Iracema Vale recebe agricultores durante o “Grito da Terra” na Assembleia

Ato, organizado pela Fetaema, em ação conjunta com todos os 214 sindicatos filiados à entidade, passou pela  Assembleia, com a presença do deputado Roberto Costa, e chegou até o Palácio dos Leões, onde foi recebido pelo governador Carlos Brandão

A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), recebeu, na manhã desta terça-feira, 23, caravanas de trabalhadores rurais e representantes do movimento ‘Grito da Terra – Maranhão 2024’. O ato foi organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão (Fetaema), em ação conjunta com todos os 214 sindicatos filiados à entidade.

O movimento, que se iniciou às 5h, na entrada da Alema, reuniu agricultores familiares, mulheres trabalhadoras rurais, jovens do campo, assalariados rurais, assentados da reforma agrária, que reivindicaram maior atenção do Governo do Estado para com as comunidades e as famílias do meio rural maranhense, principalmente no que diz respeito às políticas públicas voltadas ao tema.

A chefe do Parlamento Estadual afirmou que o objetivo do ato é ampliar o diálogo com os movimentos sociais e reforçar as articulações em torno de políticas públicas para os agricultores.

“É extremamente importante dar voz aos trabalhadores do campo. A Casa do Povo está aberta para ouvir suas demandas, pois reconhecemos que os trabalhadores rurais são a verdadeira força por trás da produção de alimentos e do crescimento econômico do nosso estado”, afirmou Iracema Vale.

Também presente ao ato, o deputado Roberto Costa (MDB) defendeu o fortalecimento da agricultura familiar.

“É importante destacar a sustentabilidade da produção e manejo dos alimentos pela agricultura familiar, que respeita a biodiversidade e os recursos naturais. Além disso, promove o fortalecimento das comunidades ao formar teias solidárias e agroecológicas de produção, que garantem o abastecimento dos mercados locais”, explicou o parlamentar.

Para a presidente da Fetaema, Ângela Silva, a manifestação foi expressiva devido à participação maciça dos trabalhadores rurais que, juntos, pediram mais atenção para a classe. Também foi um marco por ter sido a primeira vez que o movimento recebeu apoio logístico e foi recebido pelo Parlamento.

“Cerca de 5 mil pessoas demonstraram o poder de organização e mobilização da nossa categoria e, sobretudo, pelo sentido maior do ‘Grito da Terra – Maranhão’, que é uma manifestação de caráter de cobrança por direitos, de proposição, de negociação e principalmente de politização da categoria”, disse.

Após o ato na Assembleia Legislativa, os trabalhadores rurais seguiram em marcha até o Palácio dos Leões, no Centro Histórico de São Luís.

Zé Carlos representa bancada do PT no Grito da Terra, no Senado

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Zé Carlos, na Mesa do Senado, representando o PT…

O deputado Zé Carlos representou a bancada de deputados federais do PT, nesta sexta-feira, 22,  na sessão solene que homenageou a 21ª edição do “Grito da Terra Brasil”.

Promovido pelo Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais (MSTTR), o “Grito da Terra Brasil” é um evento que reúne anualmente, em Brasília, milhares de pessoas de todo o país, como líderes rurais, agricultores familiares, assalariados rurais, entre outros.

No seu discurso, o parlamentar maranhense arrancou palmas da plateia quando declarou apoio incondicional a todas as reivindicações que os trabalhadores e trabalhadoras do campo apresentaram à Presidenta Dilma Rousseff no último dia 15.

...E na tribuna da Casa, em discurso

…E na tribuna da Casa, em discurso

Com um mandato voltado fortemente para procurar solucionar os problemas da área rural, Zé Carlos disse que a melhoria da qualidade de vida do homem do campo tem sido sua principal bandeira de luta na política.

– A melhoria da vida do homem do campo tem sido minha principal bandeira de luta desde que passei a fazer política partidária. Melhoria de vida, no campo, em todas as áreas: na educação; na saúde; na assistência técnica para garantir e fortalecer a agricultura familiar; na facilitação para obtenção de créditos pelos pequenos agricultores e, de modo geral, na concretização de uma reforma agrária que dê condições dignas para o assentado – afirmou o deputado.

Após recitar parte do poema “Morte e Vida Severina”, do falecido poeta João Cabral de Melo Neto, Zé Carlos ressaltou que “apesar de belo, o poema retrata um quadro triste que não queremos mais para o brasileiro que vive da sua roça”.

– Não queremos mais fome no campo. Não queremos mais ignorância no campo. Não queremos, no campo, mais mortes por doenças facilmente curáveis. Não queremos, no campo, que os trabalhadores assalariados sejam mal pagos ou se submetam ao trabalho escravo. Não queremos mais atraso tecnológico no campo. Não queremos, no campo, falta de cultura, mas que os brasileiros que no campo vivem e trabalham tenham acesso a cinema, a teatro, a balé, à poesia – finalizou Zé Carlos.