sem mandato a partir de 2027.

A terceira corrente reúne não apenas familiares de sangue e amigos, mas a família do próprio governador – mulher e filhos; para estes, Brandão deve simplesmente manter o projeto inicial fechado com Flávio Dino, repassar o mandato a Felipe Camarão em 2026 e concorrer a uma das vagas ao Senado.

Garantiria, além do mandato em Brasília, a possibilidade de retorno ao poder em 2030, já que, nestas circunstâncias, Camarão só teria direito a mais um mandato.

Todas essas hipóteses são analisadas a partir do ponto de vista unilateral do brandonismo, sem, obviamente, combinar com os “russos” – ou a oposição, para ser mais preciso.

E também não leva em conta o surgimento de novas lideranças estaduais no pós-Dino.

O que é assunto para outros posts…

Uma exegese* de Henry Kissinger…

Ex-secretário de Estado norte-americano, morto nesta quarta-feira, 29, aos 100 anos, foi – para o bem e para o mal – o maior símbolo do imperialismo ianque desde a guerra fria, deixando uma marca de sangue em todo o mundo, sobretudo na América Latina, onde ajudou a derrubar governos legítimos, apoiou ditaduras sanguinárias e influenciou a cultura

 

Henry Kissinger influenciou o Oriente e o Ocidente com sua visão de mundo a partir do olhar dos Estados Unidos

Ele foi o maior símbolo do imperialismo norte-americano, espalhando guerra e paz na medida das dificuldades apresentadas nos relatórios de conquista ianque mundo a fora; nascid0 alemão e naturalizado americano, Henry Kissinger forjou governos na América Latina, impôs-se diante do comunismo soviético e chinês e influenciou a cultura e o comportamento mundial.

Paradoxalmente, o ex-secretário de Estado morto nesta quarta-feira, 29, ganhou um Prêmio Nobel da Paz, pela negociação da saída dos Estados Unidos do Vietnã, após sangrenta guerra, com diversos episódios de execução violentas de civis no Camboja.

Na América Latina, a partir dos anos 70 e 80, apoiou diversas ditaduras; respondeu aos tribunais internacionais pelo apoio a Augusto Pinochet, no Chile, e por governos similares na Argentina.

No Brasil agiu nas sombras, sobretudo influenciando a cultura e o comportamento durante os governos militares.

A revista IstoÉ venceu o prêmio Jabuti de jornalismo no início dos anos 2000 com a reportagem sobre o Relatório Kissinger, a partir de um Memorando Secreto do secretário Henry Kissinger, em 1974, que resultou em milhões de dólares americanos despejados no Brasil para a esterilização em massa de brasileiras.

– A partir daí, generalizou-se a esterilização por ligadura das trompas. Seu principal mérito: era definitiva. Para justificá-la, o Relatório Kissinger insiste em que, nos países pobres, “o rápido crescimento populacional é uma das causas e consequência da pobreza” – contam , em artigo científico as professoras-doutoras Solange Aparecida de Souza Monteiro e Maria Regina Momesso, do programa de Pós-Graduação da Unesp (Leia a íntegra aqui)

Foi  partir deste “projeto de ligação de trompas em massa” que surgiu no Brasil uma aliança entre “missionários” católicos e batistas na Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil, conhecida popularmente por BEMFAM, uma espécie de agência americana para controle de natalidade nos países latinos.

Heinz Alfred Kissinger nasceu em uma família judia de classe média na Baviera em 27 de maio de 1923. Para fugir da perseguição nazista, a família deixou a Alemanha em 1938 e emigrou para os EUA, onde se juntou à comunidade judaica alemã em Nova York.

Em seu livro “Armas Nucleares e Política Externa”, o diplomata americano propõe o uso deste tipo de recurso de forma controlada criando o conceito de “guerra nucelar limitada”, o que lhe rendeu projeção mundial.

– O grande estadista se vê obrigado, em muitas situações, a tomar decisões isoladas, para o bem de seu povo e da nação. A defesa dos valores morais norte americanos, como ensina Kissinger, exige uma postura firme e decidida do governante, o que é a expressão do espírito ocidental, da igualdade de todos perante a lei e da liberdade de todos pela lei – defendem os pesquisadores Rafael Tallarico e Sirley Brito Ribeiro, no livro “Kissinger e a Ética Ocidental”.

No início dos anos 2000, Kissinger previu que o mundo do Século XXI terá seis potências: Estados Unidos, Europa, China, Japão, Rússia – “e provavelmente a Índia”, escreveu],segundo o artigo “Kissinger e a Nova Ordem Mundial”, do Instituto Liberal. (Saiba mais aqui)

Em 2021, o  ranking da Austin Rating, que mede o pdoer das nações pelo tamanho do PIB, lista Estados Unidos (22,8%), China (17,2%), Japão (5,3,), Alemanha (4,5%), França (3,0%) e Reino Unido (3,0%). A Índia, apontada por ele na sexta, está na sétima; e a Rússia é a 10ª

Como se vê, o oráculo americano permaneceu lúcido até a sua morte.

Para o bem e para o mal…

*Exegese é a prática da Hermenêutica, ciência que estuda a interpretação, compreensão e significado de textos e discursos

O papel de Eliziane Gama no grupo Dino/Brandão em 2026…

Historicamente, senadora é uma das mais leais aliadas do ministro da Justiça desde a primeira eleição de ambos, ainda em 2006, e tem hoje, em nome de Dino, papel fundamental na articulação dos projetos do governo Lula no Congresso Nacional; mas tem passado ao largo das discussões sobre a sucessão do governador Carlos Brandão, quando será época de também renovar o mandato nas urnas

 

Dino cativou Eliziane ao longo de 17 anos de mandatos; e o homem torna-se totalmente responsável por aquilo que cativa

Pensata

A postura da senadora Elziane Gama (PSD) com o ministro da Justiça Flávio Dino é de absoluta lealdade ao longo dos 17 anos de carreira política de ambos; neste período, ela teve momentos de esplendor, mas também sofreu revezes em nome dele.

E nunca se afastou do projeto dinista, cumprindo um papel de aliada incondicional em todos os momentos da vida pública; foi assim em 2026, 2008, 2010, 2012, 2014, 2016, 2018, 2020 e 2022.

O titular deste blog Marco Aurélio d’Eça – que mantém relação de parceria com a senadora desde sua entrada na política, ainda em 2006, aliança anterior até mesmo à época de faculdade de Jornalismo, que ambos cursaram – por várias vezes criticou essa dependência política de Eliziane Gama em relação a Flávio Dino.

Em 2015, num destes momentos, Eliziane entra em conflito com Dino após pedir a saída da então titular da Cultura, Ester Sá Marques, registrado neste blog Marco Aurélio d’Eça no post “Crise na Cultura pode definir futuro de Eliziane no grupo de Flávio Dino…”

E, 2017, após novamente disputar a Prefeitura de São Luís sem o apoio de Dino – e vê o grupo do então governador massacrá-la na campanha – este blog Marco Aurélio d’Eça registrou outro momento de crítica, no post “Eliziane cada vez mais próxima de Flávio Dino…”

O atual é outro destes momentos.

O papel que Eliziane Gama cumpre para Dino no Senado Federal e no governo Lula (PT) – sacrificando sua própria relação institucional com a igreja Assembleia de Deus, já desgastada desde 2018 – é para ser levado em conta pela vida do ministro.

Mas a despeito dessa lealdade de Eliziane, Flávio Dino não parece incluí-la no projeto de poder para além de 2022.

Hoje novamente irmanado com o senador Weverton Rocha (PDT), tendo o vice-governador Felipe Camarão (PT) como opção – e sem querer se afastar definitivamente do governador Brandão (PSB) – Dino tem um palanque pronto para 2026 no Maranhão.

Nas conversas com interlocutores de Dino, de Weverton e de Brandão, este blog Marco Aurélio d’Eça faz sempre um questionamento quando se fala da chapa para 2026, que inclui Felipe Camarão para o governo, Weverton e Brandão como candidatos ao Senado, tendo o agora ministro André Fufuca (PP) como outra opção para a chapa.

– E o papel de Eliziane neste projeto, qual será?!? – pergunta o blog Marco Aurélio d’Eça em todas as conversas; e o próprio blog responde, para surpresa dos interlocutores:

– Seria natural que a senadora ocupasse a vaga de vice de Camarão, reunindo assim a chapa completa que esteve junta nas eleições de 2018.

Mas esta é uma outra história…

Por que São Luís não pode ter um prefeito preto?!?

Jornal O Imparcial estampa em sua primeira página da edição desta segunda-feira, 16, o desejo do ex-vereador Fábio Câmara de ser o primeiro prefeito negro da capital maranhense, debate que precisa ser travado nas eleições de 2024, quando São Luís completará 412 anos sem que nenhuma pessoa de cor tenha sido eleita para c0mandar seus destinos

 

Recorte da capa de O Imparcial que trouxe a entrevista de Fábio Câmara: importante debate a ser travado nas eleições de 2024

Análise da Notícia

O jornal O Imparcial estampa em sua edição desta segunda-feira, 16: “Fábio Câmara quer ser o primeiro prefeito negro de São Luís”.

Para além da pretensão do ex-vereador, que busca a chancela do PDT para concorrer às eleições de 2024, o assunto trazido à baila por O Imparcial, mas do que uma análise, requer forte reflexão e uma pergunta: por que São Luís não pode ter um prefeito preto?.

– Não é que eu tenha que ser prefeito pelo fato de ser negro! Eu sou um negro que quer, também, contribuir com suas irmãs e irmãos, pretas e pretos, no processo de auto identificação positiva mostrando aos que têm a nossa pele, a nossa etnia e a nossa história de que “sim, nós podemos”. A narrativa falaciosa de que nós somos invisíveis, periféricos e minoria, não é fato! É Fake! – declarou Fábio Câmara a O Imparcial, citando ninguém menos que o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama.

Na entrevista – que não tratou de questões raciais, mas de política, é preciso estabelecer – o “pré-pré-candidato pedetista”, como ele mesmo gosta de se definir, falou de outro negro ilustre, o ex-presidente da África do Sul, o lendário Nelson Mandela.

– Parafraseando Nelson Mandela, tornar-me suplente de deputado estadual, tornar-me suplente de deputado federal e obter um pouco mais de 3% como candidato a prefeito não representas derrotas que eu acumulei, porque na minha mente e no meu coração eu alimento a minha vida com a crença de que “eu nunca perco! Ou eu ganho ou eu aprendo!” – finalizou o pedetista.

O próprio Câmara citou duas ilustres mulheres negras que estiveram á frente da prefeitura – Lia Varella, na década de 90, e Esmênia Miranda, vice do atual prefeito Eduardo Braide (PSD) – mas nenhuma delas foi eleita como prefeita.

Por que isso ocorre é o debate que precisa ser travado na sucessão municipal…