Candidatos que pertencem ou têm em suas coligações partidos vinculados diretamente ao presidente da República – representante da extrema direita racista, machista e homofóbica – tentam esconder ao máximo este fato, inclusive com ações judiciais
Agora isolado na América como representante da extrema direita – após mudanças de rumo na Argentina, na Bolívia a e nos Estados Unidos – o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parece ter doença contagiosa em São Luís.
Isso explicaria a resistência com que os candidatos Eduardo Braide e Duarte Júnior rejeitam o rótulo de serem ligados ao bolsonarismo, apesar de partidos da base do Governo Federal estarem em suas coligações.
Tanto Braide quanto Duarte, cujos partidos – Podemos e PRB, respectivamente – dão apoio direto a Bolsonaro em Brasília, já entraram na Justiça para impedir que adversários façam ligações deles com o presidente.
A explicação estaria nas pesquisas qualitativas, que mostram a rejeição do presidente na capital maranhense.
No caso de Braide, por exemplo, até mesmo os principais representantes de Bolsonaro no Maranhão, como o senador Roberto Rocha (PSDB) e o deputado federal Aluísio Mendes (PSC), têm sido mantidos distantes da campanha.
Duarte Júnior, por sua vez, conseguiu na Justiça Eleitoral impedir o adversário Rubens Pereira Júnior (PCdoB) de fazer referências à ligação do seu partido com a base bolsonarista.
Já o candidato declaradamente bolsonarista – pastor Sílvio Antonio (PRTB) – amarga índices abaixo de 1% nas pesquisas.
Após mudanças na Argentina, na Bolívia e nos Estados Unidos, Bolsonaro é hoje no continente americano o único representante da direita extremista racista, machista e homofóbica, predicados que não são exatamente lisonjeiros na política moderna.
E ter vinculação com essas “bandeiras” – por mais conservadores que sejam os candidatos – é fator de perda de votos.
Por isso Breiade e Duarte querem passar longe da ligação com o presidente…