Operação para supostamente descobrir “ataques” ao Judiciário é um abuso de autoridade sem precedentes no mundo; e expõe, de forma emblemática, o risco que a sociedade vive hoje em um estado de exceção, em que não se vive em liberdade plena
A ação determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes – sob alegação de investigação de fake news e “ataques” ao Judiciário – é o cúmulo do autoritarismo e do estado de exceção no Brasil atual. (Entenda aqui)
O ministro – e o STF, por ser sua corte – extrapolaram todos os limites constitucionais e violaram todos os direitos constitucionais.
E tudo para se autodefender.
O blog Marco Aurélio D’Eça é um crítico contumaz do Judiciário, de seus membros e de suas práticas nada ortodoxas.
E também sofre a perseguição autoritária de seus membros, por isso grita contra seus abusos, como neste caso específico.
Foi assim no post “A mãe de todas as corrupções é a corrupção no Judiciário”, republicado inúmeras outras vezes pelo significado de seu enunciado.
Também atuou de forma crítica – duramente crítica – no post “Tremei bandidos de toga”, quando festejou a possível investigação das práticas dos bastidores do Judiciário, o que, infelizmente, nunca foi levada a cabo.
O blog Marco Aurélio D’Eça é odiado pela Associação dos Magistrados, que tenta, em diversos processos, intimidá-lo, sufocá-lo ou mesmo calá-lo, sem sucesso.
Já enfrentou processos de juízes federais, de desembargadores, de juízes estaduais e de membros do Ministério Público, num dos quais, questiona, por intermédio do advogado Marcos Lobo, até mesmo a constitucionalidade dos crimes contra a honra, que já deveria ter sido extinto do Código Penal.
O Judiciário brasileiro está acuado desde que suas entranhas passaram a ser conhecidas da população, por meio da TV Justiça e das redes sociais.
E desde então, ministros, desembargadores federais e estaduais, juízes federais e estaduais, membros do Ministério Público, conselheiros e até mesmo advogados ainda tentam se adequar à nova realidade.
Vez por outra acabam descambando para o autoritarismo como este tão bem exposto na ação do ministro Moraes.
Este blog vai continuar crítico – ferrenhamente crítico – às ações que considerar não apenas equivocadas, mas até autoritárias por parte de membros do Judiciário.
Só espera não chegar ao cúmulo de pregar que o cidadão se defenda do Judiciário, como hoje acaba tendo que se defender da polícia.
Quando isso ocorre, não haverá mais Judiciário.
É simples assim…