4

Sindicato tem “fantasmas” da Assembleia em sua direção…

Entidade que congrega os efetivos da Casa mantém em seus quadros 32 diretores que não trabalham – mesmo sendo apenas “estáveis” – contrariando a lei sindical; eles também deverão ser alcançados pelo “pente fino” nos que não dão expediente

 

Noleto, do Sindsalem, o "caça-fantasma... menos os "camaradas"

Noleto, do Sindsalem, o “caça-fantasma”… menos os “camaradas”

Nenhum dos 32 diretores do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa dá expediente regular na Casa, mantendo-se integralmente à disposição da entidade.

De acordo com a lei “é assegurado ao servidor no direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe ou sindicato representativo da categoria.”

Ainda de acordo com a lei, o sindicato pode ter 1 servidor  em sua diretoria a cada 500 associados, até o limite de três servidores cedidos para entidades com mais de mil associados.

Detalhe: no período de cessão, o ônus do pagamento deve ser da própria entidade.

De acordo com informações da diretoria de Recursos Humanos da Assembleia, o Sindsalem mantém recursos jurídicos para garantir o pagamento dos diretores que não dão expediente na Casa.

O presidente da entidade, Luiz Noleto, por exemplo, recebe mais de R$ 8,5 mil, mais bônus alimentação, como consultor de Economia.

Mas trabalha apenas no sindicato há pelo menos 10 anos.

Pela lei, para garantir os 32 diretores à disposição de suas atividades –  e com salários pagos pelo próprio sindicato – o Sindisalem teria que ter mais de 15 mil associados.

Mas Assembleia só tem 374 servidores com direito a sindicalização. E a maioria nem é efetiva, e pode, inclusive, ser demitida, por pressão do próprio Sindsalem.

Desde o início do ano, o Sindsalen tem feito campanha contra supostos funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa.

Poderia começar a exorcizar os que estão dentro de sua própria sede…

6

Filho de Waldir Maranhão recebeu mais de R$ 235 mil como fantasma do TCE…

Waldir começa a desmoronar: agora foi a vez do filho...

Waldir começa a desmoronar: agora foi a vez do filho…

O médico Thiago Augusto Maranhão Cardoso, filho do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), recebeu mais de R$ 235 mil como assessor de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), mesmo sem dar expediente.

O salário mensal bruto era de R$ 7,5 mil, complementado com um auxílio-alimentação de R$ 575,00 – depois reajustado para R$ 800, em março de 2014.

Houve, ainda, nos anos de 2014 e de 2015, sempre no mês de junho, recebimentos de R$ 3,75 mil. O pagamento foi identificado como “Outros”, mas deve se referir a metade do 13º salário.

Thiago Maranhão foi exonerado ontem, após repercussão nacional de seu caso…

Com informações de O EstadoMaranhão
5

Uma história de fantasmas…

Um assunto que se julgava morto e enterrado voltou recentemente a assombrar os bastidores da Assembléia Legislativa.

De Brasília, o desembargador federal Tourinho Neto determinou à Polícia Federal que retome as investigações sobre um esquema de nomeações fantasmas na Assembléia Legislativa.

As investigações apontam indícios de que a prática, mesmo sob investigação, nunca parou na Assembléia.

A história é a seguinte: a partir de 2004, a Polícia Federal passou a investigar nomeações em gabinetes de deputados estaduais. Havia grande número de nomeados cujas contas eram movimentadas por assessores dos deputados.

Alguns destes asessores tinham mais de 100 procurações, com amplos poderes para sacar dinheiro, fazer empréstimos e até a Declaração de Imposto de Renda. Nas investigações, a polícia descobriu que muitos dos servidores sequer sabiam das nomeações.

A PF ouviu deputados, assessores e servidores da Assembléia, no período de 1996 até 2003.

Mas a Justiça Federal desconfia agora que a prática tenha continuado a partir de 2004.

E deve abrir nova investigação…