A persistente estagnação de Duarte Jr. em São Luís…

Candidato com a maior fatia dos recursos do Fundo Eleitoral, maior número de partidos em sua coligação, maior exército de candidatos a vereador em torno de si e com o apoio de toda a estrutura do Governo do Estado, não consegue, mesmo assim, superar o teto dos 20% de intenções de votos registrado desde 2020

 

Duarte Jr. tem tudo o que um candidato precisa ter para crescer numa disputa; mas não cresce…

Ensaio

Nas eleições de 2020, o agora candidato do PSB a prefeito de São Luís, Duarte Jr., registrou 22,15% dos votos para prefeito e foi disputar o segundo turno contra Eduardo Braide (PSD), que venceu a eleição. (Lembre aqui)

De lá para cá, Duarte manteve-se candidato a prefeito, elegeu-se deputado federal em 2022, e faz campanha sistemática visando as eleições de 2024; mesmo assim, patina nas pesquisas entre 20% e 24% das intenções de votos, sem passar disso. (Veja aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

O candidato do PSB tem o apoio político e estrutural do governo Carlos Brandão (PSB) e de toda a cúpula do Palácio dos Leões, reúne 13 partidos em sua coligação, tem o apoio de dois terços dos candidatos a vereador, protagoniza o programa com maior tempo na propaganda eleitoral e dispõe do maior saldo do Fundo Eleitoral.

Por isso mesmo, dez entre dez analistas políticos não conseguem entender por que o candidato não consegue avançar nas pesquisas.

Duarte conseguiu usar o governo para impedir outras candidaturas, entendendo que tinha cacife para enfrentar o prefeito Eduardo Braide (PSD) cara a cara, como este blog Marco Aurélio d’Eça descreveu, no post “De como Duarte cavou a própria cova na disputa em São Luís…”.

Agora, o candidato palaciano depende exatamente dos outros candidatos para sonhar com um eventual segundo; o desempenho de Wellington do Curso (Novo), Dr. Yglésio (PRTB), Flávia Alves (Solidariedade) e Fábio Câmara (PDT) será fundamental para o futuro de Duarte Júnior.

Como o debate final será restrito, os mesmos analistas apostam que tudo ficará nas mãos de Fábio e Flávia.

Mas esta é uma outra história…

Pesquisa aponta segundo turno em São Luís…

Faltando exatamente um ano para as eleições de 2024, Instituto Paraná confirma o prefeito Eduardo Braide e o seu principal adversário, Duarte Júnior, estagnados, na casa dos 30% e dos 20%, respectivamente, com um segundo pelotão ainda bem distante dos dois, mas com percentual de indecisos ainda apontando para possibilidade de disputa no segundo lugar

 

Faltando um ano para as eleições municipais,  a mais nova pesquisa do Instituto Paraná encontrou um cenário de segundo turno em São Luís, com os dois principais candidatos – Eduardo Braide (PSD) e Duarte Júnior (PSB) – estagnados, mas bem à frente dos adversários.

Braide aparece com 34,8% das intenções de votos, praticamente o mesmo registrado em outras pesquisas ao longo de 2023; Duarte surge com 22,6%, também o mesmo índice histórico, este registrado desde 2020.

O blog marco Aurélio d’Eça já havia apontado estra tendência de estagnação de Braide e Duarte, em post do dia 20 de setembro, intitulado “Eduardo Braide e Duarte Júnior estagnado nas pesquisas…”.

Os dois principais adversários, no entanto, estão bem à frente dos adversários.

O ex-prefeito Edivaldo Júnior (Sem partido) aparece em terceiro lugar, com 11,4%; depois dele, nenhum outro candidato alcançou a marca dos dois dígitos.

Neto Evangelista (União Brasil) aparece com 6,2% das intenções de votos, seguido de Wellington do Curso, com 5,3%, Paulo Victor com 3,7% e Dr. Yglésio com 3,5%; o nome de Paulo Victor ainda aparece por que o levantamento foi feito antes do anúncio de sua desistência.

A um ano do pleito, São Luís ainda registra 12,6% de eleitores que não souberam ou não quiseram responder, anunciam votar em branco ou nulo no pleito de 2024, percentual que aponta, ainda, a possibilidade de uma briga por uma segunda vaga no segundo turno contra Braide.

O Instituto Paraná ouviu 722 eleitores em São Luís, entre os dias entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro. 

A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais, para mais ou para menos…

1

Bolsonaro mantém praticamente o mesmo percentual de votos no Maranhão desde 2018…

Em quatro anos, presidente aumentou apenas 166.350 eleitores em comparação com o primeiro turno das últimas eleições presidenciais, mas manteve praticamente inalterado o seu percentual na média dos 25% dos votos, ou 1/4 do eleitorado maranhense, o que se torna um desafio a ser superado neste segundo turno

 

Bolsonaro não consegue ampliar seu eleitorado no Maranhão para além do fanatismo evangélicos e do conservadorismo de direita

Análise histórica

O presidente Jair Bolsonaro elegeu-se em segundo turno nas eleições de 2018, e está há quatro anos no governo; mas praticamente não conseguiu ampliar o seu eleitorado no Maranhão.

O presidente tem média histórica de 25,68% do eleitorado maranhense, o que se torna um desafio a superar neste segundo turno de 2022.

Foram 24,28% dos votos no primeiro turno de 2018 e 26,74% no segundo turno.  Agora no primeiro turno de 2022, ele obteve 26,02%, mantendo um teto máximo de votos no estado. 

Em termos numéricos, Bolsonaro aumentou seu eleitorado no Maranhão em apenas 166.350 novos eleitores.

Foram 817.511 votos no primeiro turno de 2018 e 886.565 no segundo turno há quatro anos atrás. Neste primeiro turno de 2022 chegou a 983.861 votos.

A média de votos do presidente da República mostra o pouco espaço que ele tem para crescer nestas eleições maranhenses, a menos que surja um fato novo ou que ele cresça no erro do adversário.

Estagnado no eleitorado maranhense, Bolsonaro vê sua diferença para os candidatos do PT só aumentar em quatro anos.

No primeiro turno de 2018, Fernando Haddad impôs uma diferença de 1 milhão 245 mil e 081 votos sobre ele; diferença que aumentou para 1 milhão, 542 mil e 348 votos no segundo turno daquela eleição.

Já neste primeiro turno de 2022, a diferença em favor de Lula chegou a 1 milhão, 619 mil, 593 votos.

Como se percebe pelos números, a missão de Bolsonaro no Maranhão – de superar ou ao menos diminuir a diferença em favor de Lula – é um objetivo quase inalcançável.

E os números não mentem, jamais…