Candidato do Solidariedade diz que a manipulação de pesquisas visa apenas salvar a eleição do candidato a senador do Palácio dos Leões, Flávio Dino, em quem Carlos Brandão se pendura por não ter personalidade própria
Simplício não poupou Brandão e foi mais um candidato a mostrar, após pesquisas, a incompetência e o despreparo do governador-tampão
O candidato do Solidariedade ao Governo do Estado, Simplício Araújo, foi outro dos postulantes ao Palácio dos Leões a criticar duramente as pesquisas de intenção de votos.
Segundo ele, a manipulação dos números do IPEC (ex-Ibope), divulgados nesta terça-feira, 20, na TV Mirante, tem o objetivo apenas de salvar a candidatura de senador do ex-governador Flávio Dino (PSB).
– O desespero aumenta na “chapa” do atual governador. Além de requentar apoio de uma determinada entidade empresarial, declarada, desde janeiro, agora Carlos Brandão tenta salvar a eleição de Senado. No Maranhão quem não ganha a eleição no primeiro turno, perde também o senado – avaliou Simplício.
Ao classificar de poste o candidato do governo,Simplício disse que, nem mesmo nesta condição – a de poste de Flávio Dino – Brandão venceria uma eleição majoritária; o candidato critica também o despreparo e a falta de ações do governador-tampão.
– Até hoje ele não apontou um “prego” que tenha verdadeiramente colocado no Maranhão nos últimos 7 anos. Com muita luta, fiz mais em Pedreiras que ele em Colinas, pra não falar no Maranhão todo – provocou.
Instituto que pertencia à tradicional família carioca Montenegro decidiu encerrar suas atividades em 2021, após sucessivos erros crassos em levantamentos eleitorais, que minaram a confiança em pesquisas. O IPEC surgiu pelas mãos de Márcia Cavallari, antiga CEO do instituto fechado; e agora segue os mesmos métodos do antecessor
Ipec e Ibope são frutos da mesma árvore e apresentam os mesmos métodos na divulgação de pesquisas, sempre vinculadas a poderosos
Análise histórica
Mais antiga empresa de pesquisas do Brasil, com quase 80 anos, o Instituto Ibope fechou as portas em 2021, após uma série de revezes em levantamentos eleitorais, sobretudo nas eleições de 2018 e 2020.
Oficialmente, a empresa da tradicional família Montenegro, do Rio de Janeiro, decidiu encerrar as atividades após o fim do licenciamento do Ibope Inteligência à inglesa Kantar, que, em 2015, já havia comprado a Ibope Media, braço que apura a audiência das TVs. (Saiba mais aqui)
Mas a decisão de fechar as portas se deu pela perda crescente de credibilidade em suas pesquisas, que vinha se repetindo desde 2002, na primeira eleição de Lula presidente.
Historicamente vinculada à Rede Globo, o Ibope mantinha contrato com suas afiliadas no estado; e repetia os mesmos erros das pesquisas nacionais, sob o comando da presidente Márcia Cavallari.
Em forte editorial, o jornalista Ricardo Marques elenca os erros históricos do ibope no Maranhão
Naquela época, o instituto da Globo – que sempre trabalhou a favor das castas empoderadas no Palácio dos Leões – apontava vitória de Roseana Sarney (MDB) em primeiro turno, mas a eleição foi decidida em um difícil segundo turno, com fortes suspeitas de fraudes no resultado final.
Cafeteira e Roseana nas eleições de 1994; pleito marcado por fortes suspeitas de fraude foi manipulado por informações erradas do Ibope
Já em 2006, em nova disputa de Roseana, o antigo Ibope, hoje IPEC, apontava vitória em primeiro turno da então senadora com 73% dos votos; a disputa não apenas foi para o segundo turno como também foi vencida pelo pedetista Jackson Lago.
Em 2012, o Ibope – que agora se chama IPEC – mostrou, às vésperas do primeiro turno, que o então prefeito João Castelo (PSDB) chegaria com 33% dos votos, contra apenas 18% de Edivaldo Júnior (PDT).
Edivaldo venceu o primeiro e também o segundo turno, derrotando Castelo, candidato dos palácios.
Mas o maior erro do Ibope no Maranhão se deu em 2018 – e pode ser um dos resultados que influenciaram no fechamento da empresa.
Às vésperas daquela eleição, o instituto carioca contratado pela TV Mirante, afiliada da Globo, cravou que a eleição de senador seria vencida por Edison Lobão (MDB), com 27%, e por Sarney Filho (PV), que teria 26%.
Segundo o instituto, Weverton Rocha (PDT) ficaria em 5º lugar, com 11%.
Um dia depois de divulgar levantamento com 800 eleitores sem indicar locais pesquisados, instituto apresenta lista que mostra nada menos que 192 entrevistados na capital maranhense e nos municípios de São José de Ribamar e Paço do Lumiar, onde se concentrou o grosso da campanha de Brandão
O Instituto IPEC divulgou nesta quarta-feira, 24, quase um dia depois de divulgar os números de sua pesquisa na TV Mirante, a lista com os municípios onde os 800 eleitores foram pesquisados.
A partir desta lista é possível constatar que o instituto concentrou seu levantamento na região da Grande São Luís.
Foram nada menos que 192 entrevistas na capital maranhense e nos municípios de Paço do Lumiar e São José de Ribamar; isso representa exatos 24,5% do total de entrevistas.
Foram 144 eleitores pesquisados em São Luís, 32 em São José de Ribamar e 16 em Paço do Lumiar.
Procuradoria da República vai investigar denúncias de favorecimento à construtora maranhense Engefort, acusada de fraudar licitações na Codevasf e que, só no Maranhão, recebeu quase R$ 100 milhões em obras
O próprio ex-secretário Clayton Noleto anunciou obras em favor da Engefort, acusada de fraudar licitações em todo o país
O PSOL apresentou à Procuraodria-Geral da República, nesta terça-feira, 12, denúncia contra a empreiteira maranhense Engefort, acusada de fraudar licitações no governo Jair Bolsonaro (PL).
A empresa, que é de Imperatriz, também atuou no governo Flávio Dino/Carlos Brandão (ambos do PSB), onde ganhou obras de mais de R$ 60 milhões, desde 2019.
Segundo denúncia do jornal Folha de S. Paulo, a Engefort usava uma empresa de fachada para fraudar as concorrências no governo Bolsonaro, sobretudo na Codevasf, onde ganhou mais de 70% das licitações, em vários estados.
A representação do PSOL pede que sejam investigadas as relações da empreiteira – e seus sócios – com o presidente Jair Bolsonaro, com o ex-ministro do desenvolvimento Regional, Marcelo Moreira, e com o presidente da Codevasf.
Maranhense Engefort tem vencido todas as licitações do Governo Federal usando empresa de fachada em nome de familiares de seus sócios; e ganhou obras também no governo maranhense, anunciada pelo próprio ex-secretário Clayton Noleto
Placa e máquinas da Engefort anunciando obras do governo Flávio Dino na MA-020; empresa é suspeita de fraudar licitações no governo Bolsonaro
A empreiteira maranhense Engefort Construtora e Empreendimentos, denunciada nacionalmente por suspeita de fraudes em licitações no governo Jair Bolsonaro (PL), atuou também no governo maranhense, e realizou obras na gestão de Flávio Dino (PSB), que continuam sob a gestão do governador-tampão Carlos Brandão (PSB).
De acordo com denúncia do jornal Folha de S. Paulo, a Engefort já tem garantidos no governo Bolsonaro nada menos que R$ 640 milhões, dinheiro vencido em concorrência única ou na companhia de sua “irmã” de fachada.
No Maranhão, a a empreiteira atuou na obra de recuperação da MA-020, no trecho entre Coroatá e Vargem, Grande, conforme mostra twitter do ex-secretário de Infraestrutura Clayton Noleto.
Clayton Noleto anuncia no Twitter, ainda em 2020, as obras da MA-020 e anuncia licitação de R$ 70 milhões para a MA-006
Na mesma época, respondendo a internautas, Noleto anuncia “Edital de licitação para investimentos de R$ 70 milhões na MA-006”.
A Engefort atua principalmente na Codevasf; das 99 concorrências de pavimentação da Codevasf realizadas em 2021 por meio de um tipo de licitação simplificada chamada pregão eletrônico, que ocorre de forma online, a a empresa venceu 53.
E foi a única que participou de todas as concorrências…
Divulgação de números manipulados por interesses de contratantes e fraudes na aplicação dos questionários estão na mira de juízes e membros do Ministério Público; e devem levar a uma mudança de postura dos institutos nas eleições de 2022
As pesquisas fake manipulam a vontade do eleitor e fraudam o processo eleitoral; Justiça Eleitoral estará de olho nelas
Uma força-tarefa está sendo montada na Justiça Eleitoral com um objetivo definido para as eleições de outubro: o maior controle na fiscalização de pesquisas eleitorais.
O objetivo é banir do cenário político as pesquisas fake, manipuladas por interesses de contratantes para beneficiar ou prejudicar determinados candidatos.
Na semana passada, a Justiça barrou duas pesquisas – dos institutos DataIlha e MBO – por irregularidades na aplicação dos questionários; após conseguir derrubar a decisão judicial, DataIlha publicou seus números, que apresentaram intensas discrepâncias em relação às pesquisas aprovadas no Tribunal Regional Eleitoral.
O objetivo da Justiça Eleitoral e do Ministério Público é impor maior rigor na liberação de pesquisas e exigir uma mudança de postura dos institutos de pesquisas, a fim de garantir o balizamento de cenários mais reais para o eleitor.
Só deverão permanecer em atividades institutos com conduta absolutamente ilibada na relação com as pesquisas.
Alunos foram convocados por comissão que inclui OAB e Ministério Público Federal e terão que provar terem direito às vagas disponíveis para afrodescendentes e indígenas e podem perder o direito de estudar e até mesmo o diploma, no caso dos já formados
Alguns dos alunos denunciados por fraude nas cotas raciais da Ufma: autodeclarados pretos com características de brancos
A Universidade Federal do Maranhão convocou 352 alunos de seus cursos – alguns já formados – para provar o direito de entrar na faculdade por intermédio das cotas raciais disponíveis.
Esses alunos e ex-alunos são suspeitos de fraudar as cotas e estão sendo investigados desde 2020, quando foram denunciados, inclusive pelo blog Marco Aurélio D’Eça.
A investigação aberta na Ufma descobriu o que a OAB-MA e o Ministério Público Federal chamam de “afrodescendência de conveniência”, quando brancos utilizam medidas cosméticas para se apagar por negros.
– Até bronzeamento artificial, cacheamento de cabelos e mudanças no aspecto do nariz são feitos para fraudar as cotas – revelou relatório da Comissão de Hétero-identificação criada pela Ufma.
– Entre os estudantes de Medicina denunciados, a maioria entrou como “autodeclarado preto ou pardo” ou “candidatos pretos ou pardos”. Pelas fotos, pode-se constatar que a maioria é branca, bem nascida; e boa parte é de fora do Maranhão – disse o blog, à época.
Caso não consigam comprovar sua identidade racial, esses estudantes serão expulsos dos cursos ou terão os diplomas cancelados.
Além disso, deverão responder criminalmente perante a Justiça Federal…
Ainda no ano passado, o deputado revelou liminares suspeitas dadas pelo magistrado em favor de estudantes de fora do estado para garantir vaga no curso de Medicina da Uema em Caxias
O deputado César Pìres (PV) ressaltou na tribuna da Assembleia a investigação que o Tribunal e Justiça abriu contra o juiz Sidarta Gautama, de Caxias. Pires é autor de denúncias contra Gautama, suspeito de conceder liminares irregulares de transferência de alunos para a Uema de Caxias.
– Naquela época, recebemos denúncias de professores e estudantes da Uema em Caxias, que nos relataram que a transferências de alunos por decisão judicial sobrecarregaram o curso de Medicina em todos os aspectos, tanto estrutural quanto em recursos humanos, prejudicando a qualidade do ensino – lembrou César Pires.
Contra Sidarta Gautama pesam acusações graves de irregularidades na concessão de liminares nas quais alunos que não passaram pelo tradicional processo seletivo da Uema foram matriculados no Curso de Medicina (Campus Caxias).
O juiz concedeu 17 decisões com o mesmo argumento: os estudantes que pediam transferência sofriam de doenças psicológicas e distância da família.
– Agora parabenizo também o Tribunal de Justiça, por cortar na própria carne e abrir investigação para apurar a conduta do juiz – enfatizou.
Dinheiro do Governo Federal que deveria ajudar as pessoas sem renda suficiente durante a pandemia de coronavírus beneficiou já falecidos e até funcionários públicos de todos os níveis no estado
Nada menos que 1,3 mil mortos receberam o auxílio emergencial do Governo Federal no Maranhão.
O dinheiro, que vem sendo pago desde abril, foi uma forma de garantir aos que não têm renda suficiente um recurso a mais durante o período em que as atividades estiveram paralisadas no Brasil.
Mas o auxiliou acabou abastecendo até mesmo contas bancárias de servidores públicos federais, estaduais e municipais.
As irregularidades constam de auditoria preliminar encaminhado aos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU).
E ainda podem aumentar, diante do cruzamento com outras fontes de dados…
Titular da 2ª Vara, respondendo pela 1ª Vara, juiz Francisco Ferreira de Lima suspendeu tanto os pregões quanto as tomadas de preços determinados pelo prefeito Luiz Filho, em apenas 15 dias de mandato
Luiz Filho com o pai, Luiz da Amovelar: 15 dias de gestão e problemas coma Justiça
O juiz da 2ª Vara, respondendo pela 1ª Vara, Francisco Ferreira de Lima, determinou na última terça-feira, 17, a suspensão de todas as licitações da Prefeitura de Coroatá, na gestão do prefeito Luiz Filho (PCdoB), que acaba de completar os primeiros 15 dias.
O juiz atendeu a petição do escritório Amorim, Galdino & Moura, que alegaram falta de acesso de empresários locais aos editais de concorrência.
Na decisão, o juiz suspendeu tanto os pregões quanto as tomadas de preços determinadas por Luiz Filho.
Os advogados tentaram ter acesso aos editais de forma administrativa, tentando garantir a igualdade dos participante. Não tiveram sucesso. Ajuizaram Mandado de Segurança, pedindo a suspensão de todas as licitações.
O juiz Ferreira Lima determinou ainda que a Prefeitura de Coroatá disponibilize imediatamente os editais das licitações.