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Um Brasil que ninguém quer…

Ao admitir à GloboNews um golpe de estado, caso entenda haver anarquia no Brasil, o vice da chapa de Jair Bolsonaro, General Mourão, acena com um país de volta aos anos de chumbo, quando muitos morreram apenas por discordar do governo

 

ELE NÃO TOMA JEITO. Enquanto Bolsonaro faz gesto de armamento em hospital, seu vice já admite golpe militar no Brasil

 

O candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, general Mourão, admitiu, em entrevista à Globo News, que pode haver um autogolpe com apoio das forças armadas, se eles sentirem que há anarquia no Brasil. (Leia a matéria aqui)

A tradução óbvia é: se eles considerarem que há convulsão social, fecham o Congresso e o STF; e o Exército vai pras ruas.

E qualquer um que for contra, leva cacete e cadeia.

Este é o problema: o que para Bolsonaro e seus soldados pode ser considerado uma anarquia?

Nos anos de chumbo da Ditadura – quando o Brasil também foi escravizado por militares – qualquer manifestação crítica contra o governo era considerado ultraje.

E muitos morreram por causa disso.

Agora, quando se vê que um auxiliar de um possível presidente diz estar preparado para fechar tudo, a população que não segue o rebanho precisa ficar alerta.

Porque este é o Brasil que ninguém quer…

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Maranhense que atuou na 2ª Guerra ainda espera anistia do governo…

Ruy Moreira Lima: para a FAB, um subversivo

É maranhense um dos três pilotos da Força Aérea Brasileira que lutaram na 2ª Guerra Mundial e ainda estão vivos.

Natural de Colinas, o major-brigadeiro Ruy Moreira Lima só conseguiu esta patente em 1992. E hoje, aos 92 anos, ainda espera a patente de tenente-coronel-brigadeiro.

A história de Ruy Moreira Lima começa em uma pequena fazenda, no interior de Colinas, em 1934, quando ele decidiu seguir para o Rio de Janeiro e estudar no Colégio Militar.

– No dia 6 de outubro de 1944 entramos em combate. Eu completei 94 missões na Europa. Em três delas, quase morri – conta o brigadeiro, hoje morador do Rio de Janeiro e torcedor fanático do Fluminense.

De volta ao Brasil, o ex-combatente foi nomeado comandante da Base Aérea de Santa Cruz, em 1962, às vésperas do golpe militar. Paradoxalmente, foi exatamente o golpe militar o que mais lhe prejudicou. Fiel aos princípios do pai, de que “um soldado jamais conspira contra a pátria”, o brigadeiro não apoiou a revolta e foi cassado pelo regime militar.

Preso três vezes pela Ditadura, torturado e cassado, o maranhense foi também proibido de voar.

Em 1992, o piloto foi, finalmente, pomovido a major-brigadeiro. Mas a promoção a tenente-coronel ele ainda espera.

Enquanto isso, mantém o vigor físico com caminhadas pelo Bairro Peixoto, no Rio.

Sempre ao lado da mulher, Julinha, de 88 anos…

Leia Também:
“Os últimos subversivos” – revista IstoÉ.