R$ 34 milhões a menos para as prefeituras em julho…

Cutrim prepara medidas contra quebra de acordo do govenro federal

Cutrim prepara medidas contra quebra de acordo do govenro federal

As cidades do Maranhão serão penalizadas com a perda de R$ 34 milhões que deveriam ser depositados, no dia 10 deste mês (sexta-feira), pelo Governo Federal nas contas das prefeituras, referentes ao aumento de 0,5% do Fundo de Participação dos Municípios.

A informação foi divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e comunicada nesta terça-feira (07) à Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM).

Em 2014, durante o evento municipalista, ficou acordado com o Governo Federal, tendo sido aprovado pelo Congresso Nacional, o aumento de 1% do FPM dividido, inicialmente, em duas partes – 0,5% em 2015 e 0,5% em 2016.

A promulgação da Emenda Constitucional 84, que disciplinou o acordo, ocorreu em dezembro do ano passado e, desde então, prefeitos e prefeitas aguardam o repasse visando amenizar a crise financeira pela qual passam todas as cidades brasileiras.

Perdas

Somente no primeiro semestre, de acordo com levantamento divulgado pela FAMEM, os municípios maranhenses foram prejudicados com a perda de cerca de R$ 38 milhões do FPM.

A proposta inicial era de que o primeiro repasse de 0,5% seria feito sobre o total da arrecadação dos dois tributos que compõem o FPM (Imposto de Renda e Imposto Sobre Produtos Industrializados) e levando em consideração o período de junho de 2014 a junho de 2015. Portanto, com base nesse acordo, o Governo Federal repassaria aos municípios brasileiros R$ 1,9 bilhão, sendo que as cidades maranhenses seriam beneficiadas com cerca de R$ 68 milhões.

No entanto, o Governo, ao enviar a proposta ao Congresso, alterou a redação do artigo 3º da Emenda, reduzindo a base de cálculo de doze para seis meses, acarretando um déficit de 50% do valor acordado – R$ 954 milhões a nível de Brasil e R$ 34 milhões a nível de Maranhão.

Medidas

O presidente da FAMEM, prefeito Gil Cutrim (São José de Ribamar), esteve em Brasília, esta semana, conversando com dirigentes da CNM e de outras entidades municipalistas.

Eles enviaram ao Governo Federal ofício solicitando audiência, em caráter de urgência, com os ministros da Fazenda e da Casa Civil, pedido este que, até esta terça-feira, não havia sido atendido.

Os dirigentes municipalistas, como forma de evitar a penalização dos municípios com o descumprimento do acordo, defendem que o restante do repasse seja depositado em forma de Apoio Financeiro Aos Municípios (AFM), como já realizado em anos anteriores pela União.

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Municípios têm contas zeradas com queda no repasse do FPM…

 

Marreca: preocupação com queda no FPM

Vários municípios do Maranhão acabaram sem nenhum tostão do Fundo de Participação em suas contas, devido à queda no repasse da primeira cota de setembro, 26% abaixo do que havia sido depositado no mês anterior.

Com a queda na cota do FPM, o desconto compulsório dos parcelamentos do INSS acabou deixando as contas municipais praticamente zeradas.

– A nossa grande preocupação é com as contas a pagar no restante do mês, principalmente porque essa primeira cota é sempre a maior. Agora, o que a FAMEM sugere aos colegas prefeitos é cautela e, principalmente, prioridade ao pagamento do funcionalismo público municipal – orientou o presidente da Federação dos Municípios, Júnior Marreca (PV).

Segundo o líder municipalista, a queda do FPM já era esperada, e se estimava na casa dos 25%, o que acabou se confirmando. O maior problema dos prefeitos é com o parcelamento dos débitos do INSS.

Esta queda é nacional, e vem sendo registrada sistematicamente.

Em todo o país, a distribuição da primeira parcela girou em torno dos R$ 1,6 bilhão, quando se esperava um valor bruto de pouco mais de R$ 2 bilhões.

A segunda cota será depositada dia 20 na conta das prefeituras…