Lideranças dos partidos que apoiam o governador Carlos Brandão tentam criar condições para evitar que o prefeito Eduardo Braide vença as eleições em primeiro turno; e sabem que, apenas com Duarte Júnior, o cenário de 2020 deve ser repetido
Análise da notícia
A imagem acima seria impensável há um ano atrás, quando o vereador Paulo Victor (PCdoB) elegeu-se presidente da Câmara Municipal em um pleito antecipado.
À época, o nome de Victor foi automaticamente alçado à condição de pré-candidato a prefeito, mas o presidente do PCdoB, Márcio Jerry, antecipou-se em apresentar-se também como possível postulante.
O termo passou, o vereador comunista cresceu politicamente e hoje já figura nas pesquisas de intenção de votos; e ontem sentou com Márcio Jerry para receber a garantia do PCdoB de que pode continuar buscando a viabilização.
A decisão de Jerry tem razão de ser.
A cúpula do governo Carlos Brandão (PSB) e o grupo ligado ao ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) já entenderam que a performance do deputado federal Duarte Júnior (PSB) – embora na casa dos 20% – não é suficiente para o enfrentamento ao prefeito Eduardo Braide (PSD).
Por uma questão simples: Duarte não agrega um só setor da classe política, que o detesta.
E com ele à frente o resultado já está desenhado: Braide vitorioso em primeiro turno ou, no mínimo, repetindo 2020, e se reelegendo, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça em post anterior, com o título, “Braide alcança quase 50% dos votos em São Luís…”.
Além de Paulo Victor, o governo trabalha outros nomes, por que, no entender, de Carlos Brandão, “Duarte não se ajuda”.
E assim como já adiantou este blog Marco Aurélio d’Eça, o governador vai continuar estimulando os aliados preferidos, mas também tentando convencer Flávio Dino de que há uma chance aberta com o vice-governador Felipe Camarão (PT).
Até lá, a situação continuará como está…