Não apenas a Assembleia Legislativa, mas o Ministério Público e o próprio sistema de Segurança Pública do Governo do Estado precisam esclarecer o que um automóvel fechado com fumê 100% – em nome de um membro da PM do Piauí – fazia na rua da casa da mãe do deputado, que tem se exposto em diversas denúncias graves, incluindo as contra líderes políticos e partidários
Análise da Notícia
A denúncia que o deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (ainda no PSB) apresentou à Assembleia Legislativa esta semana é gravíssima do ponto de vista institucional; segundo o parlamentar, um carro – em nome de um policial do BOPE do Piauí – fora flagrado em frente à casa de sua mãe.
O deputado investigou a procedência e descobriu o PM piauiense – Salomão Fortes da Costa Júnior, “que tem dois processos por homicídio e responde a várias correições na PMPI” – tem relações de negócios com o Maranhão; para ele, há três hipóteses que podem justificar o monitoramento de sua vida:
- pessoas ligadas ao Jogo do Tigrinho, que ele desarticulou em São Luís;
- gente envolvida com a máfia Xing Ling, que ele denunciou em dezembro;
- ou pessoas do PCdoB, que tem sede próximo e é ligado ao governo anterior, já denunciado por espionagem.
Nesta quinta-feira, 22, a Costa Lebre Amorim Advocacia, que se identificou como assessora jurídica do polícial justificou entre outras coisas, que ele não podia estar em “campana na frente da casa da genitora do deputado” por ter estado de plantão em todo este início de 2024, “o que se pode comprovar através de suas escalas de serviços na corporação”.
Mas a nota confirma que o carro está no nome do policial; segundo o documento, porém, “está cedido para a empresa da família, que presta serviços de consultoria nos estados do Piauí e do Maranhão”. Mais grave: a própria nota reconhece que o “bairro Cohafuma está inserido na rota de prestação de serviços da empresa, por isso a presença do veículo no local”.
Ainda nesta quinta-feira, 22, o rpóprio Yglesío desmentiu outros pontos da nota, como a que nega ter o policial Salomão Fortes da Costa Júnior qualquer tipo de prestação de serviços ao Governo do Estado do Maranhão; o deputado apresentou extratos de pagamento ao policial, constantes do próprio portal da transparência do Governo maranhense.
No dia da denúncia de Yglésio, na terça-feira, 20, o deputado Rodrigo Lago (PCdoB), saiu em defesa do partido e chamou Yglésio de covarde; a Mesa da Casa decidiu interferir, solicitou segurança própria ao denunciante e oficiou os órgãos de segurança para a investigação.
Até agora, nem o Governo do Estado, nem a Secretaria de Segurança, muito menos o Ministério Público emitiram qualquer enunciado sobre o assunto…
Leia abaixo a íntegra da nota da Costa Lebre Amorim: