Após dois anos, governo Brandão reconhece fracasso do ferry boat José Humberto…

Em portaria assinada ainda no mês de dezembro, Emap revoga a autorização para a operadora da embarcação continuar a atuar na travessia entre São Luís e Cujupe – após inúmeros casos de ameaça a integridade dos passageiros – alegando, só agora, “reiteradas falhas na concessão do serviço”

 

Era assim, com risco até de incêndio, que o ferry boat José Humberto navegava na maioria das vezes pela baía de São Marcos

Após dois anos de problemas, várias tentativas de enganar a população e diversos casos de riscos aos usuários em alto mar, o governo Carlos Brandão (PSB) finalmente admitiu a incapacidade do ferry boat José Humberto operar na travessia entre São Luís e Cujupe.

A Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) publicou nesta quarta-feira, 10, a Portaria 02704/2023, assinada desde o dia 22 de dezembro, em que caça a autorização da empresa Rodofluvial Banav, que opera a embarcação; a Emap alega “reiteradas falhas na concessão do serviço”.

O ferry boat José Humberto foi trazido pelo governador Carlos Brandão do Pará, ainda durante a campanha eleitoral de 2022, em meio ao caos no serviço de travessia da baía de São Marcos; este blog Marco Aurélio d’Eça apontou, desde sempre, que a embarcação não tinha condições de operar no Maranhão, mesmo diante da insistência do governo. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Diante dos riscos a que os usuários estavam expostos – e a insistência do governo em manter o ferry boat – o caso foi parar na Justiça, com ações da Promotoria do Consumidor, logo impedidas pelo procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau, fortemente ligado ao governador.

Por causa deste tipo de ação – e de outas mais – Nicolau responde a um procedimento no Conselho Nacional do Ministério Público que pode afastá-lo do exercício da função.

Brandão foi eleito em 2022, assumiu em 2023 e o José Humberto continuou a apresentar vários problemas, sempre escondidos ou negados pela Emap, dirigida por um parente do governador, Gilberto Lins; a própria Emap chegou a suspender as atividades, após rachaduras no caso, mostradas em vídeo neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Constatada desde a primeira inspeção, rachadura já ameaça partir ferry José Humberto…“.

Diante de tantos problemas – gastos milionários com a insistência no uso da embarcação – e negativas púbicas, o governo faz agora o que devia ter feito há dois anos.

E este blog Marco Aurélio d’Eça, mais uma vez, orgulha-se de cumprir seu dever social…

Emap quer usar dinheiro do Porto do Itaqui para recuperar serviço de ferry boat…

Em reunião a portas fechadas com deputados estaduais  na Assembleia Legislativa, presidente da empresa Gilberto Lins disse que está esperando autorização do Ministério dos Portos e Aeroportos para uso do recurso, contou que pelo menos três novas embarcações chegarão em breve ao sistema e revelou ainda que o helicóptero de R$ 7,7 milhões alugado por ele está servindo até para resgate de usuários dos ferry em alto mar

 

O helicóptero de R$ 7,7 milhões usado por Gilberto Lins: resgates espetaculares em alto mar que ninguém sabe, ninguém viu

O presidente da Empresa maranhense de Administração Portuária (Emap), Gilberto Lins, revelou nesta segunda-feira, 23, em audiência a portas fechadas com deputados estaduais na Assembleia Legislativa, que está aguardando autorização do Ministério dos Portos e Aeroportos para usar dinheiro do Porto do Itaqui na recuperação do serviço de ferry boat.

Sob intervenção do Governo Estadual desde 2021, o serviço de travessia entre São Luís e Cujupe entrou em colapso, com embarcações sucateadas e riscos aos usuários; o Porto do Itaqui é um dos maiores arrecadadores do estado, e é esse dinheiro que Lins quer usar.

Ainda durante a audiência com os parlamentares, o presidente da Emap revelou que a empresa ServiPorto está prestes a trazer um novo ferry boat para a travessia São Luís/Cujupe; além disso, segundo ele, outras duas embarcações serão adquiridas pelo governo.

Com as embarcações caindo aos pedaços, Gilberto Lins quer usar dinheiro do Porto do Itaqui para recuperar o ferry boat

Helicóptero de milhões

Uma das revelações mais emblemáticas levadas por Gilberto Lins aos deputados diz respeito ao helicóptero de R$ 7,7 milhões que ele e os diretores da Empa usam; o presidente da Emap garantiu aos parlamentares que a aeronave tem sido usada até para fazer transporte de pacientes resgatados das embarcações em alto mar.

O preço do helicóptero é alto, segundo Lins, exatamente por dispor dos equipamentos para resgate em alto mar.

– Já fizemos ao menos 20 desses transportes – revelou ele, segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eca.

Não há registro público de nenhum desses resgastes revelados aos deputados…

Senadora Ana Paula cobra explicações para caos no serviço de ferry boat

Suplente do ministro da Justiça Flávio Dino e mulher do secretário Othelino Neto, parlamentar que tem base eleitoral na Baixada Maranhense declarou que o presidente da Emap, o baiano Gilberto Lins, precisa dar um posicionamento ao povo maranhense

 

Com base na Baixada e usuária do serviço de ferry boat, Ana Paula Lobato cobrou explicações da Emap para o caos na travessia ente São Luís e Cujupe

A  senadora maranhense Ana Paula Lobato (PSB) cobrou do presidente da Emap, empresa que administra o serviço de ferry boat no Maranhão, explicações para o caos na travessia entre São Luís e Cujupe.

Ana Paula é mulher do secretário de Representação em Brasília, deputado estadual Othelino Neto (PSB), e suplente do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB); mas seu posicionamento se dá como representante da Baixada Maranhense, ela que tem base eleitoral em Pinheiro.

– Problemas enfrentados por milhares de usuários maranhenses – disse a senadora.

A partir do feriadão de Nossa Senhora Aparecida, o serviço de ferry boat entrou novamente em colapso, enquanto o presidente da Emap Gilberto Lins usa um helicóptero de quase R$ 8 milhões para se deslocar dentro e fora do maranhão.

A senadora cobrou explicações sobre irregularidades na gestão dos terminais de Cujupe e de São Luís, na administração das embarcações e na prestação de serviços.

Nem o governo, nem a Emap se manifestaram até o momento sobre o colapso dos erviço de ferry boat…

Ferry boats apodrecem e chefões da Emap passeiam em helicóptero de R$ 8 milhões…

Sistema de transporte na travessia entre São Luís e Cujupe está em colapso desde o início de 2022, o que não impediu que o atual presidente da empresa que administra o serviço – ao invés de investir na modernização – pagasse aluguel de aeronave para circular em viagens sabe-se lá par aonde

 

Os ferry boats que circulam em São Luís estão todos assim, apodrecidos e com riscos de rachaduras em alto mar

O helicóptero usado por Gilberto Lins da Emap, enquanto os ferry boats apodrecem no meio do mar do Maranhão (imagem: marrapa.com)

Editorial

O presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária, Gilberto Lins, é o responsável por trazer, do Pará para São Luís, o ferry boat José Humberto, uma embarcação de 40 anos, caindo aos pedaços, que ele insiste em manter na travessia entre São Luís e Cujupe, desde quando presidia a Agência de Mobilidade (MOB).

Estranhamente, quando passou a presidir a Emap, Lins ganhou do parente Carlos Brandão (PSB) o controle do mesmo serviço de ferry boat; e continuou mantendo o José Humberto em operação, mesmo com todos os riscos de causar uma tragédia em alto mar maranhense.

Todo o sistema de travessia entre São Luís e a baixada está em colapso, sucateado desde a intervenção do então governador  Flávio Dino (PSB), que tirou as empresas prestadoras do serviço e o abandonou, situação mantida no governo Carlos Brandão.

Mas nem esta situação fez Gilberto Lins repensar o aluguel de um helicóptero por R$ 7, 7 milhões, aeronave que ele usa para se deslocar para cima e para baixo.

Enquanto os usuários sofrem na travessia da Baía de São Marcos, o presidente da Emap e seus diretores voam no conforto do helicóptero pago com o dinheiro do cidadão maranhense.

Sob a mordaça de promotores de Justiça, proibidos pelo procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau, de continuar a investigar o serviço de ferry boat.

E a capitania dos Portos também parece estar embolsada pelo governo…

Imagens do dia: A tragédia anunciada dos ferry boats em São Luís…

Alertado desde meados de 2022, o governo Carlos Brandão insiste em manter em atividade a embarcação chamada José Humberto, pondo em risco a população que faz a travessia entre a capital maranhense e a Baixada; além deste, o ferry São Gabriel também apresentou problemas na travessia nesta terça-feira, 17

 

O ferry José Humberto deu nova pane em pleno domingo, 15 e precisou ser rebocado para chegar a seguro no porto

…Já a embarcação batizada de São Gabriel encalhou nesta terça-feira, 17 e também precisou ser rebocada

O governo Carlos Brandão vem sendo alertado desde meados e 2022 sobre os riscos aos quais a população usuária do serviço de ferry boat está sujeita, sob sua responsabilidade; este blog Marco Aurélio d’Eça, por exemplo, já postou diversas vezes situações de risco e ameaças. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui e também aqui)

mas o governador e sua equipe – agora a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) – ignoram solenemente todos os alertas.

No último domingo, 15, o ferry José Humberto, todo remendado, apresentou falha mecânica pela enésima vez e precisou ser rebocado. (Saiba mais aqui)

Já nesta terça-feira, 17, outra embarcação que faz a travessia São Luís Cujupe, o ferry São Gabriel, também precisou de reboque, após encalhar na Baía de São Marcos. (Entenda aqui)

Os episódios vêm se repetindo ao longo dos anos, com ameaça clara aos usuários dos erviço.

E sob a vista grossa do Capitania dos Portos e do Ministério Público…

Obras das torres da TIM na Ponta da Espera e no Cujupe serão lançadas no sábado

Segundo o ministro Juscelino Filho, medida resolve problema histórico e garante mais conectividade aos passageiros. Os dois terminais também terão Pontos de Inclusão Digital viabilizados pelo MCom

 

Será lançada, no próximo sábado (2), a implantação da rede móvel 5G e 4G da TIM nos Terminais da Ponta da Espera, em São Luís (MA), e do Cujupe, em Alcântara (MA). Na prática, será dado início às obras de construção das torres da operadora, uma de cada lado da Baía de São Marcos. O evento ocorrerá na Ponta da Espera, a partir das 9h, com a presença do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do governador Carlos Brandão, de representantes da TIM e autoridades locais.

“Esse avanço é fruto de mais uma ação coordenada pela nossa gestão à frente do Ministério das Comunicações, em parceria com o Governo do Maranhão, para garantirmos mais conectividade para os maranhenses. A expectativa é de que o sinal da operadora esteja disponível a partir de outubro, resolvendo um problema histórico naquela região e dando mais comodidade aos passageiros que utilizam o serviço de ferry boat”, afirmou o ministro Juscelino Filho.

O governador Carlos Brandão celebrou a parceria.

“Com a chegada de mais estas novidades, vamos avançar no atendimento aos usuários para que a cada dia eles possam se sentir mais confortáveis”, disse. Mario Girasole, vice-presidente da TIM, acrescentou: “essa iniciativa reforça nosso compromisso em ampliar a cobertura e qualidade da rede em regiões estratégicas do país, proporcionando uma experiência digital cada vez mais completa e eficiente para nossos clientes”.

Pontos de Inclusão Digital – Ainda de acordo com Juscelino Filho, o Ministério das Comunicações vai doar computadores para a instalação de Pontos de Inclusão Digital (PIDs) nos Terminais da Ponta da Espera e do Cujupe. A iniciativa faz parte do programa Computadores para Inclusão, do MCom, que recondiciona máquinas velhas e entrega equipamentos novos para escolas e instituições da sociedade civil.

“Nesses PIDs, milhares de pessoas que passam pelos dois terminais poderão ter acesso a serviços digitais, por exemplo, enquanto aguardam a travessia. Além de promover a conectividade e a inclusão digital, essa iniciativa tem um viés sustentável de extrema importância, já que esses computadores disponibilizados para a população deixaram de virar lixo eletrônico. Estamos com essa ação em todo o país”, finalizou Juscelino.

Da assessoria

Mesmo remendado pela Emap, ferry boat José Humberto não pode navegar…

Embarcação que apresenta problemas desde sua chegada a São Luís está agora com o Registro Especial vencido no Tribunal Marítimo, o que o impede de fazer a travessia entre São Luís e Cujupe; esse problema explica o fato de o Governo do Estado anunciar sua volta aos mares, na segunda-feira, 14, mas retirar o release de circulação já na terça-feira, 15

 

Secom de Brandão chegou a encaminhar notícia sobre a volta do José Humberto, depois apagada dos blogs, agora sabe-se o porquê

O blog do jornalista Isaias Rocha trouxe na manhã desta quarta-feira, 16, com exclusividade, uma notícia que pode explicar o fato de a comunicação do governo Carlos Brandão (PSB) ter retirado de circulação informação referente ao retorno ao mar do ferry boat José Humberto apenas um dia depois de repassá-las aos parceiros de mídia.

Segundo Rocha, mesmo após remendo do casco feito por determinação da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), a embarcação conhecida por “ferry velho” ainda não pode voltar a fazer a travessia entre São Luís e Cujupe por ter o Registro Especial Brasileiro (REB) vencido no Tribunal Marítimo desde o dia 31 de julho.

O blog Marco Aurélio d’Eça publicou nesta terça-feira, 15 o post “Após alerta deste blog, Emap tira ferry boat de circulação para reparos, mas esconde informação…”; tratava-se exatamente da crítica à notícia divulgada pela comunicação do governo Brandão, que chegou a ser publicada em alguns blogs, mas depois retirada. (Veja print acima)

A causa do recuo na divulgação sobre a volta do ferry velho José Humberto pode ter sido esta revelada pelo jornalista Isaias Rocha.

É assim que o ferry velho navega pela baía de São Marcos, mas a Emap insiste em gastar dinheiro com consertos inviáveis na embarcação

O fato é que o ferry José Humberto não tem condições de navegar na baía de São Marcos, embora o governo insista nesta hipótese, que põe em risco a vida de usuários.

A característica da baía de São Marcos é de mar aberto, mesmo com certificado de mar fechado dado pela Marinha do Brasil (?); a embarcação comprada no Pará, no entanto, é construída para navegar nas bacias do tipo mar fechado, como o Rio Amazonas, por exemplo, onde navegou por quase 40 anos, até ser retirada das águas, antes de ser vendida como nova para o governo maranhense.

Por problemas muito menores, o governo interviu na empresa ServiPorto, que operava a travessia São Luís/Cujupe antes do caos.

Não faz sentido, portanto, que mantenha uma embarcação funcionando de forma precária, gastando milhões dos cofres públicos em manutenção.

E o pior, acobertado pelo comando do Ministério Público e da Capitania dos Portos…

Juscelino Filho e Carlos Brandão anunciam telefonia móvel nos terminais de ferry boat

Mais uma boa notícia para o Maranhão!

Nesta quinta-feira, 10, em reunião com o governador do Maranhão, Carlos Brandão, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, anunciou que os terminais do Cujupe, em Alcântara (MA), e da Ponte da Espera, em São Luís (MA), vão ganhar torres de telefonia móvel, a serem construídas pela operadora TIM. As obras, segundo ele, serão lançadas até o início do próximo mês.

O ministro das Comunicações também informou que Cujupe e Ponta da Espera receberão Pontos de Inclusão Digital, por meio do programa Computadores para Inclusão, do Ministério das Comunicações.

 

De acordo com Juscelino, as máquinas serão instaladas para que os usuários dos terminais tenham acesso gratuito a serviços digitais.

MCom e Governo do Maranhã também estudam formas de disponibilizar acesso à rede nas embarcações que fazem a travessia com a instalação de antenas de internet via satélite.

Da assessoria

Justiça mantém guardada há mais de um ano ação sobre serviço de ferry boat em São Luís…

Vara de Interesses Difusos e Coletivos não analisou sequer o Pedido de Tutela Antecipada que visava garantir aos usuários qualidade no serviço de travessia da baia de São Marcos; documento mostra as manobras do Governo do Estado para forçar a utilização da embarcação José Humberto, mesmo com uma rachadura que corta todo o caso, como mostrou, com exclusividade, o blog Marco Aurélio d’Eça

 

Única movimentação do processos obre os ferrys é do próprio Ministério Público autor da ação; enquanto isso, embarcação põe em risco a vida de usuários

Adormece há mais de ano na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís o processo número 0839689-93.2022.8.10.0001, ação do Ministério Público Estadual contra o Governo do Estado, a Agência de Mobilidade Urbana (MOB) e as empresas que prestam o serviço de travessia por ferry boat entre São Luís e Cujupe.

A última movimentação do processo é do dia 17 de novembro de 2022, quando o próprio Ministério Público fez uma petição nos autos; nem mesmo o pedido de Tutela Antecipada feito pelos promotores que assinam o documento chegou a ser analisado pelos juízes responsáveis.

Na última quinta-feira, 27, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou com exclusividade vídeo feito por usuários na segunda-feira, 24, mostrando que a rachadura no casco do ferry Boat José Huberto, posto em operação exatamente na época da ação do MP, está pondo em risco a vida de quem faz a travessia entre São Luís e Cujupe.

Ação do MP adormecida nas gavetas da Vara de Interesses Difusos e Coletivos tem como principal alvo exatamente o ferry velho José Humberto, mas trata também de fatos investigados desde 2011, das demais embarcações e da intervenção feita pelo Governo do Estado na empresa ServPorto.

O ferry boat José Humberto opera na baía de São Marcos com rachadura que corta todo o casco e pode provocar tragédia em São Luís

Na leitura dos autos fica-se sabendo, por exemplo, que o governo tentava colocar o José Humberto em operação desde 2021, ainda na gestão Flávio Dino (PSB).

– Importante consignar, ademais, que a tentativa de introdução da embarcação José Humberto na travessia de ferryboat remonta ao dia 14/10/2021, quando foi dado início ao Proc. MOB nº 0202590/2021, que culminou com a Portaria nº 088/2022-MOB, de 30 de março de 2022 – diz a Ação em tramitação na Justiça.

O José Humberto foi anunciado como de “alto padrão” pelo governador Carlos Brandão (PSB) em 1º de junho de 2022; mas foi apresentada pela empresa Rodofluvial Banav LTDA. sem qualquer procedimento de autorização da MOB e sem as autorizações para navegar em águas maranhenses.

Anteriores ao anúncio de Brandão, em plena campanha eleitoral, houve outras duas tentativas de fazer o José Humberto operar na Ba´[ia de São Marcos.

Em 30 de março de 2022, a MOB emitiu a Portaria nº 088/2022, autorizando a empresa Navegação Confiança – Nacom LTDA. a operar a embarcação em águas maranhenses; esta portaria foi derrubada por ação do Ministério Público; em Maio de 2022, a MOB tentou fazer novamente o ferry velho de Brandão navegar, autorizando a Rodofluvial Banav LTDA. a operá-lo.

Tanto a Nacon quanto a Banav pertencem ao mesmo dono, o empresário Carlos Roberto Bannach.

Além das questões contra a barca José Humberto, a Ação do MP trata do serviço de ferry boat como um todo, e do caos que se transformou a travessia da baía de São Marcos desde a intervenção do governo Flávio Dino nas empresas que atuam no setor.

E enquanto o processo adormece na Vara de Interesses Difusos e Coletivos os usuários põem a vida em risco na travessia entre São Luís e Cujupe…

Constatada desde a primeira inspeção, rachadura já ameaça partir ferry José Humberto…

Imagens feitas na última segunda-feira, 24, por usuários da embarcação trazida do Pará durante a campanha eleitoral de 2022 mostram que já existem partes do casco separadas, mas ela continua em operação diária na baía de São Marcos, o que pode levar a uma tragédia no meio do mar entre São Luís e Cujupe

 

O vídeo acima, ao qual este blog Marco Aurélio d’Eça teve acesso com exclusividade, foi feito na última segunda-feira, 24, e mostra os riscos que os usuários do ferry-boat José Humberto estão correndo ao fazer a travessia entre São Luís e o Cujupe; a rachadura constatada ainda em 2022, quando a embarcação chegou, já ameaça partir o casco em pleno mar.

A estrutura de aço da embarcação – já com mais de 35 anos – tem partes claramente soltas, que balançam durante a navegação, forçando as partes ainda soldadas.

O blog Marco Aurélio d’Eça constatou com as autoridades que esta rachadura já existia no ferry boat quando ele chegou ao Maranhão, ainda durante a campanha eleitoral de 2022, quando uma forte pressão pela qualidade do transporte ameaçava a campanha do atual governador Carlos Brandão (PSB). (Saiba mais aqui, aqui e aqui)

As duas agências que cuidam do transporte no Governo do Estado – MOB e Emap – tentaram desqualificar o vídeo alegando ser antigo, postura que tem sido padrão desde a chegada do ferry velho.

Existe, de fato, um vídeo mais antigo, publicado pelo portal “Enquanto Isso no Maranhão…” ainda em setembro de 2022, o que só comprova o descaso com a embarcação.

Anunciado como novo, o ferry boat José Humberto, na verdade, estava assim quando foi trazido para o Maranhão e repintado para navegar

Na época, uma inspeção da Promotoria de Defesa do Consumidor em parceria com a Capitania dos Portos proibiu o uso do José Humberto na travessia, mas uma forte pressão do Palácio dos Leões – e do então candidato a senador Flávio Dino (PSB) – forçou a volta da embarcação ao serviço de travessia.

A Marinha, desde então, lavou as mãos em relação ao problema.

Mais de um ano se passou e nenhum serviço estrutural foi feito na barca, além de pinturas que maquiaram o problema, como se pode verificar no vídeo que ilustra este post.

A pressão do mar só aumentou a rachadura ao longo de um ano sem nenhum tipo de manutenção.

E o Governo do Estado continua mantendo o ferry boat em funcionamento…