A parlamentar pede orações pelo povo boliviano, ressalta os desvios institucionais do governo deposto, mas diz que as questões democráticas não podem ser resolvidas com ações militares
A senadora maranhense Eliziane Gama (Cidadania) manifestou preocupação com a situação da Bolívia. O país vizinho vive uma crise institucional desde a conturbada reeleição do presidente Evo Morales.
Eliziane Gama usou sua conta em uma rede social para pedir orações pela Bolívia e que Deus ajude o país vizinho a encontrar um caminho democrático para a atual crise política.
“Pedimos a Deus pela autodeterminação dos povos, que os bolivianos resolvam seus problemas nas urnas, que não seja aceita nenhuma violação de direitos e que a Bolívia cumpra todos os acordos em que é signatária. O mundo tem que observar e ajudar os bolivianos a saírem dessa crise”, disse através de sua conta pessoal no Twitter.
A senadora maranhense com sua postura reforça sua posição histórica de sempre pregar a paz e rechaçou desvios institucionais do governo anterior do país vizinho.
“A comunidade internacional tem que voltar seu olhar para a Bolívia, devemos respeitar a vontade do povo Boliviano, mas temos a obrigação de condenar desvios e rupturas institucionais. Problemas da democracia não se resolvem com as forças armadas intervindo em assuntos civis”, completou.
Entenda o caso
Após a quarta tentativa de reeleição, o presidente Evo Morales foi acusado de fraude generalizada por grupos opositores na Bolívia. No último fim de semana, a OEA (Organização de Estados Americanos) publicou relatório em que afirma haver forte indício de fraude eleitoral na eleição presidencial Boliviana.
A suspeita de fraude desencadeou uma grave crise política e institucional no país. Evo Morales convocou novas eleições, mas as Forças Armadas e a oposição acreditavam que ele fraudaria o pleito novamente e pediram a sua renúncia do cargo.
A situação do país vizinho é preocupante com os dois lados da disputa acirrados e a senadora maranhense chamou a atenção da comunidade internacional para o conflito.