Com o poderoso cacife do controle da máquina do Palácio dos Leões, governador vem ocupando cada vez mais espaços de poder e dando as cartas na mesa de negociações para formação da chapa que vai disputar governo e Senado
Ensaio
Até o início deste 2024, nenhum analista político – este blog Marco Aurélio d’Eça incluído – acreditava que o governador Carlos Brandão (PSB) alcançasse as condições para controlar a própria sucessão em 2026.
Aqui mesmo neste portal foram diversos os posts apontando um Brandão encurralado pelas forças que o elegeram e sem aliados de peso para impor seu pensamento:
- em 8 de agosto de 2023 este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “Encruzilhada à frente para Brandão em 2024…”;
- três meses depois, em 2 de novembro, o post falava de “O projeto hegemônico de Flávio Dino para 2026…”;
- e apenas sete dias depois outro post: “Brandão e Flávio Dino nunca mais serão os mesmos…”.
- em dezembro, novo post: “Brandão parece sem oposição, mas sem nomes para sucedê-lo…”
Mas todas estas análises partiam do princípio de que seria o agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino – onde ele estivesse – quem daria as cartas na sucessão, emparedando o governador e forçando-o a seguir seu plano hegemônico. (Entenda aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)
Essa história começou a mudar a partir de maio, quando Brnadão alcançou as condições para conduzir o processo político que desembocaria no projeto eleitoral, o que foi registrado neste blog Marco Aurélio d’Eça sob o titulo “De como Brandão tenta criar canal próprio de articulação com Lula…”.
Ele conseguiu:
- se Flávio Dino tinha ele próprio acesso a Lula e ao PT; Brandão agora tem o Sarney;
- se os dinistas têm o próprio Flávio Dino no STF; Brandão agora tem Nunes Marques;
- se Dino tinha Felipe Camarão e Weverton para 2026, Brandão tem Orleans e Iracema;
Aliado histórico de Flávio Dino e tido como alternativa do grupo dinista para 2026, o senador Weverton Rocha (PDT) já tinha, ele próprio, uma visão clara do que seria o Maranhão político após a ida do ex-governador para o STF, como foi registrado no post “‘Todo mundo no mesmo patamar’, diz Weverton sobre ida de Flávio Dino para o Supremo…”.
O problema é que, numa briga em que todos são do “mesmo top”, vence quem tem as melhores armas ao seu dispor.
E hoje é Brandão quem comanda os Leões da praça Pedro II…