Autor de uma representação na promotoria do Consumidor contra a proposta de aumento da tarifa da Caema em 86,9%, o vereador Batista Matos (PPS) conseguiu, até aqui, o adiamento e o parcelamento da proposta, fruto da representação no MP.
Com base na representação do vereador, a promotora do consumidor Lítia Cavalcanti disse que entraria com uma ação civil pública contra a companhia. O anuncio levou o diretor da Caema, João Morteira a procurar o MP, para explicar a necessidade do aumento em razão da situação de caos financeiro da empresa e de que sem o aumento os serviços ficariam ainda piores.
Batista debate problemas de abastecimento d'água com colegas na Câmara...
A promotora compreendeu, mas seguiu com o entendimento de que o aumento seria abusivo para população, diante da deficiência no abastecimento de água. Lítia propôs que aumento fosse parcelado em duas ou três partes, sendo a primeira no início do ano e as demais somente após constatação de melhora dos serviços.
Ocorre que o início do ano não foi nada bom para a Caema, que começou com dois rompimentos na adutora (foram cinco em 2011), prejudicando milhares de ludovicenses que viraram o ano sem água em casa.
– Chega de remendos e improvisos. Em 2011 foram cinco rompimentos da adutora e este ano, só em janeiro já foram dois, prejudicando milhares de ludovicenses – disse Batista Matos, que segue buscando que o MP intervenha contra qualquer possibilidade de aumento.
Esta semana, a Caema anunciou investimentos superiores a R$ 100 milhões na estrutura da adutora na região de Perizes.
– Não faço a política do quanto pior melhor. Acredito na seriedade dos diretores e na boa vontade dos funcionários da Caema e também torço para que os investimentos anunciados melhorem os serviços, mas a própria direção já admitiu que não será suficiente para acabar com o racionamento de água, o que é lamentável, pois é isso que a população espera – disse.
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