Faltando 20 dias para a eleição, candidato do PSDB não consegue quebrar a polarização entre Flávio Dino e Roseana Sarney, tem discurso pouco compreensível para o eleitor, e o seu desempenho passa a ser o principal fator de influência na realização de um segundo turno
Falta-lhe carisma e charme pessoal, isso é fato.
Mas o senador Roberto Rocha (PSDB) não ajuda a si mesmo nas eleições maranhenses, com um discurso burocrático, cheio de tucanês e de difícil compreensão para o eleitor.
Faltando 20 dias para o primeiro turno, o candidato tucano ainda patina abaixo dos dois dígitos e não consegue se impor diante da polarização entre Flávio Dino (PCdoB) e Roseana Sarney (MDB).
Pior: vê o carisma da candidata Maura Jorge (PSL) – e sua aliança com o presidenciável Jair Bolsonaro – como um risco para jogá-lo ainda mais para trás.
O PSDB nacional se perdeu nas próprias concupiscências ideológicas, com um discurso perdido entre os ideais de esquerda – já defendidos em grande medida pelo PT e seus satélites – e a ideologia mercadológica da Avenida Paulista.
E o resultado é um candidato a presidente sem qualquer tempero, se isolando cada vez mais na rabeira da disputa.
Esse emagrecimento eleitoral do PSDB nacional também é outro fator que atinge Roberto Rocha em cheio no Maranhão.
E o desempenho do senador já é um dos principais fatores de influência na eleição maranhense: quanto menor o tucano ficar no pleito, mais aumentam as chances de uma decisão em primeiro turno.
Flávio Dino e Roseana, que polarizam a disputa, só têm a agradecer…