No que chamou de reflexão sobre as eleições municipais, deputada estadual apontou “derrota da esquerda em todo o país” e, sobretudo no Nordeste, “com sete das nove capitais candidatos da direita e do centro”
A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) subiu nesta terça-feira, 29, à tribuna da Assembleia Legislativa para fazer um balaço das eleições municipais e apontar derrota significativa da esquerda em todo o país.
Para Mical, o símbolo da derrota dos partidos que formam a base do governo Lula (PT) é Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, que “perdeu até em seu próprio bairro”; mas a parlamentar destaca o resultado das urnas no Nordeste, tradicional reduto esquerdista.
No próprio Nordeste, tradicional reduto do Lula, a esquerda enfrentou uma derrota ainda mais definitiva, com 7 das 9 capitais escolhendo candidatos da direita e do centro; só em duas a esquerda levou”, destacou Mical Damasceno.
- Mical Damasceno inclui no que chama de esquerda, além do PT e do PSOL;
- ela lista também o PDT, mas não cita o PSB, do governador Carlos Brandão.
A parlamentar lembrou que antes da eleição o presidente Lula chegou a dizer que a disputa pelas prefeituras seria uma disputa dos seu a apoiadores contra os do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que vimos, senhores deputados, foi o povo deixando bem claro, deixando bem claro nas urnas que a agenda da esquerda já não encontra o mesmo apoio de antes, que a maioria quer mudança, quer respeito aos seus valores e a sua liberdade”, declarou, alertando os que pretendem concorrer por um partido de esquerda em 2026 que repensem seus projetos.
A deputada do PSD concluiu dizendo que o presidente arregou na campanha para não se comprometer com a derrota dos aliados.
O que eu percebi é que o Lula arregou. O Lula é um arregão! Isso é que ele é. Eu penso que eles chegaram a uma conclusão, o presidente Lula com seus assessores políticos, que a eleição municipal ia ser muito ruim para a esquerda e ele se manteve a uma certa distância para que a derrota não colasse nele”, ressaltou Mical Damasceno.
A deputada compõe a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas pode deixar o PSD para as eleições de 2026.
Tudo vai depender do destino do partido no Maranhão…