Os policiais militares extrapolaram todos os limites do bom-senso em seu acampamento na Assembléia Legislativa.
As imagens que ilustram estes textos – publicadas originalmente por Matias Marinho e Gilberto Léda – mostram o desrespeito e a falta de valor que os militares dão a símbolos que lhe deveriam ser caros.
Desde ontem, eles agridem a própria imagem da PM com atitudes que nada têm a ver com a greve, que deveria ser levada em clima de serenidade e respeito.
Primeiro, armaram redes nos mastros em frente ao prédio da Assembléia, uma agressão ao principal alvo de respeito na vida militar: a bandeira brasileira.
Como se vê na imagem, a bandeira do Maranhão está a meio-mastro, outra agressão à liturgia institucional, já que não têm autoridade para manipulá-la.
Pior: com a complacência letárgica do comando da Assembléia Legislativa.
Na Assembléia, nenhum cidadão pode entrar se estiver trajando bermudas. Militares circulavam hoje pela manhã – inclusive na área interna da Casa – de bermudas, chinelos e até camisetas.
Na Assembléia, também é proibida a entrada de carros de som. Os seguranças da casa, é bom que se diga, ainda tentaram impedir a circulação deste tipo de carro, mas foram ameaçados pelos grevistas.
Outra demonstração de falta de autoridade do comando da Assembléia.
O hall da Assembléia se transformou em palco para partidas de damas e dominó; bancos e cadeiras são usados como camas e palanques.
Para tentar amenizar a situação, a única ação do comando da Casa foi evacuar o prédio… mas da presença dos funcionários – como se os grevistas precisassem ficar mais à vontade.
E assim segue o movimento paredista dos bombeiros e policiais militares.
Que eles mesmos vão transformando em deboche…