TRE-MA atrasa julgamento de fraudes em cota de gênero

De forma estranha, tribunal eleitoral maranhense é o único do país que descumpre determinação do TSE e do CNJ e protela injustificadamente o julgamento dos partidos que são acusados de fraudar as candidaturas de mulheres e se beneficiar eleitoralmente em 2022

 

O presidente do TRE-MA José Luiz Almeida até tenta dar celeridade à corte, mas seus pares não parecem muito preocupados com isso

Opinião

O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão é o único TRE do país que vem descumprindo a normativa do Tribunal Superior Eleitoral para que sejam julgados, de forma célere, todos os processos envolvendo fraudes em cota de gênero nas eleições de 2022.

No Maranhão, são acusados de fraudar essas cotas – o que beneficiou diretamente seus candidatos masculinos eleitos em 2022 – o Podemos, o União Brasil e o PSC; esses partidos foram denunciados pelo PSB, PSD, MDB e PSDB.

A mesma prática ocorreu em diversos estados do país, mas a maioria já teve os processos julgados e os eleitos por fraude cassados.

Aqui no Maranhão, o caso se arrasta silenciosamente; há uma insuspeita tentativa de protelar o caso por parte dos acusados, diante da vista grossa os juízes do TRE.

Esta semana deveria ocorrer a apresentação das alegações finais das partes, mas os relatores dos casos aceitaram, extemporaneamente, inclusão de novas testemunhas quando o processo já está em fase de alegações finais.

Foi mais uma clara manobra protelatória.

A situação é tão gritante que os partidos autores das ações estudam apresentar denúncias à corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral e ao Conselho Nacional de Justiça.

Pior: o presidente da corte eleitoral maranhense já havia dito que o TRE quer ser o primeiro no cumprimento das metas estabelecidas.

Com esta conivência toda de seus pares, é pouco provável que consiga…