Programas de enfrentamento entre os postulantes à prefeitura – sobretudo o da TV Mirante – têm critérios que impedem a participação de alguns candidatos, e uma delas é a pontuação em pesquisa; por isso surgem institutos de fundo de quintal para tentar habilitar este ou aquele interessado
Editorial
Nas últimas semanas, surgiram entre os institutos de pesquisa tradicionais do Maranhão – alguns dos quais nunca se havia ouvido falar – fazendo levantamentos de todo tipo e apresentando números da corrida pela Prefeitura de São Luís totalmente discrepantes entre si.
Muitos destes institutos surgiram por estas bandas pela primeira vez nesta campanha:
- o Instituto Luneta divulgou apenas uma pesquisa, ainda em outubro de 2023; (Relembre aqui)
- apareceu por aqui também um tal Instituto 100% Cidades-Participação LTDA; (Relembre aqui)
- outro instituto inédito na capital surgido nesta campanha é o Instituto Veritá; (Reveja aqui)
- e por último surgiu, do nada, nesta semana, um Instituto Solução Consultoria. (Saiba aqui)
Pra fazer festa do desempenho deste ou daquele candidato nestas pesquisas de gaveta é preciso entender o porquê delas nesta época: o objetivo é forçar nos debates a participação de quem não atende aos requisitos facultados pela Justiça Eleitoral às empresas promotoras deste eventos, sobretudo o da TV Mirante.
O debate da Mirante ocorre em 3 de outubro e tem participação garantida para apenas cinco candidatos:
- Eduardo Braide (PSD);
- Duarte Júnior (PSB);.
- Fábio Câmara (PDT);
- Flávia Alves (SDD);
- Franklin Douglas (PSOL).
Estes cinco candidatos são filiados a partidos que têm um número mínimo de representantes na Câmara Federal exigido pela legislação;.
Por este critério, estão fora do programa – como também estão fora da propaganda eleitoral – os candidatos Wellington do Curso (Novo), Dr. Yglésio (PRTB) e Saulo Arcangelli (PSTU).
Mas algumas emissoras – a TV Mirante entre elas – abrem pelo menos uma vaga a um dos candidatos sem representação; basta que atinja, ao menos, 5% das intenções de votos; por isso a profusão de pesquisas ao bel prazer, para tentar gerar um fato consumado e convencer a emissora.
Acontece que a Mirante usa como referência para análise dos participantes a pesquisa do Instituto Quaest, exclusiva da emissora.
Neste caso, os números dos institutos de fundo de quintal precisam, ao menos, se aproximar dos números reais do Quaest.
E não adianta tirar pesquisas da gaveta…