Ao falar a membros do PT de todo o Maranhão, em evento na quarta-feira, 20, pré-candidato do PDT ao governo destacou que as fotos de encontros dos seus principais adversários mostram que as velhas práticas políticas estão de volta ao estado
O senador Weverton Rocha (PDT) definiu, na quarta-feira, 20, em encontro com petistas maranhenses, o tom de como será as eleições de outubro, em que a população estará claramente contra a imposição das elites tradicionais maranhenses.
– Antigas elites políticas estão de volta. Basta ver as fotos de quem está comandando o governo, que já nasce fracassado pelas velhas práticas – afirmou Weverton.
Embora não tenha citado nomes, o senador se referia ao governador-tampão Carlos Brandão, que trouxe de volta ao poder figuras já consideradas superadas na política maranhense, como o ex-governador José Reinaldo Tavares, os ex-deputados Anderson Lago, Marcone Farias, Nan Souza, os ex-prefeitos de São José de Ribamar, Luiz Fernando Silva, e de Imperatriz, Sebastião Madeira, além de diversos remanescentes do antigo Grupo Sarney.
Aos petistas e convidados de outros partidos do campo progressista presentes ao encontro do PT, Weverton destacou que essa relação “povo contra elite” fica clara quando se vê sua base de apoio, formada, sobretudo, por segmentos dos trabalhadores, movimentos sociais, sindicais e do campo.
– É a luta do povo contra as elites; e não é apenas uma luta de classes, mas de gerações – afirmou o senador.
Até mesmo o PT, que organizou o encontro com Weverton, mostra-se dividido socialmente nestas eleições.
Do lado de Brandão está a elite do partido, dirigentes com altos caros no Palácio dos Leões para si e para familiares; já com Weverton, estão o que ele chama de petistas-raiz, aqueles da base partidária, que atuam diretamente nas ruas e na luta da classe trabalhadora, no campo, na cidade, nas comunidades quilombolas e terras indígenas em todo o Maranhão.
E a disputa “povo X elite tradicional” se vê também na própria imprensa.
Uma parte da mídia, envelhecida, defende velhas práticas e tenta dar suporte aos antigos grupo que dominaram o governo-tampão; do outro lado, está a parte mais progressista da mídia, que sempre atuou em defesa da sociedade e da inclusão social, tanto nos governos Sarney, quanto Jackson, José Reinaldo ou mesmo Flávio Dino.
Para Weverton, essa união popular e progressista fará a diferença na disputa contra as famílias e grupos tradicionais que voltaram ao poder com Brandão.
Numa batalha de classes e de gerações…