Os novos caminhos de Brandão para 2026…

A batalha entre dinistas e brandonistas pelo comando da Assembleia Legislativa antecipou a consolidação do racha entre o governador e o ministro do STF Flávio Dino; e agora limita o Palácio dos Leões a apenas duas escolhas na sucessão estadual

 

JOGO ANTECIPADO. Brandão mantém o controle da sucessão, mas agora sabendo quem são os adversários e só com duas escolhas-chave para decidir-se até 2026

Em 26 de julho de 2024 este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “De como Brandão agora controla o jogo da sucessão em 2026…”, para mostrar que as articulações do governador deram a ele as condições para tocar da forma que quisesse sua sucessão estadual.

Em 8 de outubro de 2024 este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “Dinismo começa a ser varrido do Maranhão”, logo após o pleito eleitoral – no qual Brandão comemorou expressiva vitória nas urnas.

Brandão alcançou as condições para conduzir o processo político que desembocaria no projeto eleitoral [de 2026]”, foi a premissa comum a ambos os textos.

Mas os dinistas não estavam mortos. 

Os dois empates seguidos de 21X21 na batalha pelo controle da Assembleia Legislativa, na última quarta-feira, 13, mostraram que os aliados do agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino têm articulação, força e poder de pressão tanto quanto o Palácio dos Leões.

Precipitado o racha, Brandão saiu vencedor e mantém o controle da sucessão, mas agora com apenas dois caminhos possíveis:

  • 1 – ele pode conseguir acordo com seu vice Felipe Camarão (PT) – sabe-se lá como – para que os dois renunciem e concorram ao Senado, tornando Iracema Vale governadora e candidata à reeleição;
  • 2 – ou ele permanece no cargo até o final do mandato, e lança um candidato para enfrentar as outras forças que já se articulam para a mais dura eleição dos últimos 30 anos no Maranhão.

Alguns observadores da cena política apontam ainda uma terceira opção para o governador: apoiar o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) e sua possível chapa de centro-direita.

Mas aí já seria visto como desespero…

Batalha da Assembleia põe fim oficial à relação de Carlos Brandão e Flávio Dino

Ação coordenada de dinistas, aliados de Josimar de Maranhãozinho e outras lideranças de oposição ao Palácio dos Leões tinha como objetivo encerrar o governo; e chegaram a comemorar a vitória, o que só não ocorreu pelo prestigio pessoal da presidente Iracema Vale

 

QUEM TRAIU QUEM?!? Atrás de Carlos Lula, Iracema é cercada por Leandro Bello, David Brandão, Florêncio Neto, Dr. Yglésio, Glalbert Cutrim e Cascaria

“O governo Brandão acaba hoje!!!”

Esta expressão foi repetida dezenas de vezes durante toda a manhã da quarta-feira, 13, nos bastidores da Assembleia Legislativa, não apenas por aliados do ex-governador Flávio Dino, mas por parlamentares ligados a outras lideranças.

Àquelas alturas, Othelino Neto (Solidariedade) tinha convicção da eleição para presidente da Assembleia Legislativa, por uma quantidade estimada entre 23 e 25 votos.

  • a batalha da Assembleia Legislativa foi a tentativa-ápice de derrotar o Palácio dos Leões e declarar o fim do governo Carlos Brandão (PSB);
  • os “rebeldes” só não tiveram o sucesso efetivo por que a própria Iracema Vale (PSB) – e não o governo – usou seu prestígio pessoal no caso.

O primeiro empate em 21X21 – que surpreendeu todo mundo, e mais ainda os que estavam orquestrando a vitória de Othelino já na primeira votação – veio no fim da manhã; e o que se seguiu depois dele foi um festival de desastradas ações dos agentes brandonistas, com xingamentos, ameaças e pressão, que só pioraram as coisas. 

Restou a Iracema usar seu próprio prestígio para minimizar o estrago, garantir o empate e ser declarada vencedora por idade.]

Do fato, tiram-se duas conclusões óbvias:

  • 1 – apesar de proibido pelo cargo que ocupa, o ministro Flávio Dino faz política, faz pessoalmente e faz com competência e poderes absurdos;
  • 2 – resta a Brandão agora realinhar seu governo e mostrar força, sem ameaças, mas com ações e diálogos, no que tem falhado claramente.

A primeira batalha campal foi perdida, mas o empate assustou a classe política e, no mínimo, estancou a peregrinação de prefeitos para o barco do Palácio dos Leões, o que tornaria Brandão imbatível em 2026. 

Não há dúvidas que Brandão fará mudanças de rumo no governo e começará a desenhar sua própria cara a partir de agora; mas para isso, é fundamental uma comunicação ágil, efetiva e dinâmica, o que não ocorre hoje com conceitos arcaicos e ultrapassados da gestão da Secom.

Brandão precisa mudar para governar e, sobretudo, decidir sobre 2026, caso contrario, será engolido por dinistas, maranhãozistas, braidistas, wevertistas e outros que pareciam alinhados.

Eles agora mostraram a cara….

Resultado da eleição na Assembleia aponta claramente para 2026…

Com dois empates seguidos de 21X21, a deputada Iracema Vale é considerada reeleita por ter mais idade que o ex-presidente Othelino Neto, num resultado que mostra claramente as dificuldades do governo Brandão em dialogar com a Casa; oposição dinista mostra recall para a sucessão estadual

 

PELO REGIMENTO. Iracema e Othelino tiveram a mesma votação, mas Iracema foi declarada vencedora por ter mais idade que o adversário

Na mais acirrada eleição da história da Assembleia Legislativa, a deputada Iracema Vale (PSB) foi considerada reeleita presidente da Casa após registrar dois empates em 21X21 com o deputado Othelino Neto (Solidariedade).

Mais do que uma insatisfação dos deputados com o governo, o resultado reflete a força da chamada oposição dinista e aponta problemas na articulação do governo em duas frentes:

  • 1 – vítima de uma comunicação arcaica e ultrapassada, o Governo do Estado não sabe dialogar com a base e com a população;
  • 2 – o Palácio dos Leões tem dificuldade de construir relações por que feitas na base da pressão, da ameaça e da retaliação.

Não há dúvidas de que este pleito terá impacto em 2026.

Isso fica evidente nas respostas dos próprios personagens da disputa – Iracema Vale e Othelino Neto – à pergunta específica deste blog Marco Aurélio d’Eça sobre a influência do resultado na sucessão estadual:

Nosso adversário se articulou bem e tem gente muito forte no Brasil ao seu lado, gente forte atuando; mas mesmo assim vencemos; nunca me senti tão feliz em ser mais velha”, declarou, referindo-se ao fato de ter sido declarada vencedora pela idade.

Embora não tenha citado nomes, Iracema Vale referiu-se claramente ao poder do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, a quem a maior parte da oposição maranhense ainda rende graças; Othelino é aliado de primeira hora do ex-governador, mas para ele o sinal para 2026 é outro:

a Assembleia deu um recado claro ao governo de que precisa ser livre, precisa ser respeitada como poder; ninguém confia em ninguém neste governo e esta desconfiança só tende a aumentar”, disse o parlamentar.

Uma das influências diretas será a repactuação e o realinhamento político entre governo, Assembleia, classe política e parlamentares.

É isso ou um caos se organizando no horizonte…

A nostalgia dos herdeiros de Flávio Dino…

Como que em uma ação coordenada, aliados do ex-governador publicaram em sua redes sociais lembranças de posses em cargos públicos desde o início do período de mando do agora ministro do Supremo Tribunal Federal

 

SAUDADES ETERNAS!!! Márcio Jerry e Rodrigo Lago lembram momentos do início e da consolidação do dinismo no Maranhão

Chamou a atenção deste blog Marco Aurélio d’Eça postagens em série nas redes sociais de expoentes do chamado ex-dinismo no Maranhão.

  • o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) relembrou sua posse como secretário de Comunicação no início da gestão Edivaldo Jr. em São Luís;
  • o deputado estadual Rodrigo Lago (PCdoB) fez menção à sua chegada à chefia da Casa Civil do governo Flávio Dino (PCdoB), em 2018;
  • já o também comunista Júlio Mendonça preferiu citar Nieztchie, na mensagem enigmática “Sextou! O que não nos mata, nos fortalece!”.

Um lembrança de 2013 no #TBT de hoje. Aí sendo empossado pelo prefeito Edivaldo Holanda Jr. Secretário de Comunicação de nossa capital São Luís. Momento importante em minha jornada. Viva!”, postou Jerry.

 

O #tbt de hoje é para lembrar de 2018, assinando o termo de posse como Secretário-Chefe da Casa Civil do Governo Flávio Dino”, ressaltou Lago.

Toda quinta-feira é dia de relembrar o passado nas redes sociais, o chamado #TBT.

Os comunistas lembraram da época de ouro do dinismo no Maranhão, que começou exatamente em 2012, quando o agora ministro do Supremo Tribunal Federal abriu mão de concorrer à Prefeitura de São Luís para apoiar Edivaldo, que deu a ele as condições para chegar ao governo.

As postagens ocorrem na mesma quinta-feira, 7, em que este blog Marco Aurélio d’Eça fala de outro herdeiro do dinismo, agora mais alinhado ao brandonismo, o deputado federal Duarte Jr. (PSB), em texto que relembra outro, mais duro para os aliados de Dino: “Dinismo começa a ser varrido do Maranhão…”. 

  • Compõem ainda o grupo dinista no Maranhão os deputados estaduais Leandro Belo (Podemos), Carlos Lula (PSB) e Othelino Neto (Solidariedade). 

Em tempo e no assunto: o governador Carlos Brandão (PSB) só deve iniciar uma pequena reforma no governo a partir do final de janeiro.

Provavelmente lá para depois das eleições na Assembleia, na Câmara e na Famem.

É um bom tempo, ainda…

PT empareda Brandão e diz que é hora de receber o apoio dos demais partidos…

Em documento-balanço das eleições 2024, partido defende a candidatura de Felipe Camarão a governador, reafirma o apoio ao atual governo, mas fala de consolidar o legado de Flávio Dino; e aponta como prioridade a reeleição do presidente Lula

 

FELIPE CAMARÃO 2026. O PT quer receber de volta dos partidos da base do governo Brandão o apoio histórico dado a eles pela legenda

A Executiva Estadual do PT maranhense divulgou nesta sexta-feira, 25, documento com o balanço das eleições de 2024; o conteúdo, no entanto, reclama para o partido, em 2026, o apoio histórico dado a outras legendas nas eleições para o Governo do Estado.

Olhando para o futuro, em 2026, será a vez dos partidos apoiados pelo PT devolverem o apoio a nossa sigla, considerando a importância da alternância de poder e a construção de um projeto político duradouro e inclusivo no Estado”, declarou o documento, para completar:

Por isso mesmo, o Partido é unânime na defesa do projeto Felipe Camarão Governador”. (Leia aqui a íntegra da Resolução do PT)

Em síntese, o balanço do PT, intitulado “O processo eleitoral de 2024 e as perspectivas para o PT no estado do Maranhão”, trabalha quatro eixos principais:

  • 1 – balanço das eleições municipais de 2024;
  • 2 – o PT precisa ser grande como é o lulismo;
  • 3 – o papel das redes sociais nas eleições;
  • 4 – . Os desafios para o PT e o governo Brandão.

O partido não vê o resultado das eleições municipais como derrota para o partido e culpa as legendas aliadas pela eleição d e apenas dois prefeitos no maranhão.

“Necessário considerar que as candidaturas do PT/MA foram sufocadas pelos partidos aliados do governo Lula e do governo estadual. Em consequência disso, das 22 candidaturas para prefeitos e prefeitas, o PT foi vitorioso em Codó e Brejo, passando de 01 para 02 prefeituras”, diz o documento.

Mesmo expondo seus ressentimentos eleitorais, desafiando os partidos aliados à recíproca do apoio em 2026, o PT deixa claor qeu não pretnede antecipar o debate. e dá um recado sobre a possível entrada de novos militantes:

Somos cientes da necessidade de abrirmos o Partido para entrada de lideranças com o perfil adequado a representar nosso Programa de defesa da classe trabalhadora. Abrir é diferente de inchar, de aglutinar sem critério e/ou sem qualidade.”

Aguarda-se repercussão do conteúdo…

Candidato de Flávio Dino, Ney Bello fica fora do STJ…

Desembargador federal, amigo de infância e um dos principais conselheiros do ministro do Supremo Tribunal Federal foi rejeitado pelos membros da corte, em uma derrota que já vinha sendo anunciada

 

FORA DA LISTA. Flávio Dino não conseguiu emplacar o amigo Ney Bello no STJ

Tido como um dos favoritos para a vaga, o desembargador federal Ney de Barros Bello Filho nem sequer conseguiu entrar na lista tríplice formada nesta terça-feira, 15, para escolha do novo ministro do Superior Tribunal de Justiça.

  • Ney Bello é amigo infância, colega de escola e aliado político do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino;
  • o desembargador também contava com outro padrinho de peso, o também ministro Gilmar Mendes, do mesmo STF.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já havia publicado em 29 de julho o post “Ministros podem barrar o candidato de Flávio Dino no STJ…”.

A rejeição a Ney Bello se dá por causa de uma suposta tentativa sua de evitar que o Senado sabatinasse os dois candidatos escolhidos pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022; os ministros do STJ souberam que o maranhense circulou pelo Senado tentando convencer parlamentares até a devolver a lista tríplice à Corte, o que foi considerado uma afronta”, contou este blog, à época, com, base em ampla reportagem do jornal O Globo.

Essa ação do desembargador federal se deu, segundo a reportagem, por que ele esperava entrar na lista tríplice da época, mas acabou ficando de fora.

A vitória de Lula em 2022 e a chegada de Dino ao STF eram vistas como ampliação das chances de Bello.

Mas o ministro foi derrotado novamente…

Nem existem rosas…

Análise histórica do rompimento ente o ministro do STF Flávio Dino e o governador Carlos Brandão, com suas causas e consequências e o contexto político histórico sobre situações políticas parecidas no Maranhão

 

Flávio Dino de um lado, Brnadão de outro, num momento político de reacomodação do grupo0 que dominou a política maranhense por meros 10 anos

Por Joaquim Nagib Haickel

Quando eu era apenas um jovem mancebo com pretensões de entrar para a lide política, ouvi falar em um artigo que se tornou célebre na história da política maranhense. Esse artigo é coisa do tempo em que a política ainda tinha algum valor. Escrito por Zé Sarney, “Quando as rosas começam a murchar”, cujo conteúdo era duro, sacramentava o rompimento entre ele, que era naquele momento senador e havia sido governador, e o então governador Pedro Neiva de Santana.

Até por volta dos anos 1970, 1980, ainda se podia dizer que a política era coisa que se praticava apenas com o aval de um fio de bigode, coisa que nos últimos anos do século passado caiu em completo desuso e parece que não mais voltará a moda.

Se o rompimento político já foi coisa para acontecer de forma cavalheiresca, por menos cavalheiresca que a política possa ser, hoje em dia os rompimentos têm menos pompa e circunstância, mesmo que sejam mais velados e recheados de sorrizinhos amarelos, constrangidos tapinhas nas costas e fotos desconsoladas.

De quando as rosas começaram a murchar até hoje, muitos rompimentos políticos aconteceram, alguns até bem mais polêmicos que o do citado “buquê”, como foi o caso do estridente rompimento entre Castelo e Sarney, pelo primeiro não aceitar Albérico Ferreira como seu sucessor na transição de mandato, do sutil e muito velado rompimento de Cafeteira e Sarney, quando o então governador não aceitou Sarney Filho para sucedê-lo, e o mais explosivo de todos, o de Zé Reinaldo com Sarney, que causou o começo do fim da hegemonia do grupo do maior político da história do Maranhão.  

É importante observar que em todos esses rompimentos Sarney estava envolvido, pois ele era o líder hegemônico do Estado.

O que estamos vivenciando agora é o prelúdio de um rompimento surdo, feito de gestos pontuais, coisas muito próprias dos estilos de seus contendores.

Mas antes de falarmos do rompimento propriamente dito, acredito ser necessário falarmos das causas e das raízes dele. Continue lendo aqui…

Em dois anos, Brandão varreu o dinismo do seu governo

Não há mais nenhum representante genuíno do ex-governador Flávio Dino na estrutura de poder do atual governo maranhense, o que pode significar, prematuramente, o fim do ciclo de poder iniciado em 2014 pelo agora ministro do Supremo Tribunal Federal

 

O Flávio Dino que pensou “varrer” o sarneysismo do maranhão acabou vendo seu legado varrido no governo Brandão

Análise de conjuntura

Uma das mais icônicas falas do ex-governador Flávio Dino em sua posse no primeiro mandato, em 2014, dizia que ele iria “varrer o sarneysismo do mapa do Maranhão”; mas ao final do seu segundo mandato, em 2022, Dino não apenas mostrava fracasso em sua empreitada como revelava uma forte dependência do próprio sarneysismo.

O atual governador Carlos Brandão (PSB), vice de Dino nos dois mandatos, nunca fez nenhuma promessa messiânica, nunca acenou com perseguição a A ou B e muito menos “varrer” isso ou aquilo do Maranhão; mas ele só precisou de dois anos para varrer do seu governo toda a representação do dinismo.

Sem alarde, sem maiores querelas, o dinismo está completamente fora do governo Brandão, hoje representado por expoentes da velha guarda, como Sebastião Madeira, Rubens Pereira,  Aparício Bandeira, Luiz Fernando Silva e José Reinaldo Tavares.

Mas o que deu errado para o grupo Flávio Dino?!?

Crítico contundente do período dinista, este blog Marco Aurélio d’Eça reconheceu, ainda em 2018, que era de Flávio Dino o mérito pela mudança radical na política do Maranhão; isso foi tratado no post “Um ponto para Flávio Dino…”.

Não fosse sua vitória em 2014, não se teria jovens como Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD) no Senado, e outros como Duarte Jr. (PSB) disputando a Prefeitura de São Luís; tanto que chegou-se a imaginar um ciclo de 20 anos de poder para o dinismo no Maranhão.

O próprio prefeito Eduardo Braide (PSDF) é fruto da ascensão do dinismo e sua oxigenação da política.

Mas se os meninos do dinismo renovaram a política, também não conseguiram mostrar consistência no diálogo da era pós-Dino; seus discípulos deram com os burros n’água no embate com os veteranos de Brandão.

Este blog Marco Aurélio d’Eça também já disse que o governador Carlos Brandão tem o controle da própria sucessão, ainda que com alguma turbulência aqui e ali.

Nada que possa abalar seu projeto para 2026…

Flávio Dino impede STF de apreciar caso do TCE-MA

Ministro utiliza-se de prerrogativa para tirar o processo da pauta que ele mesmo pediu, o que impede a Assembleia de retomar o processo de escolha do novo conselheiro da Corte de Contas

 

Brandão tem segurado a volta de Camarão à Seduc; Flávio Dino mantém controle sobre caso TCE-MA

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino utilizou-se de uma prerrogativa nesta sexta-feira, 16, que pode ser vista como artifício para manter indefinida a escolha do novo conselheiro do TCE-MA.

O próprio Dino havia pedido pauta para julgamento da matéria no Pleno, a partir desta sexta-feira, 16, mas retirou o processo antes de os colegas ministros começarem a apreciá-lo.

Entenda o caso:

  • Uma vaga de conselheiro do TCE-MA está aberta desde fevereiro;
  • À época, a Assembleia iniciou a escolha do novo conselheiro;
  • O candidato favorito é o advogado Flávio Costa, ligado a Carlos Brandão (PSB);
  • O Solidariedade entrou com Ação no STF e Flávio Dino suspendeu a escolha;
  • Desde então, o caso se arrasta no Supremo Tribunal Federal.

 A decisão tomada por Flávio Dino se dá em meio às dúvidas em relação ao retorno do vice-governador Felipe Camarão (PT) à Secretária de Educação; exonerado desde o dia 8 de julho, Camarão nunca foi readmitido pelo governador Carlos Brandão (PSB).

Este blog Marco Aurélio d’Eça já ouviu – tanto de gente ligada a Flávio Dino quanto de aliados de Brandão – que o governador condiciona a readmissão de Felipe à resolução do caso TCE-MA.

Esta informação que circula nos bastidores não tem confirmação oficial.

Mas, se for verdade, o gesto de Flávio Dino seria mais um “não” a Brandão?!?