Duas obras. Ambas com problemas estruturais e de custos. E ambas ligadas a um meio – o Judicial – onde a transparência e a legalidade deveriam ser o norte.
A construção do prédio das promotorias custou algumas dezenas de milhões de reais e terá que ser refeita.
A construção do fórum do Calhau custou outra centena de milhões e também foi entregue sem conclusão.
E nas duas um mesmo personagem, que parece fadado a estar sempre no lugar errado, na hora errada.
Trata-se do desembargador Jamil de Miranda Gedeon Neto, ex-presidente do Tribunal de Justiça e ex-procurador-geral de Justiça.
O texto “Menos Obras, Mais Justiça”, do blog de Itevaldo Júnior, trata dos custos da obra do TJ e faz referências à do Ministério Público. E Gedeon participou das duas. (Leia aqui)
É como se estivesse sempre no lugar errado, na hora errada.
Era Jamil Gedeon o procurador-geral de Justiça quando começaram as obras de construção da Sede das Promotorias, obra do Ministério Pùblico que ficou conhecida por “Espeto de Pau”, referência à incapacidade dos promotores de cuidar da própria casa.
Gedeon começou e o procurador Raimundo Nonato de Carvalho Filho concluiu o prédio, fechado cinco anos depois por falhas em sua estrutura. Agora, a procuradora Fátima Travassos anuncia nova reforma – praticamente uma nova obra. (Saiba aqui)
Mais tarde, Gedeon Neto foi eleito desembargador e chegou à presidência do Tribunal de Justiça. E mais uma vez acabou envolvido com estranhas obras.
Mas no caso do TJ foi o inverso: a obra do Fórum do Calhau começou com o desembargador Raimundo Cutrim, que orçou em R$ 39 milhões os seus custos. Valor que subiu a R$ 150,3 milhões na gestão de Gedeon.
E, mesmo assim, a obra foi entregue sem estar pronta, segundo revelou Itevaldo.
São apenas doi exemplos do que pode ocorrer se a pessoa pública não se der conta de um detalhe em sua trajetória:
O de evitar estar no lugar errado, na hora errada…